27.1.16

Diário Semanal 4: 11 à 17/01 - 15 dias atrasada, but here I am

Uma coisa que eu descobri essa semana é que eu não gosto de deixar pra fazer o Diário Semanal na segunda-feira, porque é uma nova semana e tal. A segunda coisa que eu descobri, mas não foi na semana desse post e sim, nessa que estou vivendo, é que eu não sei se o Diário Semanal ou esse blog vai sobreviver quando as férias acabarem.

Olá, pessoa que me lê. Diário Semanal 4 começando! Aproveite a vista.

SEGUNDA (11/01):

Uma coisa engraçada de falar que eu não sei se o Luft sobreviverá após o término das férias é que há uma semana atrás, chegou no meu email um aviso do meu eu passado. Enfim foi algo que eu mandei pra mim mesma, através de um site em que você agenda email pro futuro (?), pra lembrar de ler um negócio no meu antigo blog. Era um post onde eu escrevi algo pra mim mesma ler após ter se passado seis meses. (O meu blog antigo está muito maior do que eu lembrava, tem mais de 54 posts. Eu gostava muito dele, estava apaixonada pelo layout e se fuçar acho coisas bem legais lá. Eu até quis fuçar nele, mas continuo tendo que racionar internet e isso continua partindo meu coração).

Eis o bilhete do meu eu passado e uma atualização:


“Espero que você esteja feliz e se sentindo realizada, ou no caminho disso, se não com toda a sua vida, pelo menos com a maior parte dela.”
(Helena (no caso eu/você mesma) de 11/07/2015) 
Nossa, já quero escrever, mais. Alguém me segura. 

*** 
Atualização de 17/09/2015: Desculpe a pressão, caso você não esteja tão bem quanto eu espero está tudo bem, claro se, e somente se, você está tentando mudar isso.
Eu tentando não soar ditadora é a melhor parte haha Num geral eu nem sei o que pensar bem com isso, e não soube na segunda até porque segunda eu tinha que pensar numa outra coisa que aconteceu na ultima semana, o famoso SISU. Hoje deveria ir ao ar um post do Helena vai pra faculdade sobre ele, mas eu nem mesmo escrevi esse dito cujo. (nota de revisão: agora o post sobre o SISU já foi ao ar e esse aqui nada)

Enfim, eu dei uma importância grande a coisa toda no primeiro dia e depois nem tanto assim. Enchi o bate papo do João com os assuntos, sonhei e me decepcionei com esse negócio durante a semana toda, e muitas conversas que tive na segunda passada também foram sobre ele, porque muitos amigos meus também estão vivendo isso, como o esperado.

Mas falar sobre isso e as escolhas que eu fiz e o que elas representavam me fez repensar um pouco meu sonho de morar fora, e clareou minha mente sobre até onde estou disposta a ir e pelo que estou disposta a ir.

*Isso parece que foi há tanto tempo. Quando é que escrever o Diário Semanal não vai fazer parecer que o começo da ultima semana na verdade foi há um mês?*

Apesar do SISU ter estado bem presente segunda e terça passada, foram os dias que eu mais fiz outras coisas também, ou parece de acordo com as anotações (vergonhosas) que tenho aqui.

Segunda eu li os capítulos que tinham saído até aquele dia de Codes (ela já tá completa no site agora, tenho que correr lá pra finalizar) (nota da revisão 2: já finalizei!!!) Eles me deixaram super tensa, depois eu li uma crônica ótima da Tatti  tipo, logo em seguida, não sei porque fiz isso, mas me deixou com a cabeça cheia. Tipo muita informação e sensações e pensamentos... tive que me forçar a parar e respirar.

TERÇA (12/01):

No segundo dia da semana, eu finalizei a terceira temporada de OITNB que tava se tornando um peso pra mim, porque  tinha começado ela em OUTUBRO. Também escrevi em boa quantidade pro Luft, tive revelações sobre coisas que eu mal sei agora (não fui especifica nas anotações), li ACdK e respondi emails que estavam aqui na espera, comentários também. Foi um comecinho de semana bem produtivo, pelo que tô vendo! YAY

(Gente, uma semana depois eu tô de volta, e vou postar isso daqui se Deus quiser. Não prometo que ficará maravilhoso, mas tô feliz que voltei aqui!)

QUARTA (13/01):

Minhas anotações dizem (de outro jeito) mais ou menos isso aqui:

Escrevi pra cá, novamente(~~insira gif de comemoração)!

Passei um stress. (com o quê? também tô me perguntando aqui do futuro pra helena de quase duas semanas atrás)

Foi também o dia que fiquei desiludida com o SISU graças as estimativas de classificação e fiquei um pouco na bad, porque me dei conta de que queria passar nele mais do que tinha pensado. Nem sempre é fácil, né migues. Eu devo ter ficado com a cabeça cheia porque ainda não tinha alcançado essa espécie de paz de espírito com o SISU que alcancei agora, depois de aceitar, ver o resultado, etc.

Vamos falar sobre leituras (!!!): na minha anotaçãozinha aqui no bloco de  notas do pc tem a seguinte frase "Ler sempre me faz tão bem, por que fico tanto tempo longe?". GENTE. Nem sei explicar. Quarta eu li um quantidade boa de páginas de ACdK e fiquei naquele estado de espirito sorridente, contente, de bem com a vida que ler parte gostosas de histórias me deixam.
Em contra partida depois de finalizar ACdK (na quinta) eu não li nenhum livro. E antes disso o último tinha sido em novembro (preciso ficar lembrando dessa vergonha) e foi um que nem li inteiro. SOS. Eu nem sei como explicar isso. É eu sendo auto prejudicial? É eu sendo louca da cabeça? O que tá me impedindo de ir ler? Talvez ter o livro físico de algo que realmente queira ler agora, mas sei lá, tem outros livros aqui... Para quem eu faço drama sobre isso? Em que boto a culpa?

Quando eu tava anotando eu lembro de anotar um pensamento, imaginando desenvolver isso aqui pra no futuro me lembrar. É que assim, minhas férias tão muito cheias de fazer nada.
Leituras: praticamente inexistentes.
Saídas: que isso?
Séries: é de comer?
Viram, né? Mas eu queria anotar que mesmo assim e mesmo estando incomodada eu também estou satisfeita com minhas férias, Na quinta feira porque eu tinha lido e sei lá mais o que tinha feito, e em outros dias eu também tinha estado, porque disso me lembro. Hoje mesmo é um desses dias. Em que eu fui mais produtiva. E escrevi pra cá <3
Então é isso, quando as pessoas começarem a me perguntar como foram minhas férias e eu tiver que falar que fiz um monte de nadas, quero me lembrar que foram uns nadas bem legais, que não é pra ficar triste, e sim, fazer diferente na próxima kadhakhda porque prevejo que vou ficar meio assim quando aparecer gente falando de tudo que fizeram e eu "nossa, não fiz nada".

QUINTA (14/01):

Bem, na quinta eu parei de anotar. Vergonha pra mim... vocês já sabem.

mas eu sei que terminei a leitura de ACdK o que me deixou com saudades de The Originals. E foi maravilhoso, me deixou com aquele feeling que mencionei ali em cima. FOI LINDO.

SEXTA (15/01):

Eu sai (!!) Fui na papelaria comprar um caderno e outras cositas (amanhã dia 27 eu vou voltar pra comprar outro!!!!). Meu caderno pra esse ano letivo é do Snoopy. Pra ser mais específica é um desse aqui. Eu fiquei anos tentando escolher e ainda não foi o caderno perfeito. Depois do que comprei do Batman ano passado (e dei pro meu amigo porque tenho a cabeça tretada </3) estou sempre em busca de cadernos perfeitos, porque sei que eles existem. Também tô sempre esperando a Jandaia fazer um outro que me apaixone. Os cadernos deles são sempre uns amorzinhos, mas esse ano não tinha nenhum que me encantasse :\

Na sexta eu comecei a descer uma ladeira na minha dieta e na minha caminhada, que DEUS DO CÉU. Não tá sendo fácil. Ainda não subi ela. </3 E não sei se isso tá relacionado com essas tretas de faculdade, ou se eu só não tô me esforçando, como faz pra achar aquela determinação que eu tava no fim de sembro/começo de janeiro?

SÁBADO (16/01):

Não sei, não anotei, não lembro.

DOMINGO (17/01):

Teve pessoas, teve conversas animadas sobre viagens, teve bolo de fubá cremoso e sorvete. Dieta não teve, mas olha, FOI MARAVILHOSO.
Também teve eu perdendo o The Voice, que tava acompanhando direitinho, mas não conseguindo lamentar por ter visita aqui na hora, porque elas foram amor. E deram aquele feeling "pessoas <3"

Coisinha aleatória: eu queria deixar aqui dois post que sei que li naquela semana e que adorei:
O post de feliz aniversário para Carol que a Dana fez lá no CC e que tem uma reflexão ótima: aqui.
E o post do Paulo sobre faculdade: aqui.

***

Fazer o Diário Semanal 1 semana depois, é difícil, duas semanas depois é uma treta das boas. Eu tô aqui me perguntando como eu posso esquecer o que aconteceu ou quando aconteceu. Parem pra pensar e imaginem o quanto de coisas que já fez a gente perder a cabeça, o sono, a paz etc e que hoje em dia não é importante o suficiente pra nossa memória se lembrar delas. MUITA, MEU DEUS, O QUE REALMENTE IMPORTA NO FINAL DAS CONTAS????  Eu já tive resoluções sobre essas coisas que não fazem diferença no plano geral da nossa vida, e até tinha um post sobre isso no meu blog antigo (<3)

Não sei se alguém notou, mas a cor que usei hoje não tem nas opções básicas do blog, porque o Felipe me ajudou lá no twitter e agora eu sofro um pouco e coloco outros códigos no HTML do post. Acho que não era isso que ele tinha dito pra fazer, mas chegamos no resultado esperado akdhakhgda Eu tenho certeza que qualquer hora alguém vai aparecer e me mostrar um jeito 947276783 vezes mais fácil de fazer isso. Obrigada, Felipe! (e gente, se a cor não for das melhores, é que eu não sei escolher nada, culpa minha mesmo)

Ah, já ia esquecendo o post foi feito no formato antigo (nem dá pra chamar de antigo, mas ok) porque o outro é mais difícil e bem, eu nem lembro de nada.

NOSSA EU FIZ ESSE POST, EU NÃO ACREDITO! MEU DEUS, NEM VOU RECLAMAR QUE MEU OMBRO TÁ DOENDO. (desculpem qualquer erro)

Email - Helena Guimarães - Outlook

26.1.16

101 coisas em 1001 dias

Então eu fiz uma lista de 101 coisas em 1001 dias. É que as pessoas me deixam atoa e eu faço essas coisas loucas.

