50 questões que vão libertar a minha mente?

Muito provavelmente vocês não saibam (talvez suspeitem), mas o fato é que eu me tornei a loka das listas. Sim, pois é.  Tudo começou com a das 101 coisas em 1001 dias e depois de lá foi só ladeira a baixo com lista de nuncas, listas de 18 coisas para se fazer antes dos 18 (tá dando ruim SOCORR), listas de coisas x, conta no listography, vibe de fazer coisas, renascimento da lista de coisas para se fazer na vida, cadastro no Day Zero Project... (não necessariamente nessa ordem) E eu só tô falando isso pra tentar contextualizar vocês e evitar o sentimento de "não tô entendendo nada que a Helena tá falando".

Ainda quero fazer um post falando sobre fazer coisas e (essas) listas de experiências, no entanto tô aqui hoje pra falar sobre listas que não as minhas. Na sexta (retrasada, já que atrasei em finalizar esse post) eu li o post do Felipe  e lá eu achei o link do Day Zero Project, um site em inglês (</3) para criação de listas, que permite interação entre os usuários e tem umas coisas bem legais (inclusive para quem não é cadastrado), tipo a ideia batlle que achei MARAVILHOSA e o top 101 com as 101 experiências mais populares entre os usuários. Tem umas ideias muito bacanas e um dos itens desse top me levou há um link com uma outra lista (é um buraco sem fim), dessa vez uma lista de 50 perguntas que prometem libertar sua mente. Será mesmo? (e aqui chegamos  onde interessa depois de dois parágrafos excessivamente longos de introdução)

Enquanto lia as 50 perguntas fiquei com vontade de traduzi-la para relembrar dos tempos em que eu traduzia textos e coisas das internets, além de também querer responder as perguntas em algum lugar (vai que liberta minha mente mesmo) porque, mesmo sendo umas coisas meio clichêzinhas, eu gostei* Pensei então "por que não fazer as duas coisas lá no Luft?" Por que, não, né?

Então cá estou eu com a cara e a coragem e rezando pra Deus me dar forças pra ir até o fim disso.

*acho que parte do processo de tentar ser totalmente good vibes etc é aceitar a cafonice.

***

50 questões que vão libertar sua mente

Tradução por eu mesma. 

(Helena C. Prieto- pra quem não leu ali em cima)

Essas questões não possuem respostas certas ou erradas. 

Porque alguma vezes fazer as perguntas certas é a resposta.

1. Quão velha você seria se não soubesse quantos anos tem?
      É interessante se a gente reparar que essa pergunta quer fazer com que pensemos que os anos que temos não importa e sim como agimos, mas para responder ela a gente acaba se baseando numa ideia de como pessoas de tal idade devem ser/agir/pensar. (Eu consegui ser clara?) é tentar fazer com que quebremos essa de basear como a pessoa é de acordo com a idade, mas acabamos caindo nela de novo.
Ok, ninguém entendeu nada... Se eu não soubesse que tenho 17, eu acho que diria que tenho 19 ou 20.

2. O que é pior, falhar ou nunca tentar?
     Nunca tentar, mas o medo de falhar é tão real e paralisador, né? E talvez não tão evidente que, às vezes, nem sabemos que é ele nos parando.

3. Se a vida é tão curta, porque fazemos tanta coisa que não gostamos e não fazemos tanta coisa das quais gostamos?
     Porque nós estamos presos. Pelo senso comum, pelo pensamento coletivo, pela treta na nossa cabeça, pelas regras que engolimos a vida toda. Eu sei lá, pelo quê mais, mas estamos presos e temos medo. Medo de fazer diferente do que a maioria e dar merda, e perder tudo (seria bom saber o que é que se tem a perder), medo de falhar, conosco e com as coisas e pessoas das quais  gostamos. Então nos contentamos - e achamos que não o fazemos -  a seguir as massas, e sair da escola e ir pra faculdade e depois trabalhar oito horas por dia a semana toda para juntar dinheiro para um dia tentar fazer as coisas que gostamos. E ficamos atendendo uma obrigação que é real, que está na cabeça de todo mundo, mas que na verdade, não existe. NOTHING MAKE SENSE ANYMORE

4. Quando estiver tudo feito e dito, você terá dito mais do que feito?
     Não tenho certeza, mas ao contrário do que eu gostaria, terei sim, dito mais do que feito. Eu falo demais, gente. Vocês não tem ideia.

