31.8.17

Um poema estranho

Dói tudo.

Dentro e fora.
Fora e dentro.

As pernas
de tanto
andar
pra lugar
nenhum.

As costas
às vezes 
o mundo
pesa demais.

Os braços
de nadar
pra morrer
na praia.

Os pulmões
por tentar
respirar
depois dos socos
na barriga
que a sua indiferença
me dá.

E os olhos
em ver
seu desamor.

E o corpo todo
toda vez
que me toca.

E toda vez
Que não toca.

- um poema estranho que achei em meus rascunhos