Acho que foi no dia 19 (acabei de ver que foi terça passada, já faz uma semana SOS) que a Dani me chamou pra fazer a lista 101 coisas em 1001 dias com ela (<3), talvez seja uma coisa de gente de sagitário arrastar as migas juntos nesses projetos. Bem, primeiro eu relutei porque a ideia dessa lista: muita coisa, muito tempo, parecia que seria algo que eu acabaria esquecendo depois de um mês e me decepcionando quando visse que não fiz nada ao final. Eu amo listas, mas faço poucas porque não sei lidar muito bem. (Esses dias mesmo tô enfrentando uma leve crise na minha relação com as minhas to do list's).

Enfim,  se é coisa de sagitário levar as migas juntas, deve ser coisa de sagitário se jogar também quando as migas chamam, porque a parte racional lá mandando eu ficar de boas enquanto o resto do meu ser gritava "começa a fazer AGORA, nossa, lista!!!" *vai buscar inspiração* *pensa em coisas pra por* "que coisa maravilhosa, depois dá pra separar...". Deu pra entender, né? ahhaha

Tarde da noite começamos a conversar e a fazer as listas juntas porque assim era mais legal. Daí a pouco mostrava o que já tinha colocado, elogiava a lista uma da outra, copiava uns itens, surtava com algo totalmente aleatório. Falava da vida, fazia mais um pouco da lista...  Conseguimos fazer algo mais ou menos parecido com isso no dia seguinte, depois ficou mais difícil. O importante é que no dia 22 (sexta-feira) eu apareci gritando a Dani falando que tinha finalizado minhas lista.

Engraçado que aquando você começa a fazer acha que jamais vai conseguir pensar em 101 coisas, "muita coisa pra eu querer, plmdds", mas quando vê você tá no final, e tá adicionando mais itens do que o necessário. Então, sofre pra tirar depois.

É uma delícia pensar e listar 101 itens, ruim mesmo é separar por seções depois porque colocou na cabeça que ficaria melhor e fazer o blogger deixar você organizar do jeito que você quer. Ah, se algum item parecer que deveria estar em outra categoria e não na qual ele se encontra, provavelmente é porque deixei passar e dei a lista por terminada porque tava enchendo o saco HAHAHA

Eu tentei colocar, na maioria,  itens "pé no chão" pra ser mais possível de fazer eles. Tem uns que não são bem assim, porque a gente tem é que sonhar, mesmo, né? Ok, hoje, dia 26 de janeiro eu estou dando o projeto 101 coisas em 1001 dias como começado. Tempo máximo para concluir é até o dia 23 de outubro de 2018. Desejem me sorte, foco e determinação!

Para quem quiser conferir a lista:

Helena vai pra faculdade #5 - Um pouco do agora, o SISU e o PROUNI

Olá pra você que me lê!

Normalmente eu abro a página do blog pra escrever sem nem saber o que diabos estou fazendo ou como vou escrever o que precisa ser escrito. Hoje eu abri sem saber se vou escrever o restante do Diário Semanal 4, se vou começar a escrever o Diário Semanal 5, ou se vou fazer o Helena vai pra faculdade #5, mesmo. Não está sendo fácil.

~~tomando decisões~~

Ok, bem vindos ao post #5 da minha saga de pessoa prestes a entrar na faculdade!
   
ALGUNS PENSAMENTOS

Daqui há uma semana as aulas na faculdade particular começam. Eu só tenho 8 dias de férias pra aproveitar, fazendo o que fiz nos outros: um monte de coisas e um monte de nadas. Bem, não estou preparada. Nem um pouquinho. Ainda não consegui processar toda essa situação.Tô virando gente grande, é isso? CANCELA.

Ontem antes de dormir, eu estava pensando em como parece que a adolescência acaba quando o Ensino Médio acaba. Que não dá para entrar na faculdade e dizer “sou adolescente”, agora sou só jovem. E jovem hoje em dia se é até os 30 e poucos, ou 30 e tantos. NÃO ESTOU PREPARADA, alguém me leva de volta para o começo das minhas férias, por favor?! Me levem de volta pra 20 de dezembro! Alguém PARA O TEMPO. SOS. Eu tô aqui falando pra minha vida “miga para cê tá loka” porque não tem como eu já estar aqui prestes a começar a coisa toda (faculdade). Não me sinto pronta, não. Verdade.

Outra coisa que não me sinto é no clima para escrever esse texto, não estou me sentindo no clima para nada, na verdade, mas quero escrever isso. Porque quero me iludir que escreverei sobre os primeiros dias na faculdade. Se ainda não ficou claro, sim, eu vou pra particular. Pelo menos por uma semana eu estarei lá. Depois a UNESP ou a UFMG podem me chamar e eu vou sair correndo de contábeis e me jogar em Letras bacharelado em tradução, mas mesmo que só por uma semana eu vou ser aluna da UNIFEV. E vou ter que fazer meu pai pagar mais um mês.

SISU

Todas as minhas semanas desde dezembro foram uma montanha russa, talvez até antes, mas não lembro porque não escrevia o Diário Semanal. E vocês não sabem sobre as últimas duas porque falhei em escrever ele, mas elas também foram. É a nova constante da minha vida. Semanas que são montanhas russas. Eu não percebo que estou nelas, mas quando vejo eu estava. Então, quando as inscrições do SISU abriram na segunda feira retrasada, dia 11, eu estava começando mais uma, mesmo sem saber. Tinha acontecido o que eu já sabia que ia acontecer, havia deixado pra pensar nas coisas de última hora e estava despreparada. Fiz o que qualquer ser humano racional faria no meu lugar: Fui atrás de alguém pra fazer um drama.No caso fui atrás do João. E fui pro twitter também. 

Antes de realmente me forçar a envolver com os assuntos do SISU eu estava nem aí, mas uma vez que comecei e fui atrás de fazer um drama pra clarear as ideias e ver onde eu chegava eu comecei a sentir aquilo. As dúvidas, o não saber, os milhões de questionamentos, alguns novos, outros que eu achei que já tinha superado... Isso não acaba pelo jeito né? Uma frase que falei em algum momento daquela semana “nem entrei na faculdade e já não aguento mais”. (a dramática)

Foi uma montanha russa das boas, viu? Passou tanta coisa na minha cabeça nesses dias pensando em SISU, cursos, faculdades etc... Olhando pra trás, eu nem sei por quê ou como estava em dúvida com certas coisas, por exemplo, se colocava tradução mesmo nas opções ou não, só que na hora estava. Não vou fazer pouco disso, porque aprendi a não desmerecer meus sentimentos não importa o quão irracionais ou loucos eles pareçam depois, porque eles eram reais pra mim. Enfim, como eu faço meu trabalho direito, fui atrás da minha conversa com o João, e eu não estava certa em colocar tradução porque “eu não sei que curso fazer, eu não sei o que gosto”. E também pela questão de mercado de trabalho depois (como expliquei em algum post dessa saga, que já não lembro qual). 

Os temas principais das dúvidas e etc:

  • Não tinha certeza sobre o curso a colocar porque não tenho nenhum que seja meu sonho.
  • E eu queria ir morar fora e estudar numa universidade pública. (sendo repetitiva)
  • Tinha escutado muita gente falando que era muito barra morar sozinho e enfrentar um curso que você não sentia ser o que você QUERIA MESMO.
  • Sabia que se caso passasse e fosse, seria bom e ruim, mas queria que tivesse mais da parte boa do que da ruim, para isso queria fazer a melhor escolha que desse agora para diminuir sofrimento no futuro. Bem, ainda quero. Tô frequentemente tentando fazer isso ou descobrir qual é a melhor escolha pra fazer isso.
(Obs: a UFMG passou a dominar todos os meus sonhos loucos nessa semana) 

Agora, peguem tudo isso, misturem, o que der, era o que tinha na minha cabeça. Quando eu comecei a falar e ver ponto por ponto, eu pude pensar em um por um, em vários juntos, e depois todos e depois um por vez de novo...

São assuntos que não vão embora. E eu descobri que muita gente, muita mesmo, passou por esses mesmos questionamentos, tiveram sensações parecidas com as minhas, viveram o que eu tava vivendo. Quiseram uma coisa e depois a outra e então queriam que pudessem ter as duas ao mesmo tempo, mas não dava. Até que chega um momento (chegou pra mim, pelo menos) que você coloca na mão de Deus e resgata aquele conselho que teu amigo te falou e que você lembrou que adorava repetir “o que tiver de ser será.”

Olha, podem me dizer que é conformista ou sei lá o quê. Não me importo. Ou talvez me importo, sim porque nada me incomoda mais (exagero, possivelmente) do que me tornar ou a ideia ser conformada. Mas agora, exatamente agora, eu só quero viver tranquilamente pelo maior tempo que der antes de começar toda uma fase nova, porque há coisas que a gente não pode mudar, e talvez se tivéssemos feito isso ou aquilo diferente poderíamos, mas não fizemos e eu enfrentei muitos "se's" e baixas com todos esses assuntos pra continuar me perguntando e supondo o que poderia ter sido. Estou cansada. E eu já chorei e eu já me questionei tanto. Mas agora eu só quero me convencer de que vai ficar tudo bem. 

E quer saber? Eu vou fazer ficar tudo bem. Vou tentar fazer a melhor limonada que eu puder com os limões que a vida me der. Mas eu não serei vítima da vida. E terão dias difíceis onde quer que eu esteja, e eu sei quais e onde eu preferia enfrentar, mas não sei se é esses que terei. E tudo bem, vou enfrentar eles independente de qual forem. E sei que terei pessoas que estarão lá por mim e que no fim do dia sou eu  sozinha que tenho que decidir o que fazer  Mas me sinto imensamente grata por saber que terão pessoas lá por mim que me ajudarão a decidir e facilitarão isso. E por saber que eu estarei lá por mim.

Voltando pro SISU em si que aconteceu um pouco antes de eu chegar a tantas conclusões:

Como primeira opção de curso eu me inscrevi em ABI Letras na UFMG, período matutino. Como segunda opção Letras bacharelado na UFRGS, no período integral. Sendo que preenchi a primeira opção no primeiro dia e a segunda no segundo. Isso, me sentindo sem saber o que tava fazendo, mas fui lá e fiz. Depois voltava toda tarde pra checar classificação e tudo mais. Sabia que as chances não estavam nada a meu favor, já previa o resultado e fui processando e aceitando ele. Eu tinha escolhido faculdades muito concorridas? Tinha. Tinha escolhido um curso concorrido? Tinha. Eram difíceis obviamente, mas eu decidi que usaria minhas duas opções para coisas que eu realmente queria. Não importava que fossem ou não difíceis. Era eu perseguindo meus sonhos. Ou tentando.