5. Qual é a coisa que você mais gostaria de mudar no/sobre o mundo?
     Eu não sei. De verdade não há algo na minha cabeça que vem direto quando leio essa pergunta. Mas talvez o ódio. Se partirmos do preceito que o ódio é o responsável pela intolerância religiosa, pelo preconceito, pela morte de inocentes e por tantas outras atrocidades.
Não sei, há tanta coisa de errada quando a gente começa a pensar...


6. Se felicidade fosse a moeda nacional, que tipo de trabalho faria você rica?
      Eu deveria responder isso rapidamente, né?

7. Você está fazendo o que acredita ou você está se contentando com o que está fazendo?
      Estou tentando não me contentar e fazer o que acredito. Estou tentando descobrir no que acredito. E não sei como estou indo.

8. Se a expectativa de vida humana fosse de 40 anos, como você viveria sua vida diferente?
      Se nossa expectativa de vida fosse de 40 anos todos estaríamos vivendo de forma diferente, e só precisamos olhar pra história para perceber isso. Vamos recorrer a Margo Roth Spielgman para explicar melhor:

"Você sabia que na maior parte de toda a história da humanidade a expectativa média de vida foi inferior a trinta anos? Você podia contar com mais ou menos uns dez anos de vida adulta, certo? Não havia planos de aposentadoria. Não havia planos de carreira. Não havia planos. Não havia tempo para planejar. Não havia tempo para o futuro. Mas aí a expectativa de vida começou a aumentar, e as pessoas começaram a ter mais e mais futuro e a passar mais tempo pensando nele. No futuro. E agora a vida se tornou o futuro. Todos os momentos da vida são vividos no futuro: você frequenta a escola para entrar na faculdade para arrumar um bom emprego para comprar uma casa legal e mandar os filhos para a faculdade para que eles consigam arrumar um bom emprego para comprar uma casa legal para mandar os filhos para a faculdade."

E voltando a pergunta inicial, eu não costumo pensar na minha vida muito após os trinta. Dirá após os quarenta para ter que encaixar o que viria depois no antes.

9. Até que ponto você realmente controlou o curso que a sua vida tomou?
     Só até a página dois. E nem foi assim um controle muito certo. *risos*

10. Você está mais preocupado sobre fazer as coisas direito ou fazer as coisas certas?
       Depende. Eu gosto de fazer as coisas certas, de acordo com o que julgo certo, e gosto de fazê-las bem feito. Mas provavelmente mais preocupada em fazer as coisas certas.

11. Você está almoçando com três pessoas que respeita e admira. Todos eles começam a criticar uma amiga próximo a você, sem saber que ela é sua amiga. A crítica é de mau gosto e injustificada. O que você faz?
       Defendo a amiga. *MINHAS MIGAS NÃO SEUS PUTOS* E sofro por pessoas que eu admiro e respeito estarem criticando injustamente alguém. E provavelmente passo a admirar bem menos. Qual é a dessa pergunta?

12. Se você pudesse dar apenas um conselho a uma criança recém-nascida, qual conselho seria?
       Uma criança recém nascida? Ela não entenderia nada que eu dissesse, gente. QUÊ? Cadê a racionalidade? Mas vamos seguir o bonde e entender que se fosse pra dar um único conselho só a uma pessoa... Fique deboinha, você não tem nada com a vida de ninguém, nem ninguém com a sua e tente fazer o que te faz feliz. Mantenha as good vibes.

13. Você infringiria a lei pra salvar alguém que ama?
        Sinceramente, não sei. Depende que lei, tudo depende da situação.

14. Você já viu insanidade se transformar depois em criatividade?
        Sim. Muitas frases insanas acabam se transformando em coisas criativas depois.

15. O que você sabe que faz diferente da maioria das pessoas?
        É estranho pensar numa resposta pra essa porque eu fico com a cabeça tretada antes, parece que é pra eu dizer no que sou melhor que os outros.
Ah sei uma coisa que faço diferente, não cuido da vida dos outros e tento não dar palpite a menos que me perguntem. E digo que tento, porque às vezes aparece algum ser querendo debater comigo a vida de alguém que nem tá por perto...

