12.11.17

TAG Meus hábitos de escrita


Olá, pessoas!

Daninha, do ConversaCult, me marcou para responder a TAG Meus Hábitos de Escrita, e cá estou eu vivendo a tentativa. A TAG foi feita pela Pam Gonçalves aqui no BR, e é baseada na TAG gringa criada pela Kristen Martin. 

ONDE EU ESCREVO?

Hoje em dia isso é relativo. Já escrevi em vários lugares, meus últimos dois contos e inícios de alguma coisa (só Hygge veio a público deles) eu escrevi no trabalho (na hora do almoço) e no meu quarto. Nunca escrevi em lugares públicos e de algum forma ou outra tudo sempre acaba em casa. Antes de começar a trabalhar eu só conseguia escrever no meu computador de mesa aqui, até hoje ão consigo perder a sensação de que alguma coisa está errada quando escrevo em outro lugar, mesmo que às vezes seja necessário. Mas também, .+desde de que estou com meu notebook não consegui de volta a sensação de que tudo está certo, como tinha antes #dramática

COMO VOCÊ SE ISOLA DO RESTO DO MUNDO ENQUANTO ESTÁ ESCREVENDO?

Ficando sozinha. Não gosto de ficar sendo interrompida quando pego a vibe daquela história e estou empolgada escrevendo. De uns tempos para cá, tem ficado mais difícil me isolar por motivos de celular do lado o tempo todo, mas eu tento, desligando o wifi, escondendo o celular e avisando meu namorado que vou escrever, o que significa, tentar dar uma sumida. Internet é uma grande tentação e me influencia a enrolar muito.

COMO VOCÊ REVISA O QUE ESCREVEU NO DIA ANTERIOR?

Não reviso, não gosto de voltar. Quando não me lembro bem onde parei ou da onde preciso começar para seguir, leio os últimos parágrafos da história. Quando estou há alguns dias sem escrever tento ler tudo que vai me ajudar a lembrar o que eu estava fazendo. Enquanto faço essas leituras tento não revisar nem modificar nada, é mais difícil quando estou há dias afastada e em histórias curtas que parecem fácil mexer aqui e ali. Mas não é uma boa ideia, porque acabo não indo a lugar nenhum e adiantando o processo de edição, sem nem ter concluído o de escrever.

*Gosto de escrever todo dia quando começo, dias afastadas me fazem mudar o olhar ou os sentimentos com pontos da história e isto não costuma ser bom, porque acabo abandonando (quando estou no começo) ou empacada na história. 

QUAL A SUA PRIMEIRA ESCOLHA DE MÚSICA QUANDO NÃO ESTÁ SE SENTINDO INSPIRADA?

Quando estou escrevendo histórias não costumo escrever com música, me atrapalha a pensar. E a música também não é um recurso que busco muito quando estou sem inspiração, não é uma constante. Com alguns projetos eu tenho músicas que de alguma forma me inspiraram, nas letras ou nas melodias, e houveram épocas em que escrevia com som, mas eram músicas que eu apenas gostava ou não me atrapalhavam a pensar, não que eram daquela história ou fontes de inspiração.

O QUE VOCÊ SEMPRE FAZ QUANDO ESTÁ LUTANDO CONTRA O BLOQUEIO DE ESCRITA?

Roubando as palavras da Dana "sofrer" e me sentir uma farsa.

Quando recobro o pensamento racional eu procuro ler os últimos parágrafos ou capítulos que escrevi (em histórias curtas, isso não funciona tão bem, e se você acompanha meu trabalho sabe que tudo escrito nos últimos anos foram histórias curtas.........); Busco opiniões, conversando sobre a história, tentando descobrir onde está o motivo do bloqueio. Me lembro que não preciso pensar muito na primeira etapa, apenas escrever. E tento pensar no que precisa vir a seguir na sequência de acontecimentos da trama. Qual a próxima cena? Como vou chegar a ela? Ou só preciso ir direto para ela sem preâmbulos? Às vezes me bloqueio pensando que não sei como continuar uma cena, sem perceber que não tem nada mais pra fazer ali, não preciso continuá-la, e a próxima cena não precisa ter um gancho nesta atual. Só preciso ir. Isso faz sentido?