Depois de preencher a primeira opção, o SISU deixou de tomar minha mente, preenchi a segunda opção pra não ser trouxa mesmo, então ele só voltava quando alguém me perguntava ou via algo relacionado, mas é isso. Quando o resultado saiu na segunda, 18, bem, foi o que eu esperava, não havia passado em nenhuma. Estava em 48° lugar para 18 vagas  e em 30° para 4. E tudo bem, eu esperava por isso.  Declarei interesse na lista de espera pra UFMG e pronto.

Então, não Laís, não é agora que eu vou pra POA. :|

Quero dizer, tudo bem até que comecei a ver umas coisas, receber notícias de outras, e estava feliz por aquelas pessoas que eu gosto muito, mas de repente estava triste por mim. E precisava que alguém me lembrasse de que eu tinha escolhido opções difíceis porque eram o meu sonho. Talvez tivesse passado naquela outra mais fácil, mas não era o que realmente queria. Pedi pras meninas do SA (Isa, Gih, Giu, Dani, Laís, Tatii, sempre maravilhosas <3) me lembrarem ou darem na minha cara logo porque eu tava precisando e elas foram um amor e de repente eu tava indignada era com o preço que a Gih tá pagando no xerox. Se eu não for pra nenhuma pública me pergunto como vou ter dinheiro pro xerox também. Começar a fazer minhas artes pra vender, porque olha, um absurdo. Provavelmente essa conversa deve ter acabado em Halsey, não lembro, mas levando em conta o histórico daquele grupo: provável, até porque a Tatii sempre se esforça pra isso.

PROUNI

Começou que eu achei que fosse dia 18, mas era dia 19 que abria as inscrições pro dito cujo, eu tava meio desencanada já. Passei o dia finalizando a leitura de Codes e fazendo coisas mais legais, até que enfrentei um dramazinho que eu nem tava esperando quando me forcei a ir fazer a inscrição. Me dei conta de que não queria pensar em PROUNI, no que colocar, no fato de não ter passado na primeira chamada no SISU, não queria pensar em faculdade, nem que tanta gente perguntasse sobre. Não aguentava mais o assunto. (Tive uns momentos ruins, nessas duas ultimas semanas, sim.) Desabafei no twitter, respirei fundo e aí tive que ir.

Pesquisei, olhei opções, pensei e por quase todo o período de inscrição achei que deixaria passar em branco mesmo. Até que no último dia coloquei o que eu tinha pensado algumas semanas atrás. E acho que mesmo se eu passar não irei usar. Claro que tudo pode mudar e eu usar sim, mas tô achando que não. As minhas opções no Prouni não são bem meus sonhos e teria que morar fora para cursar nessas faculdades. Entendi que enfrentar um curso que não é teu sonho e morar fora é muita coisa assim do nada. 

Se estou certa, os resultados saem amanhã. Vamos ver no que dá.  Eu devo dizer lá no twitter.

***

Como eu comecei a escrever o Helena vai pra faculdade no primeiro dia do SISU, acabou que não escrevi sobre o dito cujo enquanto ele acontecia, ou enquanto eu vivi a expectativa por ele, a dúvida na escolha, e a tristezinha vendo as classificações estimadas. Isso deve explicar porque esse post ficou menor ou a falta de detalhes dele. A bagunça eu não sei como explicar, além de que meus pensamentos são um pouco, talvez muito, bagunçados.

19.1.16

Helena vai pra faculdade #4 - Os vestibulares

Achei que falar sobre os vestibulares seria tão fácil como foi falar do ENEM... bom, não está sendo. Pensando bem, talvez teria sido se eu tivesse escrito esse post na mesma noite em que escrevi o do ENEM, verdade seja dita, estava animada pra fazer isso, mas meu ombro estava morto e meu cérebro exausto, então pensei "amanhã escrevo". "Amanhã", veio a ser uma semana depois, mesmo. Agora já é domingo, meu computador está  marcando 02:49 da manhã, mas na verdade são mais de cinco da tarde, e eu estou aqui divagando sobre perder a animação pra escrever sobre os vestibulares, ao invés de escrever sobre como foram de fato, enquanto estouro meus tímpanos com Counting stars numa tentativa de abafar o som do jogo de futebol na TV.

Ok, eu prestei dois vestibulares apenas: o da UNIFEV e o da UNESP (acho que isso ficou meio claro no #3). Eles foram em finais de semanas seguidos em novembro, um no dia 8 e  o outro no dia 15, respectivamente.

Nota de edição: tava relendo e falo mais palavrão nesse post do que qualquer outro, e não, não estava xingando nada. Nem sei porque isso aconteceu, tenho falado poucos palavrões ultimamente.

Vamos pela ordem, então:

UNIFEV:

Eu não me lembro muito bem daquele domingo, dia 8. Me lembro de enfrentar a indecisão de sempre "vou de calça ou short? e se ligarem o ar da sala e ficar frio? se a sala for quente?", arrumei minhas comidas, provavelmente a parte mais importante dos vestibulares, tomei vergonha nessa minha cara e levei água dessa vez, mesmo que o tempo de prova fosse quase metade do ENEM (vestibular não era grande, tinha 40 e poucas questões). E escolhi uma das minhas blusas brancas pra vestir (já falei sobre isso anteriormente). Sim, eu tenho muitas blusas brancas. A maioria no meu guarda-roupa, o que não quer dizer muita coisa ultimamente kahdkagdahda Divagação aleatória: eu gosto de branco, sim, mas acho que  ter várias blusas brancas também deve-se ao fato de que sempre fico meio indecisa com que cor, e se for estampa se eu realmente gostei daquela em questão, e se combina com minhas roupas, ai evito toooda essa indecisão e corto a impaciência da minha mãe levando outra blusa branca da loja. Ou preta.
Meta: não comprar blusas brancas ou pretas nas próximas compras.

Voltando pro dia do vestibular, tive que ficar esperando dentro do micro-ônibus um tempo, porque há c e r t a s pessoas que não sabem o que quer dizer pontualidade. E eu tava até de boa com isso, o resto do pessoal é que tava lá fazendo a caveira das gurias, ligando, falando em deixar pra trás... Um estresse desnecessário, diga-se de passagem.

Lembro que no caminho eu e minha amiga tivemos uma daquelas conversas maravilhosas que sempre temos em ônibus sobre algum livro, que lemos ou nosso mesmo, e sei que nesse dia falamos sobre tropes, ou alguma coisa assim.

Graças a erros de comunicação, chegamos cedo e ficamos esperando um tempão até o portão abrir. Feito isso, eu e duas amigas, fomos atrás das nossas salas, e foi um vai vem de "vamos comigo achar a minha?" "vou lá ver onde é a sua" "nossa, vocês podiam ir comigo lá na minha agora?". Nesse vai e vem encontrei um amigo que estudou comigo até o segundo colegial, demos um abraço muito louco, que não sei explicar, mas estávamos meios tortos, por causa dos caminhos que estávamos seguindo, e já foi hilário. Ele também beijou minha orelha/cabelo, mas isso é normal comigo. "COMOASSIM, HELENA?" Acontece que eu não sou muito disso de beija e depois abraça. Eu vou direto pro abraço e esqueço que as outras pessoas não fazem isso. O que acaba com elas beijando meu cabelo/orelha. Eu acho graça.

Continuando o vai e vem, eu estava indo pra minha sala sozinha (depois de deixar minhas amigas na salas dela), ai meu amigo me alcançou e batemos um papo de meio minuto, porque  meu cérebro deu uns legs e ao invés de ficar no corredor conversando, fui direto pra sala. Me arrependi depois quando tava lá quase dormindo por ter entrado meio cedo e porque eu ADORO conversar. Tipo MUITO. E sou exatamente como sou nos posts, perco o foco, divago, vou pra caminhos inesperados...

A prova em si:
Era obrigatório fazer a redação primeiro, (não gostei*) não lembro bem o tema, algo com mudar o mundo (?), nos textos de bases tinham citações do Che Guevara, da Malala, Dom Quixote... e gente que tem frases bacanas sobre mudar o mundo. Aconteceu o de sempre, tinha gente no meio do rascunho e eu lá sem saber como começar e o que eu realmente queria falar. No fim, citei até Um Dia na minha redação.
*não sei se realmente prefiro fazer a redação depois, ou se só "não sou obrigada, meu amigo".

Acabei cansada já e tinha 40 e poucas questões pra responder ainda. Pior, tinha parte de língua portuguesa e uma outra parte de Literatura. A morte. HAHAHAHA Acho que ninguém quer saber das questões, em si, né? até porque não lembro*, só sei que tinha uma de química com uma tatto que eu fiquei pensando que se eu gostasse de química, faria aquela tatto. Ô se faria, até quis gostar de química. Sendo sincera e correndo o risco de fútil, não foi a primeira vez que quis gostar/ser fã de algo por causa de uma tatto, camiseta... etc.
*nunca lembro das questões de uma prova, mesmo se eu tiver acabado de fazê-la. 

Depois de sair, eu sei que encontrei com minhas amigas e depois de algum jeito meu amigo que é o cara que me encontra (isso ficará claro quando eu falar do vest da UNESP), tava lá também, as gurias foram comer sei lá o quê e eu e ele ficamos sentados conversando. E FOI MARAVILHOSO. Do jeito que quando tivemos que ir embora, eu queria continuar falando. É engraçado que quando ele estudava comigo (por 10 anos e tal) a gente não se falava assim (?) Então, pah ficamos quase dois anos sem nos ver e eu parecia uma matraca na orelha dele e ele tava falando bastante também. Entendemos os dramas um do outro com a faculdade muito bem e foi MARAVILHOSO. Só sei descrever assim. Com piadas nas horas certas, humor autodepreciativo que ninguém olhava com cara de "nossa, que depressivx, que insegurx..."

Detalhe aleatório: quando fomos nos despedir, ele beijou as minhas amigas, mas comigo ele foi direto pro abraço, ou seja, de algum jeito ele percebeu que eu vou direto pro abraço sempre após isso ter acontecido com ele uma vez só (!)

Ok, não lembro muito da volta pra casa. Mas eu lembro que tive resoluções no carro, quando meu pai foi me buscar. Carros, ônibus e semelhantes são ótimos pra esse tipo de coisa. Uma vez disse pra minha amiga que quando formos gente que dirige e eu estiver bloqueada, pra ela me botar no carro, de preferência a noite, e sairmos pra estrada.

Num geral o vestibular foi como todos os outros, teve sono, fome e essas coisas, leve desesperos, e no fim sai sem saber se tinha ido bem o suficiente pra passar ou não. Passei, a propósito.