16. Como as coisas que fazem você feliz fariam todos felizes?
        (Vamos deixar pra depois. talvez depois eu entenda o que essa pergunta tá dizendo.) *várias horas depois*
Ok, agora é depois.
Eu não acho que as coisas que me fazem feliz poderiam fazer TODOS felizes, por motivos óbvios de que eu sou uma pessoa diferente das outras pessoas que vivem no mundo e tal.  Sete bilhões de pessoas no mundo, mas nós somos únicos(!)

17. O que você não fez que realmente queria fazer? O que impediu você?
        Vocês me conhecem, eu sofro demais pra responder esse tipo de pergunta, não que eu não tenha coisas que deixei de fazer e queria ter feito, mas primeiro que eu esqueço. Segundo que não gosto dos feelings que isso trás.
Não tem nada que eu lembre assim facilmente. Eu costumo superar rápido, e pra mim, superar está ligado a deixar longe da mente. Mas qualquer cosia que eu tenha deixado de fazer não fiz por medo e insegurança.
 Lembrei de algo... ler o discurso na minha formatura. Eu escrevi, mas não quis ler porque sabia que ficaria super nervosa e tremeria toda. Mas depois lá, eu me arrependi. Eu me lembro bem de como minha professora olhou pra minha colega que leu e agradeceu pra ela. Não pra sala, mas pra ela. E deixei de fazer por insegurança e porque sei que fico muito nervosa e com o batimento acelerado quando preciso falar pra várias pessoas assim. É uma bosta e é bem real.

18. Você está preso por alguma coisa que você precisa deixar ir?
        Sim. Mas sou péssima deixando ir,(eu tenho problemas em largar as coisas/pessoas) e não sou a única que precisa deixar ir. E também estou presa por outras coisas que não posso "deixar ir", porque não depende de mim porque não é algo que se deixa ir, é algo que se sai. Ninguém entendeu nada, mas não quero ser específica.

19. Se você tivesse que se mudar para um outro estado ou país para onde você iria e por quê?
       Aqui eu posso sonhar que eu sou fluente em inglês, né?
Tá, estado? eu penso primeiramente em Minas Gerais (Belo Horizonte, pra ser mais especifica) por causa dos acontecimentos recentes e dos sonhos de janeiro. Vocês sabem bem.
País? Estados Unidos, eu acho. Sempre disse que ainda moraria em Nova York, mas gosto da Inglaterra e da Argentina também. Parece que há menos correria.
Acabei de perceber que eu não tenho problema com o Brasil, mas com a cidade onde estou. Eu iria embora feliz daqui. E também acabei de perceber que se fosse pra ir embora do país eu sofreria só até adaptar no novo lugar, daria saudade de certas coisas e seria muita loucura tipo muita mesmo, mas não seria aquela coisa de morrer de saudade nem nada.
Eu acho, porque como pode se ter certeza disso, né?

"Então aqui estou eu sem casa e meio grato por sentir que posso estar feliz em qualquer lugar." John Clare

20. Você aperta o botão do elevador mais de uma vez? Você realmente acredita que isso vai fazer ele ir mais rápido?
     Que elevador? ahahah Nunca usei um elevador com pressa, então. Na verdade, acho que só andei em elevadores de lugares turísticos. Mas não acho que alguém acredite, só tá desesperado ali na hora

21. Você prefere ser uma gênio preocupada ou um simplória alegre?
      Simplória alegre, claro. Eu vou sempre preferir felicidade e calma na alma, ainda que esse negócio de ser ingênua e tolo é muito muito ruim pra mim. Tipo eu me irrito com gente muito ingênua... Difícil essas coisas.

