14.4.16

Procrastinação e covardia

De acordo com o Dicionário Aurélio, procrastinar é:

1. Deixar para depois.
2. Usar de delongas.

Se você leu minha pequena (e muito simpática) bio ali do lado direito sabe que deixo muito pra depois (se não leu, tá na hora!). E uso demasiadamente de delongas. Se você lê esse blog, sabe que protelo decisões e afazeres, posts, filmes, séries, livros, trabalhos, textos, tudo e mais um pouco eu enrolo, deixo pra depois. E acabo me frustrando.

É um ciclo péssimo de arranjar o que fazer, anotar (ou não), enrolar e ficar se lembrando, começar a se pressionar internamente, continuar enrolando, frustrar, sentir-se mal, fazer ou não, repete.

Nunca tinha sido assim. Antes procrastinação era ficar batendo papo no Facebook com minha amiga quando deveria acabar de escrever uma cena, ou rolar a TL, esse tipo de coisa. Ultimamente tenho notado que procrastinar tomou outras proporções. Tem ficado mais sério e problemático. Já não é só procrastinar rolando TL de rede social, isso aí já virou uma espécie de rotina na minha vida. É tentar arranjar coisas, ou lembrar-se delas, quando se está prestes a fazer aquela que provavelmente deveria ser feita mais rápido ou que significa maior responsabilidade, que represente algo maior.

É como ter teu cérebro trabalhando contra você.

Exemplo:

*tenho que pensar naquela ideia*
*Acha um tempinho e fala "vou pensar agora"*
Cérebro: lembra daquela coisa meio inútil, daquela outra meio importante, mas não urgente, lembra que você não sabe o que fazer, do horoscopo dizendo sei lá o quê, do negócio da faculdade...

Exemplo 2:

*tenho que perguntar pro meu pai sobre Belo Horizonte*
*pensa num momento*
Cérebro: mil desculpas, mil enrolações.

Virou fuga e covardia. Não sou do tipo que foge, não gosto de covardia. IMAGINEM.

E não é só dizer "vou fazer, não vou mais me auto sabotar", huhum, porque foge um pouco do controle. É apenas... frustrante, e te faz sentir bem lixo em alguns dias, se querem saber. Aos domingos tem sido sufocante. Tanto que qualquer ideia de rolezinho eu tô topando.Não que eu não goste dos rolezinhos, mas ficar em casa nem representa uma opção muito considerável mais.

Mas o pior dessa enrolação mesmo é que quanto menos coisas há pra fazer, menos se faz. É a lei da inércia na sua forma mais desagradável. E eu tô nessa desde ano passado. Não tô sabendo lidar, claramente. E sufoca. O nada me sufoca.

Aguardemos os próximos episódios pra ver onde chego.

***

Começo do mês passado teve um episódio com os posteres que costumavam ficar na parede do meu quarto, que me aliviou de  um jeito que não sei nem explicar. Hoje eu lembro de estar pensando que me sinto precisando daquilo de novo, mas que não há mais pôsteres em paredes nenhuma pra arrancar. Não sei não, mas escrevi esse post pensando que esse bloco de to do list, pode não ficar inteiro por muito tempo mais ~lua. Já faz um tempo que enfrento uma relação de amo/odeio - coisa meio tóxica e que eu não gosto nadinha - com esse bloco, afinal de contas.  

2 comentários:

  1. olha esse titulo S.O.S prevejo que isso vai ser um tapa na cara!
    Esses dois primeiros parágrafos podiam ser escritos por mim facilmente!
    Na verdade esse texto todo podia ser eu!
    Precisa dizer alguma coisa? Não sei nem como pensar, domingo é o dia que eu não quero ficar em casa, mas eu quero... AI JESUS não seio o que dizer, pensar e sentir! Mas esse texto sou eu em algumas fases completamente!

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    1. Eu não sei mais o que pensar e sentir em relação aos domingos, isso sim. E em alguns casos, nem aos sábados kkkkk
      É meio que uma pena, Dani, mas eu fico quase feliz porque isso significa que nossa conexão continua de pé e tal haahha

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