UNESP:
 (os dias em S. J. Rio Preto) 

1° fase:

Meu local de prova do vestibular da UNESP foi na mesma cidade em que estudarei caso passe porque é a mais próxima de onde moro. Por causa de falta de gente e umas confusõezinhas que não falarei aqui pois: preguiça e não é importante pra ninguém, a minha amiga de sala, que chamarei de K, não conseguiu nenhum veículo na prefeitura pra levar a gente. A outra guria da minha sala ia com a prima, então a K, me chamou pra ir com ela, tendo a possibilidade de posarmos na casa da avó dela, caso fosse folga do pai no sábado. Na semana do vestibular ela me avisou que sim, íamos no sábado, sairíamos lá pelas quatro.

Quando o sábado chegou eu arrumei minha mala, (algo que amo não gostar ou algo assim, porque adoro o que isso representa: viagens, alguns diazinhos fora de casa, mas também quer dizer que preciso decidir o que levar e ter a sensação de estar esquecendo algo importante ou levando coisas demais), meu pai me levou na casa da minha amiga, e daí uma meia hora com alguns imprevistos no meio, estávamos pegando a estrada.

Surpresa pra ninguém que conversei daqui lá e foi ótimo. Fazia décadas... na verdade uma década mesmo que não ia lá. Não lembrava nada. quero dizer, é só uma cidade, mas uma que eu não via há mais de 10 anos E que eu sonho em morar pelos próximos. Fomos direto pra casa da avó dela, não que alguém pensou que não seria esse o trajeto, e conheci a a família da K, ela é ótima. Te fazem sentir em casa e querem te ver comendo toda hora AHHAHA (e eu de dieta, mas ok). E aí começou a chegar tios e primos dela, a torta e a direita, porque, como eu iria descobrir depois, quando o pai da K vai pra lá, eles todos se reúnem, também se reúnem todo fim de semana, mesmo sem ele. Coisa de família unida. E ai que quando juntam todos, não dá pra falar que não são irmãos. Tudo as fuças uns dos outros. Sorridente e simpáticos.
(estou relendo antes de postar e assim como umas quatro vezes já, não sei porque dei esse tipo de detalhe, mas ok!)

Nessa tarde eu e K fomos no mercado e demos umas de "as boas meninas" estudando até que o primo dela chegou e "vamos pro SHOPPING!!!". Detalhe: shopping fecha as 10 horas, eram sete e meia ainda estávamos vendo quem ia tomar banho primeiro. Depois rolou um "vai jantar, não vai jantar" que roubou mais uns 20 minutos, e ficamos sei lá, uma hora no shopping. Entramos na C&A por um motivo que não lembro e em seguida as portas  começaram a fechar,  tivemos que rodar a loja inteira pra pegar a saída. Em outra loja, a K, comentou comigo sobre dois caras gatos na fila do caixa e enquanto eu tava lá tentando ver as caras dos cidadãos, o primo dela ouviu e tava indo FALAR COM ELES, fugimos e depois ele ficou sem conseguir achar a gente na loja. Também montei um look pra ele e descobri o melhor picolé e mais caro que já provei, e provavelmente da vida. Também foi horrível, porque me fizeram entrar na saraiva chupando um picolé com recheio de ninho trufado, (gruda no dente pra caralho) e ai já não bastava o mico de chupar picolé andando num shopping cheio, me levaram pra SARAIVA onde eu não podia TOCAR NOS LIVROS porque estava chupando picolé. A MORTE.

Por fim, ainda perdemos o tio da K, porque entendemos errado o que ele falou e isso acabou com a gente rodando todo o shopping pelo lado de fora. Repito TODO.

Na volta, que era pra ser pra casa da avó da K, mas foi pra uma quermesse que tava tendo mesmo, rolou um momento que eu achei que tava em algum filme de racha, com um moço ultrapassando a gente (eram duas pistas, então não é bem ultrapassando, mas ao mesmo tempo, é), e depois nós ultrapassando ele e ele emparelhando com a gente... só que foi pra avisar que minha porta tava meio aberta (pessoas <3). Claro que seria a minha. Não tenho cara pra bater com força a porta do carro dos outros e aí acontece essas coisas mesmo.

Na quermesse eram umas cinco mesas juntos, pois: família grande e nós que estávamos no shopping (tirando o tio da K) sentamos separados ainda. A mãe do  primo da K, me pagou um pastel de vento que acabou por ser a decepção da minha história com os pastéis de vento. Mas fiquei muito grata. E alguns dos tios, mandaram pra mim e pra K um bilhete no guardanapo nos elogiando. Também jogaram uma latinha e comida em nós duas, mas detalhe. Família é assim, mesmo. AHAHAH

Isso tudo acabou com nós duas indo dormir bem depois da meia noite, após dizer que dormiríamos cedo. Nenhuma novidade.

Ok, tiveram outros momentos na manhã seguinte, comigo acordando mais cedo, tomando coragem e pegando leite na geladeira  e tomando um café mesmo sem ninguém da casa lá comigo, (a mesa já tava posta) e comi um pão e um biscoito MARAVILHOSO. Voltando a dormir e depois tomando café de novo, depois morrendo sem saber que roupa ir, por n motivos, mas não vou detalhar porque isso ficaria enorme. Então vamos direto pro que interessa:

Rolou um nervosismo geral no caminho pras faculdades que iriamos prestar o vestibular (eramos em faculdades separadas) porque lemos no manual umas informações que nos deixaram confusas,  foi uma loucura. E a faculdade nunca que chegava. O tio dela falou "agora tamo chegando" teve mais uns 10 quarteirões pra chegar na minha. A da K era do ouro lado da cidade.  Quando se é de cidade pequena e vai pra uma bem maior, quando eles dizem é perto, pra você é longe.

Cheguei antes do portão abrir, só descobri lá que o portão abria uma hora em antes apenas, e fiquei lá parada, sozinha, cercada de grupos esperando. Um pouco depois da uma da tarde passei pela catraca e fui atrás do meu bloco e da minha sala. Meu amigo (que encontrei na UNIFEV) me achou outra vez, porque como disse ele é o cara que me encontra. O que é um feito até grande levando em consideração que tinha bastante gente lá. Eu nunca acharia ninguém. Nessas situações ou a pessoa me acha ou nunca nos veremos. Ver a cara dele foi a melhor coisa que poderia me acontecer, porque eu tava meio desestabilizada por causa do nervosismo de não chegar na hora. E também foi ótimo porque estava em lugar desconhecido cercada de gente desconhecida. PÉSSIMO, às vezes.

Conversamos, eu comi, ele achou a minha colega, eu gritei ela que se assustou na escada e eu até me senti mal porque ela ficou desconfortável e achou ruim comigo. Depois fomos cada um pra sua sala.

Eu fiquei sentada na primeira carteira, sem ter a cadeira da frente pra apoiar o pé. ¬¬ Me lembro de uma guria alta, morena, de cabelo crespo divo que tinha uma sacola igual a bolsa da Hermione -única explicação pra caber o tanto de comida que ela tirava de lá de dentro- *spoiler* que eu não vi na segunda fase e fiquei me perguntando se tinha passado.

Me deu muito, muito, MUITO sono e cansaço durante a prova. Foi horrível. Meu Deus. O mais próximo de desperta que ficava era quando eu tava comendo e eu tinha só três barrinhas de cereais. Também me deu MUITA fome. E os fiscais recebendo umas coisas gostosas lá não ajudaram. Enfim... Tava cansativo. Um texto de inglês eu pulei e chutei as respostas porque não consegui tentar ler aquilo,e  aconteceu outras vezes de tentar ler, mas não conseguir assimilar nada daquilo. E estava difícil, muito mesmo. Coisa que nunca tinha visto na vida, contas gigantescas que fiz e no fim não deram nenhum resultado das alternativas... Eu tinha dado uma olhada na prova de 2014 e tinha sido mais fácil. Primeiro achei que eu é que era burra, mas depois vi todo mundo falando que tava do caralho aquilo.
Não lembro com certeza, mas acho que acabei um pouco depois do horário minimo de sair da sala.

Quando eu sai, vi meu amigo no corredor, mas como ele tava na frente e eu não quis gritar ele, não nos falamos. Liguei pro pai da K e fiquei esperando. Encontrei a minha colega que parecia meio estranha, depois desci  uma mini ladeira que tem em frente a UNIP (faculdade onde prestei o vestibular), chegando no ponto marcado exatamente na hora em que K e a família dela chegaram de carro (! meu timming é muito bom, às vezes). Ai retornamos pro centro pra ir comer, porque estávamos mortas, varadas de fome. Paramos no Habib's e foi a pior decisão porque demorou décadas pra nossos lanches ficarem prontos e depois um século pra trazerem o nosso suco, isso após falarmos com o carinha lá DUAS vezes. Pelo menos o sanduíche com hambúrguer de frango (não lembro o nome) é maravilhoso. O suco era uma bosta e nos frustou mais ainda. O pai da K também que não aguentava mais esperar. Sim, devíamos ter ido na loja de conveniência do posto da esquina.

Aí pegamos a estrada. De volta para casa!

Conferi o gabarito no dia seguinte após chegar da escola, 47 de 90. Depois acabou que foi 48 por causa de uma questão que tinha duas alternativas possíveis. Essa questão foi uma que tomou um tempo meu lá hein. Mais uns dias na espera, mas com quase certeza que tinha passado com base nas notas de cortes dos dois últimos anos, meu nomezinho tava lá na lista de classificados. Que lista grande da porra também. Caso alguém queira saber, a K, meu amigo e minha colega não passaram :(

 2° fase:

Eu já tinha uns planos de como faria com a 2° fase já que eram dois dias e com o preço da gasolina e a crise, quem teria dinheiro pra abastecer pra ir dois dias seguidos em São José do Rio Preto, não é mesmo?

Sendo assim coloquei meus contatos pra trabalharem e pedi pro meu amigo, que mora lá e "perto da UNIP" (ele estuda na UNIP e meu local de prova era lá novamente) se eu podia usufruir do apartamento dele no domingo e na segunda, no minimo. Ele conversou com o companheiro de apartamento dele, e no fim tudo combinado, dava certo, sim e ele e a minha amiga (irmã dele) iriamos. Meu pai levava a gente e voltaríamos de ônibus. Se virando e tal.

Já que essa é minha vida, foi uma semana de "vamos no sábado" "não, vamos no domingo" "não, no sábado pra estar descansada no domingo" "não, no domingo porque se não é muita coisa pra vocês levarem, e comida também" e eu perdida, querendo que alguém decidisse de vez. Até que na sexta feira, 11 de dezembro, foi decidido, iríamos no domingo cedo. Ou seja, meu sofrimento com roupa e comida pra levar (comida porque o apê dele tava vazio, tínhamos que abastecer pra ficar três dias lá) começou no sábado. E até me fez desejar ter decidido de ir no sábado porque aí eu não teria até o dia seguinte pra pensar se tava tudo certo, se tudo daria etc.