22. Por que você é você?
       Há muita coisa que faz da Helena a Helena, e eu não consegui contemplar nem metade delas em todos esse aninhos* como você que lê o Luft deve saber. Vai muito além de mapa astral, de casa de Hogwarts, de ser divergente, etc. E eu não acho que uma pessoa consegue saber de todas as coisas que fazem dela, ela. Cada pessoa é um mundo.
Tô até hoje intrigada com certas pessoas da Alagaësia que conseguiram descobrir o nome verdadeiro na língua antiga. Uma frase que espremi a verdadeira essência. GENTE. Eu gritei (não literalmente) muito e fiquei esperando descobrir o do Eragon, da Saphira e da Arya, e do meu Murtagh fiquei, sim.
*ATT: eu escrevi isso na segunda. Na terça eu fui de touca pra faculdade e um total de TRÊS  pessoas (que estudam comigo  e me vêm quatro vezes ou cinco por semana) me disseram que não me reconheceram quando passaram por mim/me viram de longe. E eu sei que teve outras que quase não reconheceram. Ou seja, também sou meus cachinhos <3

23. Você tem sido o tipo de amigo que você desejaria ter como amigo?
        Sim. Não. As duas coisas.
Sim porque eu sempre ajo da melhor forma que dá na hora e tal, sou bem legal, animada, linda, maravilhosa ME AMEM! hahaha
E não, porque eu sei que tenho sido fugidia e meio ausente em alguns casos, nos últimos meses. Esqueço de perguntar sobre coisas importantes pra eles e tenho sido muita apática.

24. O que é pior, quando um bom amigo muda-se para longe ou perder contato com um bom amigo que vive bem perto de você?
       Perder contato com alguém que vive perto. Até porque há menos que tiverem tido uma briga, vai acabar ficando aquela coisa arrastada de acabarem se encontrando no mercadinho e ter que manter uma conversa cheias de perguntas que só evidência como vocês já não fazem mais parte da vida um do outro. Ou seja, esse perder contato não é completamente e isso é pior.
E porque amizades a distância existem. Embora que uma com alguém que você tinha por perto deve ser bem complicada de se adaptar no começo. Mas é possível!

25. Pelo que você é mais grata?
      Pela minha liberdade, por viver num lugar de paz, por me sentir segura em 99% do tempo. Por estar viva, por ter tanta gente bacana na minha vida. Por ter esperança.
(não soube colocar uma coisa só, lidem)

26. Você odiaria mais perder todas as suas memórias antigas ou nunca ser capaz de fazer novas?
      Acho que nunca ser capaz de fazer novas. Esse negócio de memória é um treco complicado pra mim, e não tô falando de ter uma ruim, mas eu tenho medo de perder ela e tal. Ou ter alguma doença que me faça perder parte dela.
Mas perder todas as minhas memórias antigas interferiria em quem eu sou, né? E isso até nos remete a outra pergunta ali atrás... mas a pessoa que nós somos é graças a quê? E o quanto nossas memórias influenciam nisso? Eu acho que em muita coisa, então não sei mais o que responder. Deixem minha memória fora disso. CUIDEM DOS SEUS CÉREBROS.

27. É possível saber a verdade sem confrontá-la antes?
       Huum... *duas amigas ajudando depois* Depende. Há diversas coisas que nos foram ensinadas como verdadeiras e incontestáveis e que só podemos de fato ter certeza de que se são ou não confrontando-as (spoiler: várias não são). Isso me lembra de aula de filosofia...
Eu ia colocar o porém de acreditar em algo que alguém te diz sem confrontar isso, mas então não é saber a verdade. É acreditar naquilo ou na pessoa. Então, acho que a resposta seja que não seja possível SABER, mas sim é possível tomar algo como verdade sem confrontá-la. Em algum momento todo mundo faz ou já fez.
(eu poderia apagar toda a minha evolução de pensamento e deixar só a conclusão final em que cheguei? poderia, mas não sou obrigada e não tô aqui pra isso.)

28. Seu maior medo já se tornou realidade?
 (créditos dessa tradução pra Giu. Eu sou péssima nisso, às vezes.)
       Me ocorre que eu não tenho um maior medo que já se tornou real, porque a partir do momento que ele se tornou real e que eu superei, eu parei de considerá-lo o maior medo. Isso faz com que eu me questione, seria os nossos maiores medos frutos do desconhecido?
Ah, não, tem um uma coisa aí, mas não posso falar... mas ela só se tornou meu maior medo porque aconteceu uma vez, então... *?*