Por exemplo: Protagonista está na festa com a crush. O que precisava acontecer nesta festa já aconteceu e são 22 horas da noite, mas elas não irão embora ainda. E o próximo passo que a história precisa dar é o almoço em família do dia seguinte. Fico bloqueada tentando "acabar" a cena da festa e levar minha protagonista para o almoço de uma forma sequencial, quando eu só preciso começar outro capitulo no dia seguinte na hora do almoço. Porque não há nada mais entre as 22 horas do sábado e às 11 horas do domingo que precise ser contado. Ou detalhado, por exemplo, o fato dela ter ido dormir muito tarde pode ser mostrado pelas olheiras e os bocejos durante o almoço, não preciso acompanhar a personagem indo para cama de madrugada tomando cuidado para não acordar ninguém.

QUAIS FERRAMENTAS VOCÊ USA ENQUANTO ESCREVE?

Word ou o Google Drive para escrever, o próprio Google para pesquisas, papel e caneta para me orientar porque as vezes preciso rabiscar as coisas com minhas próprias mãos para entender. E costumo conversar sozinha fazendo isso.

Em algumas histórias uso tudo isso, em outras só um ou outro. Depende muito. Nunca escrevi nada completo a mão, às vezes começo por falta de computador e porque não me dou muito bem no celular — embora use o celular na falta de papel e caneta, ou por que eu nunca sei o que vou querer.

Ainda estranho a aparência do Docs do Google quando estou escrevendo, e isso me atrapalha. Faz eu sentir que o que está sendo escrito não está bom, ou me impede de continuar, se for ali. Sou doida assim.

QUAL A ÚNICA COISA QUE VOCÊ NÃO PODE VIVER SEM DURANTE A ESCRITA?

Eu acho que não existe algo que não dê para viver sem enquanto escrevo. Só o próprio arquivo, mas nem é em todo o caso.

Posso escrever sem internet para alguma pesquisa, na verdade, o ideal seria não fazer pesquisas porque eu sei que isso só me faz demorar;
Posso escrever sem papel e caneta por perto;
Posso ficar até sem comida, neste momento mesmo, estou com sede porque estou sentada aqui há algum tempo, mas ainda escrevo;
E até posso ficar sem o próprio arquivo, se eu lembrar bem onde parei, ou não empacar sem alguma informação antiga.

Isto tudo enquanto estou escrevendo, não editando. Editando eu vou precisar das 30 versões do arquivo que criei, de papel e caneta, da minha lista de passos (AMÉM TO DO LIST), etc etc.

COMO VOCÊ SE ABASTECE/SE ALIMENTA DURANTE UMA SESSÃO DE ESCRITA?

Muita água, porque meu Deus eu sinto muita sede. E muita comida, porque meu Deus eu como muito. Não tenho uma alimentação especifica para as sessões de escrita, algumas vezes posso até não me alimentar, se for uma sessão pequena. E quando me alimento depende do que tenho a disposição, da hora, de vontades sem sentido.

COMO VOCÊ SABE QUANDO TERMINOU DE ESCREVER?

No primeiro rascunho: quando eu não acho que precise dizer mais, e a tentativa é só uma enrolação. Algumas vezes sei de antemão como a história acaba, algumas não, e algumas acho que sei. Mas no fim, sabendo ou não que seria aquela cena a final, é só o sentimento e/ou o pensamento racional de que não há mais o que ser dito que faça diferença. 

Na edição é quase a mesma coisa, e quando concluo a última leitura de revisão (depois de ter mudado tudo que precisava, e só estou vendo se tá mesmo certo) e não aguento mais mexer naquela história.

Se for a cada dia, como a Dana mencionou, é quando acabo o que tinha "planejado" ou queria muito escrever aquele dia, e quando o cansaço ou a falta de inspiração me vencer. O que acontecer primeiro. Ah, ou quando algo externo me atrapalha ou eu me deixo distrair.

***

É isso, espero que tenham gostado e meu sono não tenha atrapalhado (muito) a qualidade, vou deixar em aberto pra quem quiser responder, e marcarei especificamente minhas amigas da Tertúlia (Giu, Dani, Gih, Tati e Isa, se ela voltar a escrever) e o Felipe do Não Sei Lidar