Primeiro dia (12/12):

Acho que sai de casa no domingo, às nove e meia, mas acordei muito cedo, dormi toda errada e fiquei sem saber o motivo porque não estava ansiosa, ansiosa pra prova (ou acho que não). Eu e meu pai passamos pra pegar meus amigos, e caímos na estrada (amo dizer isso, porque amo cair na estrada), com o porta malas CHEIO com nossas malas e mochilas e um colchão de acampar ou uma parada assim que meu amigo tem que é fino igual uma folha, e segundo ele, que teve que dormir naquilo, dormir no chão com um chinelo de travesseiro é a mesma coisa. (racho só de lembrar) Eu pulei pro banco de trás  porque queria ir conversando, e porque não sou boba nem nada. Ou seja, foram quase duas horas eu e minha amiga falando de projetos (dela porque os meus tão em baixa), ideias com músicas (olá, Troye Sivan) e coisas assim.

Se eu estou certa a gente chegou lá um pouco antes do meio dia, subi quatro lances de escadas com uma mala, uma mochila e uma bolsa, morta de vontade de ir no banheiro. Depois do banheiro, enquanto guardava as comidas que precisavam ficar na geladeira, meu pai já tava achando o caminho da porta pra ir embora(!) E eu fiquei lá "mas... mas... tinha ficado de você me levar na UNIP, senhor". Depois descobri que ele perguntou se queria que levasse hora que eu estava guardando coisas e meu amigo disse que a gente ia apé, de boa. ERAM MAIS DE 2 KM.

Foi meio rápido essa manhã, minha amiga tava no computador fazia nem quinze minutos que tínhamos chegado, eu e meu amigo arrumando nosso almoço e eu meio que conhecendo o apartamento também, tudo ao mesmo tempo. Depois que almoçamos ele fez café pra mim (<3), nunca tinha feito café na vida até aquele fim de semana, é mais fácil do que tinha achado e mais difícil do que parece. E eu não confio em filtro de papel. (eu vou falar de café no diário semanal, porque aqui não há espaço pra isso).

Comi meu chocolate e fomos(eu e meu amigo) todos sorridentes caminhar mais de 2 km, era meio dia mas pelo menos o tempo tava nublado (<3). Thanks God! Fui conversando igual uma louca na orelha dele por praticamente todo esse trajeto, com ele duvidando da minha capacidade de falar e passar a rua, embora negasse isso quando eu falava pra ele parar. Não lembro tão bem disso o que é uma pena.

Nesse primeiro dia ele foi comigo até lá na porta e ficamos conversando por um tempinho antes de me despedir e entrar pra descobrir onde era minha sala e fazer todo o procedimento de costumes (ir ao banheiro, encher garrafinha de água, entrar na sala, esperar e ficar entediada, observar os outros candidatos). Eram duas provas no primeiro dia: ciências humanas e ciências da natureza e matemática, respondi quase todas as questões de humanas e quase nenhuma do resto. E olha que eu já fui boa em matemática. Tinha questões fáceis que eu não sabia porque sou burra mesmo </3 Outras que só com Jesus na causa. E caso alguém esteja se perguntando porque ao invés de falar dos vestibulares, eu divaguei sobre minha vida no dia deles, é porque como disse, não lembro das provas. Quando acabou não estava morta nem nada (obrigada café!).

Fatos aleatórios: tenho quase certeza que o carinha bonito da minha sala estava na minha sala na primeira fase também, a Helena do meu lado já tinha estudado com aquele meu amigo do ENEM (ela não sabe quem sou eu, mas eu sabia quem era ela) e ela esteve na minha sala do ENEM nos dois anos que prestei. E a Helena da minha frente tinha uma bolsa de crochê linda (e uma camiseta muito conceitual), que eu fiquei querendo perguntar se ela tinha comprado e se sim, onde. Mas não perguntei.

Meu amigo estava lá no portão me esperando quando sai, e sim, ele que me achou quando tava saindo porque como mencionei, não sei achar ninguém nessas situações e as famílias dos vestibulando ficam lá na frente dificultando a saída da gente, assim como os vestibulandos que já saíram. Foi maravilhoso ele lá, porque a) é legal ter alguém lá te esperando. MUITO melhor do que não ter ninguém, (sei como é também) e b) porque preciso de abraço quando saio de vestibular e ai dei um meio abraço de lado nele. O que já serviu.

Falei por mais 2 km na orelha dele na volta.  Depois descobri que por uns bons quinhentos metros tinha um cara atrás da gente e não estávamos sozinho no caminho que fazíamos, o que me fez rir igual uma louca. Caso alguém esteja achando que sou muito desconfortável e sem noção falando assim na orelha das pessoas, meu amigo disse que gosta de me ouvir falando. Sim, é claro que perguntei se eu tava enchendo o saco. Confesso que se a resposta fosse sim, não sei o que teria feito pra calar a boca*. Também dividimos um pacotinho de belvitta que era tudo que tinha me sobrado porque eu tava morta de fome. Morta de fome dividindo comida, às vezes pareço mesmo um ser evoluído. E um pacotinho de belvitta tem TRÊS bolachas, gente.
* parte disso por causa do café que ele fez pra mim. coitado. 

Deixando a belvitta de lado, chegando no apartamento dele houve umas indecisões e atrasos sobre ir no shopping e quando estávamos quase saindo disse que ia tomar banho porque tava suada e já que eles tinha me enrolado por meia hora, eles que esperassem (louca). Eu ainda morta de fome, esperando poque meio que tínhamos combinado de comer no shopping, só que chegando lá, depois de umas voltinhas e uma ida a Saraiva, a gente descobriu que preferia comer em casa. Sim, isso realmente aconteceu. E gosto de ficar contando essas coisas.

Jantei um sanduíche natural, muito feliz, obrigada. E com o estômago doendo de tão vazio HAHAHAH A essa altura eu tava começando a ficar bem cansada, mas ao mesmo tempo não queria dormir, queria conversar e fazer coisas. Tenho esses feelings de vez em quando, eu tava ligada no 220 e ao mesmo tempo morta de sono. O que faz com que eu não lembre das coisas que conversamos nem nada do tipo naquela noite.

Segundo dia (13/12):

Dormi mal de novo e na segunda acordei umas seis da manhã, com celular despertando e meu amigo levantando e indo fazer café. Fiquei sem entender porque diabos ele tava fazendo aquilo. Não consegui dormir mais depois disso. E ainda não entendi porque ele fez aquilo. Quem acorda as seis se pode dormir até mais tarde?

Levantei também e tomei café com ele, lavamos a cozinha depois porque tava uma loucura. Tentamos dormir de novo e não rolou. Como o dia tava nublado eu chamei ele pra caminhar e saímos. Fizemos quase 5km naquela manhã entre caminhada e corrida, (fomos até na UNIP e voltamos) Amei muito fazer isso. Arranjei umas 7 bolhas, sem brincadeira, porque era o vans da minha amiga que eu tava usando.

Depois do banho tentamos dormir de novo, ele conseguiu eu não, em seguida fomos bater perna até o mercado (fui comprar band-aid e ele alguma coisa pra comer), e conhecer uma lojinha de coisa de madeira e uma floricultura (eram caminho), porque se é pra eu dar de turista, tem que ser direito. Minha amiga não ia junto, porque só sabia dormir e tal. Aí eu arrastava ele comigo. A gente se dá super bem, deve ser porque ele é de áries e sagitas e arianos se dão bem. (minha amiga é de sagita, mas acho que tava meio doente por isso não ia com a gente. Acho).

Lembrando que fiz tudo isso depois de dormir super mal, e fazia dias que não dormia direito, aí esquecemos de fazer café (</3), e saímos sob o sol do meio dia, pra andar 2 km, meu pé cheio de bolhas, mas tudo certo no final. Era estranho saber pra onde todo carro que passava tava indo ou da onde tava vindo. E foi desconfortável ir a pé. MUITO. Não me pergunte porque não pegamos ônibus, porque não sei. Mas como vou reclamar quando meu amigo, ia e voltava duas vezes por minha causa e ainda caminhou comigo também?! Pessoas <3

Esperar na sala no segundo dia me deixou com sono e ainda tava calor. Morte horrível. Ai eu tinha 12 questões pra responder e uma redação pra fazer com sono. Bem, respondi o caderno todo dessa vez, uma vitória e fiz a redação, com o mesmo feeling do ENEM e do vestibular da UNIFEV, achando que eu já tive capacidade pra fazer melhor e sem saber como não tinha mais ou o que era que tava acontecendo. Deixei a redação por último e no caminho de volta, conversando sobre a prova me questionei se isso tinha sido bom ou ruim.

No segundo dia antes da prova começar perguntei pra Helena da frente sobre a bolsa dela e disse que achei bonita. Ela sorriu e pareceu bem contente!

Meu amigo não estava no portão quando sai e me encontrou lá no meio do caminho, porque eu é que não ia ficar esperando lá na faculdade, como ele tinha sugerido. Sou independente o suficiente pra me negar a isso. E pra que fazer ele sofrer andando mais?

Eu voltei  de São José do Rio Preto na noite de terça, debaixo de chuva, com vários imprevistos e com muitas bolhas nos pés. Enquanto tava lá fui outra vez no shopping e na Saraiva, comprei um milk-shake decepcionante no Bob's, conversei muito, tive conversas que me fizeram questionar coisa, deixei pessoas boladas sem querer e morri de sono sem conseguir dormir bem. Não acho que nada mais do que aconteceu seja interessante pra contar aqui. Ainda mais detalhadamente. Ou talvez ache, mas estou com preguiça. De toda forma foi bom relembrar! :)

O resultado da segunda fase da UNESP sai no dia 05 de fevereiro. Uma dor que não seja esse mês.

Torçam por mim, obrigada por ler e até o próximo post!

18.1.16

Helena vai pra faculdade #3- Um final de semana de ENEM

Como o ENEM aconteceu antes dos vestibulares em si, irei falar dele primeiro.

Bem vindxs ao Helena vai pra faculdade #3!

ENEM

Eu me lembro até bem de alguns momentos do final de semana de 24 e 25 de outubro. Eu dormi relativamente bem nos dois dias. E não estava nervosa pra prova, sabia que estaria difícil e sabia que eu não tinha estudado, mas me desesperar por isso em cima da hora não ia adiantar de nada, só ia fazer a coisa ficar pior. Então eu tinha pra mim que iria lá e faria o meu melhor, ou o melhor que desse naquele momento.