29. Você se lembra daquela vez cinco anos atrás quando você ficou extremamente chateado? Isso realmente importa agora?
       Não, eu lá lembro de algo? hahaha E não, também.
Isso me faz pensar daquela vez sentada na arquibancada supostamente vendo o jogo de futebol dos meninos da minha sala do terceiro colegial, quando eu coloquei em palavras minha grade epifania (?) pra minha amiga. Basicamente, eu estava falando de como eu tinha estado pensando em como brigamos, nos estressamos e enchemos nossas cabeças com coisas que agora pareciam mínimas, como por exemplo, estresse com trabalhos, e que anos depois, no fim da coisa toda, nada daquilo parecia ter de fato importado. Embora naquela hora importasse demais.
No futuro nada vai importar. Nenhuma das nossas pequenas coisas insignificantes, mas agora elas importam. E a forte presença de aquário me faz ser do contra, e não posso concordar com o que essa pergunta quer, mas eu de fato, concordo com alguma parte disso. Não vale a pena se preocupar e se chatear tanto. Nem um pouquinho, porque no futuro não vai importar e vai estragar tudo agora. Mas não é nem um pouco bom desmerecer nossas emoções porque...

"... no fundo, sentimentos são mesmo os únicos fatos." - Anna Vitória. (na news linda dela!)

Escrever essa resposta me lembrou dessa frase aqui (que na minha cabeça tava um pouco diferente, mas ok):

"Li uma vez que você vive não sei quantas mil horas e pode resumir tudo de bom em apenas cinco minutos. O resto é apenas o dia-a-dia. Um olhar, uma lágrima que cai, um abraço… Isso é muito pouco na vida. Então, isso vale mais que tudo para mim." - Cazuza.

30. Qual é sua memória de infância mais feliz? O que faz dela tão especial?
       Eu vou guardar magoa dessa pergunta, mentira o sol em sagitário e lua em aquário não deixam, mas graças a memória péssima, essa pergunta me travou e por isso que o post atrasou tanto, mas enfim eu não sei responder ela com certeza ainda. Então não responderei. :)

31. Em qual momento do seu passado recente você se sentiu mais apaixonada e viva?
       Essas perguntas eu nunca sei responder de forma que eu ache satisfatória, mas ontem (terça-feira) (sim respondia as perguntas fora de ordem e em dias diferentes) eu estava animada, cheia das good vibes. Pode se dizer apaixonada pela vida. :)

32. Se não agora, então quando?
       Eu não sei. Se não procrastinasse tanto talvez fosse mais fácil saber a resposta akdjklad- n
"Go now or never go" mas ao mesmo tempo, pra que tanta pressa? Eu sou muito imediatista e quero tudo agora, mesmo não sabendo o que quero, mas às vezes, calma é bom. Muito bom. Calma, não enrolação.
"faça no seu ritmo, mas não perca a hora" como diz a página do calendário *repara que ainda não trocou pra maio* *vai trocar*
Gente, dia 6 de maio é dia da coragem e dia 22 do abraço. Olha que fofinho!

33. Se você não conseguiu ainda, o que tem a perder?
       Olha, preciso que seja mais específico pra eu saber como responder.
Mas não temos nada, e temos muita coisa. Se eu fosse uma alma muito evoluída saberia que na verdade não temos nada a perder, mas não, então de acordo com a situação acho que tenho várias coisas a perder. (repeti muita palavra aqui, que isso?)

34. Você já esteve com alguém, não disse nada, e se sentiu como se você tivesse tido a melhor conversa que já teve?
       Não. E se eu estou em silêncio e sinto que tive a melhor conversa que já tive é porque estava tendo altos pensamentos? ou só porque estava em paz mesmo? Enfim, meus altos pensamentos só vem quando estou só relaxadinha na minha cama ou em um carro. Mas eu consigo ficar em silêncio e  confortável com outras pessoas e isso é muito bom.

35. Porque religiões que pregam o amor causam tanta guerra?
       Porque as pessoas são intolerantes e ficam cegas. Porque esquecem que a existência de uma verdade não anula a outra. E não importa o quanto eu tenha passado raiva com As Brumas de Avalon, isso é uma coisa que aquela série me ensinou e que vou levar pra vida.

"[...] Parece existir uma profunda transformação na visão que os homens hoje possuem do mundo, como se uma única verdade pudesse negar outra, ou, não sendo a verdade de uns, a outra se tornasse uma mentira. 