No ano anterior, 2014, o ENEM foi uma chatice pra mim, fiquei muito cansada e sonolenta na sala e sai assim que pude. Não tava nem aí. Então uma parte de mim estava torcendo pra eu aguentar bem esse ano e, surpreendentemente, aguentei. MUITO BEM, obrigada. Mas vamos por partes:

PRIMEIRO DIA:

No sábado, peguei o ônibus na hora combinada, acho que foi as 11:00, que eu tinha ficado achando muito cedo, diga-se de passagem e fui pra cidade onde era meu local de prova. Depois de andar um pouco a pé no sol do meio dia por causa do leve congestionamento, receber papéis inúteis e etc fui atrás do meu bloco e da minha sala.  Pelo menos chegando cedo assegurei meu lugar perto da parede e longe do ar, (uma má decisão, mas que repeti no segundo dia, com certeza por causa da parede <3). A sala era MUITO quente e ENORME, quero dizer, enorme pra mim que estou acostumada com salas menores e no ano anterior tinha ficado numa sala com pouquíssima gente. Nesse ano fiquei em uma com mais de SESSENTA pessoas. Um choque. EU AMEI. HAHAHAH Eu sei, não dá para acreditar, mas com tanta gente na sala eu não ficaria achando que barulho com a comida iria atrapalhar TODO MUNDO. Só me preocupava com o guri da frente  (que passei o primeiro dia inteiro achando que era bonito, pra no final descobrir que NÃO.) e o de trás. Minha sala quase que só tinha menino (por causa de nomes e tal), e eu era a unica menina em TRÊS fileiras. Ou mais, não lembro tanto assim, também e não ia ficar encarando. Eu tenho essa coisa estranha de achar que as pessoas vão prestar atenção em mim ou sei lá. Só no segundo dia que consegui desprendimento o suficiente, pra sentar com as costas MEIO apoiadas na parede e as pernas pro lado. Eu não sou muito sociável em lugares desconhecidos com pessoas desconhecidas, não. E em situações assim a vergonha/timidez vêm a tona.

Minha prova (caderno rosa) começava com uma questão sobre gênero e já achei que só podia ser um sinal.  E nossa humanas <3. Acertei 39 de 45 nessa área! Agora, não me pergunte como a nota de Humanas foi menor que a de matemática que acertei 12 PORQUE ISSO NÃO FAZ SENTIDO NA MINHA CABEÇA. E sim, eu conheço o método de correção.

Eu não levei água e só sai uma vez pra beber porque só queria ficar lá de boa no meu cantinho sem chamar atenção. (EU DEVO SER LOKA MESMO PRA FICAR NAQUELE CALOR E COM SEDE) Falar dessas coisas estranhas me faz ver que tô pior que achei. Locais de provas e vestibulares cheios de gente desconhecida apenas não são meus lugares favoritos pra estar. Voltando a falar da água, sai uma vez e consegui passar vergonha nessa uma. Ok, até aqui nenhuma novidade. Tinha um bebedouro em frente a sala, por onde eu tinha passado, do lado da fila que eu tinha estado. E EU NÃO VI ELE. Sai e fiquei perdidona sem sabe pra onde ir e foi um micão. E a fiscal nem parecia muito simpática pra rir da minha desgraça e me deixar mais confortável, afinal ficaria um clima de "ah acontece, tava pensando na prova". CUSTAVA? NÃO CUSTAVA. Ao invés disso, quando eu meio que passei reto o bebedouro e fiquei lá com a maior cara de interrogação ela perguntou se eu tinha falado água ou banheiro. A VERGONHA TAVA LÁ EM CIMA JÁ. Confirmei que era água (pior ainda é que depois de tanto tempo sem falar, minha voz sai baixa com gente estranha. Eu não sei falar alto depois de duas horas ou mais em silêncio com uma pessoa estranha ainda.) Nisso a mulher da porta do banheiro com o detector já tava colocando se em posição. E eu lá no meio da coisa toda e os outros fiscais também, todos perdidos.
Ai por graça do universo, a fiscal da minha sala sala deve ter percebido minha cegueira quanto ao bebedouro e me mostrou ele que tava bem, do meu lado. Die um risinho sem graça que ela não teve nem a decência de corresponder e eu pude beber água (muito pouco porque com aquele constrangimento que já tinha rolado eu nem com sede tava mais) e voltar pro meu canto, pra não sair mais. Quero dizer, a não se pra ir embora.

Eu acabei a prova faltando meia hora pra poder sair com o caderno ai resolvi ficar esperando, afinal só meia hora. Claro que nessa meia hora começou a me dar dor de cabeça e uma fome sem precedentes e sede e vontade de ir ao banheiro, mas detalhes. Esperei e sai toda contente por ter feito a prova de boa e esperado pra levar o caderno e tudo!

Eu vim no ônibus conversando igual a matraca que sou, (ok nem tanto, porque meu colega tinha outros amigos pra bater papo e minha amiga tava quietona) comendo uma cube social que tinha levado e  tentando desviar dos olhares de um menino que segundo suspeitas minhas e da minha amiga tinha um crush em mim desde fim de 2014 quando ele começou a  jogar truco com uma turma da minha sala (eu inclusa).

Bom, ainda cheguei em casa e caminhei como um dia normal, foi lindo ajkdghagada No ano anterior eu tinha chegado um lixo,  não conseguia nem abrir o word dirá escrever pro NaNo, acheiq ue seria igual dessa vez também, mas deus olhou pra mim e disse "vou te ajudar dessa vez." THANKS GOOD!

(nossa eu to perdendo os focos nesse relato)

SEGUNDO DIA:

No domingo eu acordei cedo e já tava achando que ia dar muita merda por isso, mas depois deitei outra vez e consegui dormir (não sei porque isso é importante pra falar aqui, mas ok), dessa vez fui de short já que suspeitas de sala fria era igual a zero, fui novamente de chinelo e branco. Não sei porque, mas fui de branco nos dois dias e depois disso quis ir no vestibular da UNIFEV e na segunda fase da UNESP porque sim. Virou meu ritual de vestibular. Agora chinelo, gente, é a melhor opção pra ENEM. Se você não tiver algum problema em sair de casa de chinelo (talvez você tem essas ideias loucas igual eu em sair pra beber agua) vá de chinelo. E se tiver, tenta também, porque ter problema com isso não tá te ajudando em nada.

O ônibus atrasou e já tava rolando uma comoção pra ver pai de quem que podia levar e essas coisas, quando deu-se um jeito no problema do ônibus. Cheguei mais tarde, mas ainda cedo e segui o procedimento de sempre (vai pra sala, entra na fila, guarda os objetos, se arruma na carteira). E AÍ ACONTECEU ALGO QUE FOGE A MINHA COMPREENSÃO de ser humano ali no meio entre extrovertida e introvertida. A SALA TODA, exceto eu e o guri de trás, estava batendo papo, turminhas pra lá e pra cá, gente falando como se conhecessem desde o pré. Eu não soube o que era aquilo (!!). E por uns momentos desejei ter esse desprendimento e extroversão pra saber o que eu poderia perguntar pro guri de trás pra ver bem a cara dele, e confirmar se era mesmo gato (ou a  decepção do guri do primeiro dia) porque eu já tava desenvolvendo um crush nele, sim. Lógico que tava. Dois dias no ENEM, com aquele tanto de gente e não achar um chrushizinho é meio triste, também. Uma pena não ter sido correspondida nem nada. E não ter olhado ele direito, porque timidez e tal.

Coisa aleatória que acho interessante contar, na segunda eu tava na mesma cidade que fiz  prova e tenho quase certeza que VI ELE NA RUA, o Crush do ENEM como eu tava chamando. MUITO DESTINO. Ai já imaginei nossa vida juntos, obviamente kahdgagafga -n. Sério, não mesmo. Mas, cheguei perto AHHAHAHAH. Não de novo, mas não resisto. Só fantasiei que teria sido legal ele ter tido crush em mim e puxado assunto comigo já que eu não tenho esse desprendimento.

Voltando ao ENEM. Fiz a prova primeiro (fiquei tristinha de ter ficado com o caderno branco. QUERIA COR) e só então fui pensar em redação. Faltava acho que uma hora e meia e eu tava com uma folha totalmente em branco sem saber o que falar. Tava achando que NÃO IA DAR, NÃO. NÃO VAI DAR, SOCORR. EU DEVIA SABER ESSE TEMA. QUE VERGONHA PRA MIM, PRA VACA, ETC. Mas não ia me deixar ficar tretada da cabeça aquela altura, então respirei, mantive a calma (cansaço mental ajudou) e fui ver o que dava. Saiu uma coisa lá que eu acordei na segunda pensando em como dava pra ter sido melhor (sério, acordei pensando em mudanças pra redação), mas algo que merecia mais que 520. NÃO DÁ PRA SE RECUPERAR DESSA NOTA. Ok, me recuperei 10 minutos depois de ter visto ela, mas né. Bem merda.

Sai duas vezes pra beber água esse dia e morri de sede, não me pergunte porque não levei água, por que não sei. Muita coisa, talvez?

Uma coisa que me confundia: o "relógio" do ENEM. Aquele negócio marcando quanto tempo falta me deixava perdidinha. Eu queria saber a hora real, PLMDDS.

Acabei faltando uns quinze minutos esperando pra sair no segundo dia e enfrentei uma fila ENORME  pra poder usar o banheiro. Fiquei pra vir embora no segundo ônibus porque tinha gente que ainda tava fazendo a prova e tal, então fiquei lá no estacionamentos esperando junto com o resto do povo que tinha saído já daqui da minha cidade, nisso abracei um amigo que tenho desde do pré ou antes, mas nunca tinha abraçado (?). Ele não estudava mais comigo, mas isso não é importante. Tô dizendo que abracei ele porque vestibulares me deixam querendo abraço. Comprovei isso depois, mas, sim, deixam. E como a redação tinha me deixado meio desestabilizada, mesmo que pouco, fui cara de pau e pedi abraço pra ele mesmo. Que até abaixou um pouco (tem quase dois metros) o que foi legal porque gente alta quase nunca abaixa. Entendo que é meio desconfortável você ser a pessoa muito mais alta e ter que abaixar e entendo que é meio desconfortável a pessoa que você tá abraçando ser maior e não abaixar. (Tenho 1,73 então sei como é um pouco.)

Também rolou de ficar em um grupo com uma guria que por algum motivo tem ódio de feministas e o movimento, e acha que a gente não rapa a perna e coisas assim. Eu fiquei quieta porque eu já tinha entrado no modo "cansei de debater atoa" que foi adquirido na minha sala de aula, mesmo. Obrigada, por nada. Essa guria é o tipo de pessoa que me deixa intrigada quase, porque ela parece bem legal e com algumas opiniões interessantes, mas ai de repente fala umas coisas nada a ver sobre o feminismo que me deixam confusa. Enfim...

Meu ENEM 2015 foi mais ou menos* isso aí. Passei fome, sede, calor e etc, mas podia estar pior. No ano anterior tinha sido HAHHAHAH  E uma coisa que lembrei agora, eu tava com menos vontade de me esconder na casca esse ano do que no anterior. Principalmente por já ter ideia do que eu ia enfrentar e conhecer o lugar que eu ia. Estar sozinha em lugares desconhecido é desconfortável pra mim. (ok, isso me faz pensar sobre faculdade). Eu tenho um pé na introversão. E com pé quero dizer algo assim:



Ok, não. Mas como eu poderia perder a oportunidade de usar esse gif?! HAHAHAHAHA Hilário e fascinante, pelo menos pra mim.

*mais ou menos porque provavelmente esqueci ou deixei de falar alguma coisa sobre o ENEM, prova em si, e ao invés disso fiquei divagando sobre outros aspectos.

16.1.16

Helena vai pra faculdade #2 - Como a UNESP entrou na minha vida e outros dramas

No último post eu comentei sobre o meu sonho de morar fora e como isso acabou ficando adormecido, e a vida seguiu tranquila, bem... por um tempo. Foi até que chegou algo na minha vida, em 2015, uma coisa chamada Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho.


A UNESP


No meio do primeiro semestre de 2015, lá pra março por aí, é ali já no meio do segundo tempo pra escolher as opções nas inscrições dos vestibulares, eu não tinha ideia do que eu queria, e desde que tinha voltado as aulas, em fevereiro, todo santo dia alguém falava de ENEM, vestibulares e faculdades, eram os professores dizendo que tínhamos que escolher, tínhamos que saber, era o nosso futuro etc. Tava chato, e aí quando vi eu tava meio perdida porque me dei conta de que "nossa não sei o que quero fazer.". Então fui atrás de tentar descobrir. E olha, pode me mostrar qualquer teste vocacional que você achar nas internets da vida que a probabilidade de eu ter feito ele, é grande. Só de me mostrar também já sei dizer pra você, pobre mortal, se é um daqueles meia boca ou não.

E um desses testes (não consigo saber qual), acho que um dos últimos que fiz para descobrir e não pra confirmar, como última opção me apresentou um curso chamado "Tradução".

"Tradução?! É o que tô achando que é!!?"

*joga no google*
*lê um pouco no guia do estudante*
*pesquisa faculdades boas*
*acha a UNESP.*
*vê que o campus é perto*


*MORRE*

ERA A RESPOSTA PRA TUDO, MIGUES!! Um curso que parecia muito bom, que eu gostaria de estudar. Na UNESP. Na cidade há DUAS HORAS daqui. Sendo o melhor do país. Eu tava no chão. Ainda era com DUAS opções de línguas (o único que vi até hoje assim), escolhidas de acordo com sua classificação no vestibular. Não foi difícil pra mim saber que eu queria Inglês e Espanhol e não Italiano e Francês. Se eu passasse moraria fora, mas não tão longe. Era perfeito. PERFEITO. O meu presente de Deus!

Fui atrás de informações, coloquei aviso no celular pra não perder a data de inscrição de jeito algum e aguardei ansiosamente pelo dia 14 de setembro (vi no google) babando na grade curricular e sofrendo um pouco por ser integral das 8 horas da manhã as 6 horas da tarde.

E sonhei.

Claro que não ficou só nisso, porque gente eu tinha 16 anos, quem sabe exatamente o que quer com essa idade? E também tinha a famigerada realidade pra lidar. Ninguém vai entrando tão fácil assim na UNESP, ainda mais quando não se estuda e mesmo estudando pode dar ruim. (pelo menos em minha defesa eu passei a prestar mais atenção nas aulas).

Por isso eu sabia que eu ia prestar o vestibular pra UNIFEV,  Centro Universitário daqui de Votuporanga (uma hora de distância da onde moro), que é particular. Então caso não rolasse UNESP eu tinha pra onde ir. E pra isso eu precisava saber o que colocaria de opção de curso.

Depois de pensar um pouco decidi que colocaria Letras, porque quando estivesse formada podia fazer especialização em tradução (aqui só tem licenciatura). E porque já sabia que jornalismo não era uma opção pra jovem aqui que não queria trabalhar fazendo notícia.Só que tinha um probleminha. Dois na verdade. "minha filha, mas com você não tem jeito, hein?" você aí deve tá pensando. E olha, sou complicada e indecisa mesmo, mas a culpa não é minha se curso nenhum era meu sonho.

Eis os probleminhas: Não queria de jeito algum dar aulas. Huhum. Nem pensar. Deus me livre. "ah, mas você não disse que ia fazer especialização, depois?" Disse, mas ia ter que dar aulas nesse meio tempo de um jeito ou outro pra me formar e depois pra ter dinheiro pra sobreviver.

E o outro probleminha, era que bem...~voz baixa envergonhada~  eu não queria tradução tanto assim, não pra fazer Letras - licenciatura, não pra fazer especialização depois.

*começa mais dramas*

Tinha motivos, claro. Trabalho muito com lógica e tinha motivos. Um era que emprego de tradução pra mim se resume a editoras, porque é algo que gostaria de trabalhar, e editoras são em São Paulo ou Rio de Janeiro e eu não quero morar em cidades tão grandes assim. Minha tristeza que São Paulo seja a cidade onde as coisas acontecem. </3

Estudar em período integral também me desanimava/desanima muito, mas não se pode fazer nada quanto a isso, então vou sofrer em silêncio.

O que ficou foi que não, letras, não era pra mim e nada faria ser. Minha sorte foi que eu poderia mudar minha opção na hora da matrícula porque na inscrição pro vestibular eu já tinha colocado Letras (nem pergunte). Thank's Jesus!

Só pra registrar, mesmo essa época (entre descobrir a UNESP e prestar os vestibulares) também teve algumas reviravoltas. Era um vai isso vai aquilo sem fim. e com gente dizendo coisas como "você devia fazer engenharia, cê é inteligente, algo que dá bastante dinheiro" "cê tem cara de jornalista" "cê vai gostar de Letras, sim. Tem inglês que você adora." Bem por aí. Mas que nem vou detalhar porque foi perda de tempo.

Hoje olhando em retrospectiva muita coisa não fez diferença, muitos "conselhos" que me deram sem permissão, só tomaram meu tempo. E tem coisa que nem lembro direito. Mas a gente tem muito disso, mesmo, de se desesperar por coisas que, no plano geral, não fazem diferença alguma. Claro que faculdade faz um pouco e a gente acha que faz toda a diferença quando as pessoas te dizem que é o teu futuro, tua profissão pro resto da via, é 8 ou 80, e essas coisas quase toda semana. Não é bem assim, e tudo bem porque a gente nunca sabe o que não faz diferença na hora que tá lá passando pela situação.

Se alguém que tiver lendo isso aqui estiver atrás de algum conselho que vai mudar a vida e tirar do drama que pode estar vivendo, provavelmente não vai ter, sinto muito. Quando resolve um aparece outro. Mas só pra dizer que não tentei e que só falei e falei aqui coisas que não fazem diferença mais... Eu diria pra você ir pelo seu tempo. Vê suas opções, faz o que você acha que ficaria feliz estudando e trabalhado depois. Não pro resto a vida, não precisa dessa pressão, mas provavelmente por um tempo. E aproveita o Ensino Médio com as outras coisas boas, e os intervalos entre um professor ou outro falar disso novamente. Assiste um filme, lê um livro, esfria a cabeça. Aproveita!

Não, não tô dizendo pra deixar  pra última hora, porque vai que você descobre que o que você queria era naquela faculdade pública e ai o vestibular já passou, mas se acontecer da vida só te deixar descobrir isso tão tarde, ainda tem os vestibulares de meio de ano. Talvez seja uma opção pra você. E se for, faz o que achar melhor pra ti. Sempre. E tudo bem uns desesperos, às vezes, porque não temos controle, mas não deixa se resumir a isso.

E por último e mais importante:

"fique viva"
***

Acho que o principal sobre a UNESP é que ela não era só um sonho maravilhoso e distante. Ela era um sonho possível. E claro que assim como qualquer outra faculdade que chegou a me fazer sonhar (olá, UFRGS e UFMG) representava toda uma nova perspectiva pra mim.

***

No próximo post eu vou falar de como foi o ENEM e depois os vestibulares porque eu quero reviver aqueles dias e os momentos legais que tiveram, escrevendo e deixar tudo registradinho. Aguardem e confiem!

Agradecimentos pelo gif ao João. Se não é ajudando com os dramas em si é com os post ahahaha <3 

14.1.16

Helena vai pra faculdade #1 - Contextualizando: o sonho de morar fora

Ok, antes de tudo eu preciso dizer que quanto mais escrevo e lembro, mais arranjo coisa que quero falar e se encaixa no quesito "dramas". Tem coisa que vou ter que pular e deixar pra lá, porque quem tem tempo pra isso?

Eu achei que esses post falariam mais do último ano e coisas mais presentes, algo que fica até claro no Helena vai pra faculdade 00, mas eu acabei me dando conta (nessa de quanto mais escrever mais achar coisas pra serem ditas) de que antes de contar alguns dramas eu tenho que falar sobre os sonhos antigos relacionados a isso tudo e outras vontadezinhas pra que o "Helena vai pra faculdade" fique mais completo e que você lendo, entenda melhor. Então vamos voltar um pouquinho no tempo, antes do 3° colegial pra falar sobre:

O SONHO DE MORAR FORA

Não sei se foi excesso de filmes e livros americanos, não sei se é o sol em sagitário e a lua em aquário, a vontade de sentir que manda na própria vida, o gosto pela independência ou tudo isso junto. Mas eu sempre  sonhei em morar fora quando estivesse fazendo faculdade. Queria a coisa toda: numa universidade pública, cuidando da própria vida. Nesses sonhos a realidade de estar sozinha, ter que fazer a própria comida, a correria com os trabalhos das aulas e esses perrengues todos, não entram. É pura ilusão. Luftmensch é mesmo o nome perfeito pra um blog meu.

E eu sonhava, hein? Em ninguém enchendo meu saco ou criticando o que eu fazia ou deixava de fazer, com a universidade top. Ah como eu sonhava. Parte de mim ainda sonha hoje em dia, mas a realidade tá muita na minha cara pra eu deixar que essa parte seja mais do que pequenininha.

Acho que o maior sonho com tudo isso de morar fora e universidade pública começou quando eu tava lá na oitava série ou no primeiro colegial em meio ao meu amor pelo Rio Grande do Sul, que começou bem antes disso e continua até hoje e continuará pelo anos que vierem. Bem, nessa época eu comecei a sonhar com uma "coisinha" chamada UFRGS. Eu não sabia o que queria de curso, mas sabia que queria a UFRGS. EU, numa faculdade que até o nome soa grande, cercada de sotaque gostoso, na região que sempre quis conhecer e que sou apaixonada de longe, no estado que digo ser meu preferido do Brasil, sem nem ter chegado perto... (Não me acusem de falta de paixão por São Paulo, tenho carinho especial, mas Rio Grande do Sul tem meu coração. Não importa o que digam.) Olhem o sonho! Visualizem isso. EU em POA. Encantou a Helena de 13/14 anos de um jeito que só vendo.