- Mas a vida não é tão simples assim." - Marion Zimmer Bradley em As Brumas de Avalon 

E deve haver mais motivos que respondam essa pergunta, mas o que eu sei é que não consigo mais viver em uma igreja (instituição) que diz que meu Deus é amor que tudo ama e perdoar, mas que dissemina o ódio em nome dele.

36. É possível saber, sem sombra de dúvida, o que é bom e o que é mal?
      Não, porque mesmo no mal há o bem e mesmo no bem há o mal. E isso é tão complexo e grande, e há toda a teoria de que um não existe sem o outro. E"a vida não é tão simples assim".

37. Se você ganhasse um milhão de dólares, você largaria seu emprego?
      Não tenho um emprego, mas se tivesse e ganhasse um milhão de dólares é provavel que não o largasse, a menos que ele não me trouxesse satisfação de maneira nenhuma. E não é algo que eu gosto de saber. Eu gosto mais de sonhar que eu largaria tudo e iria fazer coisas. Não sei que coisas.
E eu até diria que se ganhasse toda essa grana agora eu usaria pra ir pra UFMG sem nem pensar, mas eu sei que ficaria paralisada sem saber se estaria tomando a decisão mais acertada. Tudo bem que no fim, eu iria, porque já passei por isso e sei que iria se pudesse, porque se for e dar ruim ainda daria pra voltar... tô divagando me parem.

38. Você preferiria ter menos trabalho pra fazer ou mais trabalho que você realmente gostasse de fazer? (créditos da tradução pra Isa)
   Acho que alternativa b. Se eu gosto e estou empolgada me viro bem, claro se tiver tempo pra relaxar e essas coisas.

39. Você sente como se já tivesse vivido esse dia uma centena de vezes antes?
       Sim, de novo e de novo e essa foi uma das perguntas que mais deu na minha cara naquela sexta-feira. Por que continuamos vivendo o mesmo dia repetidamente e esperando pelo dia que faremos tudo diferente ou teremos aquela grande mudança?

40. Quando foi a ultima vez que você andou na escuridão apenas com o brilho fraco de uma ideia que você acreditava firmemente?
      Eu decididamente não sei.  Não sei se já fiz isso alguma vez. E isso não parece ok com meu lado artista e tal.

41. Se você soubesse que todo mundo que você ama fosse morrer amanhã, quem você visitaria hoje?
       Provavelmente eu ficaria em casa com minha mãe, e rezaria pra que tivéssemos um daqueles dias bons porque ela merece. Venceria o bloqueio invisível e abracaria a ela e a meu pai sem motivo.
E mandaria mensagens ou e-mails ou algo assim pras outras.
Cara, isso seria muito triste.

42. Você aceitaria reduzir sua expectativa de vida em 10 anos para se tornar extremamente atraente ou famoso?
       Não. HUHUM. A fama não é algo que me atraia e quem por Deus faria isso???

43. Qual é a diferença entre estar vivo e viver verdadeiramente?
       Viver verdadeiramente envolve estar feliz com a própria vida, com o que está fazendo, envolve aquela paz de saber que tem feito o melhor que pode, de que está fazendo o que quer fazer, que está no caminho que escolheu pra si, ou tentando chegar nele. Aproveitar o que tem, os momentinhos e as pessoas. Estar vivo quer dizer, estar respirando, com as funções básicas do nosso organismo trabalhando e tal.

44. Quando é a hora de parar de calcular riscos e recompensas e apenas ir em frente e fazer o que você sabe que é certo?
      Sempre é hora disso, de fazer o que você acha certo e o que seu coração quer. Viver pensando nos riscos e nas recompensas que cada coisa pode te trazer não é uma vida que eu quero viver. Quero fazer as coisas porque quero, porque me fazem bem ou vão fazer bem a alguém, porque causam felicidade,

45. Se nós aprendemos com nossos erros porque nós estamos sempre com tanto medo de cometer um erro?
      Porque somos críticos demais com nós mesmos e com os outros, e sabemos que serão críticos conosco também, e em alguns casos nem um pouco gentis. Porque acaba causando sentimentos ruins em nós, como decepção e magoa, mesmo que isso posso nos trazer o bem no futuro, agora é real e vai doer.
Mas eu não gosto da ideia de que o medo de errar nos impeça de fazer coisas, de viver coisas, de experimentar e ir mais além. Não gosto de que o medo nos impeça, porque não temos nada a perder no fim das contas, e odeio esse negócio de pensar que poderia ter sido diferente se eu não tivesse com medo.
(tô editando isso hoje dia 6, e é dia da coragem. Sejamos corajosos, não deixemos que o medo nos impeça!)

46. O que você faria diferente se soubesse que ninguém julgaria você?
       Se ninguém inclusive eu não me julgaria?
Num geral não gosto de pensar que deixo de fazer as coisas por causa do que os outros vão achar, mas é, às vezes pode ser que eu deixe, sem nem perceber. "Meu nome é bluryface e eu me importo com o que eles pensam." 
É que estamos todos condicionados a achar que tal comportamento em tal situação é o certo ou achar que seremos julgados se fizermos isso ou aquilo, por sermos seres sociáveis com cultura etc e acabamos agindo de determinadas formas, sem nem saber se é de fato o que queremos. E posso estar fugindo da pergunta, saibam que é inconscientemente se for o caso, mas acho que já estamos todos tretados demais achando que o grande irmão, o senso comum, seja lá o que estão todos de olho em nós, que não dá pra listar tudo que poderíamos fazer diferente. Mas há várias coisinhas.
Será que metade dessa vida é construção social, mesmo? DEUS.

47. Quando foi a última vez que você reparou no som da sua própria respiração?
       Provavelmente segunda aqui no sofá quando eu tava tentando respirar profundamente e expirar lentamente pra dar um jeito na espécie de ansiedade que eu tava sentindo por querer fazer tudo e não parar pra assimilar nada. Mas reparar por estar em completa e profunda paz, eu não sei.

48. O que você ama? As suas atitudes recente têm expressado esse amor?
      Há várias tretas que não vêm ao caso, mas gostaria de dizer que estou tentando amar mais e fazer com que minhas atitudes falem isso. Desejem me sorte!

49. Em cinco anos você se lembrará do que fez ontem? E do dia anterior a ontem? E o dia anterior a anteontem?
      Não, provavelmente não vou me lembrar daqui há um mês por motivos.E isso me faz pensar em não estar vivendo a vida memorável que em algum grau todo mundo sonha pra si mesmo, mas eu também sei que tenho tentado viver mais e que a maioria dos dias não são memoráveis nem nada assim, são só mais um dia, porque como Emma Morley bem me ensinou, viver cada dia como se fosse o último, é baboseira no fim das contas e ninguém tem força pra isso.
Acho que o que importa não é se seus dias tem sido parecidos, é se eles te fazem feliz e se você está satisfeita com eles no fim das contas.

50. Decisões estão sendo tomadas bem agora. A questão é: você está tomando as você mesmo ou deixando os outros tomá-las por você?

Vou apenas colocar isso aqui:

alguém ai querendo tomar uma decisão pra mim?

— lena  17 de abril de 2016

Mentira, é que não resisti, culpem o sol em sagitário por essas coisas.
Respondendo a pergunta, eu vivo dizendo que não sei tomar decisões, que fico muito na dúvida, indecisa etc e é tudo verdade, mas uma coisa que eu não digo tanto assim nessas internets é que eu fico louca, no sentindo de brava, quando alguém tenta tirar meu poder de escolha, e meu direito de decidir. Eu posso dar o poder de escolha pra você*, você não pode me tirar ele. Então tá, tem umas decisões que a vida toma por mim ou os outros, mas tem umas que eu também tomo.
*e eu na maioria das vezes não sigo porque a pessoa diz faz y e ai eu descubro que quero x. nem vou tentar explicar mais esse desgraçamento mental. 

***

(consideração de quando comecei a responder): Essas perguntas foram feitas estrategicamente pra que percebamos ou que fique ainda mais claro que tudo é construção social ou eu tô loka já?

Já coloquei lá em cima, mas vamos relembrar que eu traduzi as perguntas, se tu quiser respondê-las eu vou ficar imensamente feliz, mas gostaria do famigerados créditos. E iria adorar que você me avisasse pra que eu possar ler!