E olha, que fui desenganada logo de cara pela minha mãe, "onde que você vai morar no Rio Grande do Sul, cê tá doida, menina?!". Mas continuei a sonhar secretamente, porque eu não tenho controle, crio expectativas mesmo. E depois sofro com elas, obviamente.

Claro que os anos passaram, meu boletim da escola não era feito só de 9 e 10 mais, eu tinha vontade de dormir nas aulas (ninguém mandou me colocarem pra estudar de manhã e acordar as 5:30) então comecei a colocar os pézinhos mais no chão e entender que talvez (foquem nesse talvez) UFRGS não seria pra mim. Porque além de dificilmente conseguir me mudar pra tão longe, não ia ter como passar na minha situ.

Sabe, não tenho orgulho em dizer isso, mas não sou de estudar. O fato de sempre tirar notas boas em provas só com uma lida rápida no conteúdo uns minutinhos antes ou nem isso, me deixou com essa falsa sensação de que eu era mesmo inteligente. Embora eu seja até dedicada quando quero muito algo, coisas a longo prazo dificilmente conseguem despertar essa minha dedicação e aí dá merda. Sempre quis ser mais dedicada. Se fosse, hoje seria quase fluente em inglês ou algo assim. Saberia mais de espanhol, fazer layouts de tumblr...

Assim sendo, o sonho com UFRGS esfriou muito e foi esquecido. Nessa época eu não tinha pesquisado muito sobre faculdades, ou desenvolvido nenhuma paixão por nenhuma outra. Sim, tenho que ter paixão nas coisas.A única coisa que ficou mesmo, sempre firme e forte. Foi o sonho de morar fora. Só pra me fazer sofrer um pouco mais diante das possibilidades, claro. De um lado o sonho, do outro a falta de saber qual curso ou ter alguma opção certa pra realizar ele. Como sou desligada de tudo, essas coisas foram empurradas pro fundo da minha mente vindo a tona só quando minha amiga vinha falar em como seria ótimo nós duas morando junto fazendo faculdade fora, sendo independentes e  tudo. Sonhamos com outras faculdades, outra possibilidades e tal. Coisas que nem lembro direito mais pra falar aqui.

Estava pensando isso esses dias e acho que se algum jeito meu subconsciente processou a ideia de ir morar fora na faculdade como o começo do meu sonho de "viajar/descobrir o mundo". Ou talvez, não,s ei lá, mas de todo jeito é importante pra mim, mesmo.

Mas como eu não tava afim de me preocupar com faculdade e sim viver o presente, a vida seguiu tranquila, sem que eu ficasse pensando nisso naquela época. Era algo pro futuro.

12.1.16

Helena vai pra faculdade 00: apresentando o drama

Acho que pode se dizer que euzinha aqui comecei a viver o drama* da faculdade no início do último ano ou talvez até antes. Se você já passou pelo terceiro colegial sabe, e se não passou vai saber, que a maioria das pessoas que não te conhecem, ou parentes que não têm muito contato com sua vida, sempre vão puxar assunto com você nessa fase perguntando o que vai fazer de faculdade. Também tem os professores e colegas, mas com eles o papo não se resume só a isso. E essas pessoas nem fazem por mal, o problema é que enche o saco porque cansa. Principalmente se você tá mais perdido que uma barata solta na 5° avenida na hora do rush nesses negócio de escolha de curso e faculdade. Então bem quando você tá lá de boinha com a vida PAH aparece alguém pra perguntar (outra vez) o que você vai fazer. Pior é quando é aquela pessoa que não tá satisfeita com sua resposta, que tem conselho pra dar, comentário pra fazer  etc. Mas a gente lida, tem que lidar. E a vida segue. Ainda bem que segue!

*falando assim parece que sou muito dramática, mas eu sou é exagerada. Eu mais levei de boa, do que sofri com isso, teve momentos de sofrer, de ficar tensa, sob pressão, em dúvidas, de dormir meio mal, de querer chutar o balde, de reclamar... claro que teve, até bastante, mas não era O DRAMA, não. Pelo menos não na minha cabeça.

E no meio disso eu trocava e-mails com o João (Jota se você for a irmã dele) (<3) e de algum modo fomos parar no assunto faculdade (não foi exatamente a coisa mais impressionante). Ele é aquela pessoa que te ouve sem te julgar e ainda tem bons conselhos pra dar e acalmar a gente no meio do turbilhão. Foi uma das melhores coisas que me aconteceu descobrir isso em meados de 2015 e poder usufruir desses conselhos, verdade. E em uma dessas conversas, depois de eu ter falado e falado e ele ajudado, João disse que era pra eu continuar contando as novidades de "Helena vai pra faculdade" pra ele. Eu adorei isso e adoro até hoje. Tanto é que desde que criei o Luft quero escrever sobre pra cá e intitular os post assim!

Teria sido legal começar a escrever sobre os dramas desde lá atrás? Teria. Teria dado boas risadas depois? Acho que sim. Mas como nem tudo é perfeito, só vou começar agora e espero que me renda boas risadas ainda. É o minimo. E eu também gosto de deixar registrado, porque esqueço muito e vai que um dia no futuro eu queira saber como foi. Melhor deixar registrado e tal. Se eu fosse vampira eu teria um diário, tipo o Stefan, sim, porque gente é a ETERNIDADE, quem lembraria de tudo?? Tudo bem que com minha vida normal não parei pra anotar por preguiça quem garante com uma vida eterna. Mas talvez eu desse uma de Kat e anotasse poque tinha grandes fatos pra documentar. 

Tá, estou só divagando, o importante é que essa história de diário, de registrar me atrai, então é isso que estou/vou fazer! Espero que aproveitem os posts :)

Sejam bem vindos ao drama! 

Somos todos Rachel Earl

11.1.16

Diário Semanal 3: 04 à 10/01 - Uma mudança não tão boa assim

Bem vindos ao Diário Semanal 3! (ou a seja lá o que eu fiz com ele dessa vez)

Já adianto que vai ter umas divagações loucas porque essa semana teve delas. E se você não estiver preparado para descobrir coisas não tão bonitas sobre mim, sugiro que feche essa guia do navegador e volte semana que vem no Diário Semanal 4 :)

E sim, eu estou ignorando que os últimos dois posts também foram Diário Semanal.


LEITURAS E AS FAMIGERADAS FANFICS:

Uma coisa que rolou muita essa semana, e foi desde o começo mesmo, foi ler coisas não publicadas (acho que não é esse o termo, talvez independente (?) argh). Comecei lendo os dois primeiros capítulos da fanfic da Dana sobre The 100, a Codes. Que caso você se interesse pode ser lida aqui. Nela Clarke e Lexa são hackers,  elas acabam hackeando a mesma rede social, na mesma hora e, bem, não dá muito certo.

É a primeira fanfic que tô lendo na minha vida! Eu sei que quando tô surtando por alguma coisa sou tão fangirl que não dá nem pra medir, mas acho que nunca fui tão fã de nada pra ler fanfic, ou talvez seja só um universo novo que não tinha contato até essa semana... (Tudo bem que nunca fui FÃ de nada também.) Enfim, fui inserida nesse universo da melhor maneira. Codes tem sido ótima e já li até o capítulo quatro, sabe se lá como, porque metade dessa semana eu lembro de ficar procurando por silêncio pra fazer minhas coisas. Agora tô tentando deixar os capítulos acumularem porque gosto de ler direto.

Na segunda eu também li Mi Totentanz (não acredito que consegui escrever esse nome que eu achei que fosse italiano, mas é alemão) que é o conto  sobre o (re)nascimento de Kat, a vampirinha cheia dos planos de As Crônicas de Kat que  é a trilogia/série da Giulia do Quebrei a Máquina de Escrever que comecei a ler na quarta. Primeiro livro do ano.

Então, sim, voltei a ler! Não no meu ritmo insano de costume, nem nada, mas tô lendo, meu povo!!1


PROJETO, REPRESENTATIVIDADE E PERSONAGENS:

Na segunda  eu tive pensamentos sobre o Projeto Emma (chamo assim porque a história tá meio que sem titulo) (Felipe, se você estiver lendo isso, será que você lembra da Emma que era Amy e do Isaac?!) Já vou dar spoiler do futuro e dizer que nada disso resultou em eu escrevendo esse projeto que comecei a pensar em julho e tá ai se perguntando o que vai ser dele desde então. Mas foi muito estranho pensar nele agora, porque de repente eu tava achando meus protagonistas sonsos demais e a guria que eu odiava, a melhor personagem que já planejei/criei hahah Isso me levou a conclusão de que eu não posso gostar de personagens porque eu fico com dó deles e fico achando que vão ser seres evoluídos com todas as qualidades possíveis e defeitos pequenos. Eu tenho é que não gostar porque assim não fico com dó de jogar neles umas merdas pra enfrentarem, ou uma história não tão mar de rosas, ou então jeitos de lidar com um passado ruim que não são muito aceitáveis. E isso faz deles mais reais. Tipo a Jade, que nunca vou defender porque é a amiga abusiva, mas que tem conflitos interessantes.

A Dana me disse que é legal pensar que todo mundo acha que é o herói da própria história (melhor frase dessa semana, e olha, que teve algumas viu) e isso me fez pensar que a Jade pode achar isso. Porque apesar de fazer merda e ser detestável (digo isso pra me convencer) ela enfrenta o dela também, bem ou não, enfrenta. E acha que tá fazendo o melhor que pode. E é interessante que eu sei disso muito antes de escrever. Normalmente eu só sei essas coisas, e quem são meus personagens de verdade, quando tô escrevendo. Hoje (sábado) eu abri o conto que comecei a escrever pro supernovo em novembro e ele é a prova de personagens que eram pra ser uma coisa e casais que deveriam agir de um jeito, mas que quando vejo tão sendo e agindo completamente diferente do que eu havia pensado pra eles. 
É uma cosia que foge do controle. Principalmente em diálogos. Quando vejo gente que era pra brigar tá se amando e vice versa. E eu fico "FAÇAM O QUE EU MANDO, ME AJUDEM, PLMDDS!"


Primeiro, conversas no SA (Sofredora Anônimas, grupos com as gurias onde a gente fala sobre muita coisa e surta também, mas na maioria dos casos tudo tá relacionado com escrita) sobre representatividade, em seguida conversas no twitter falavam por cima da mesma coisa e quando eu vi eu tava pensando nos meus personagens do Projeto Emma (ele de novo). Acontece que quando tava planejando os personagens eu trabalhei em questão de representatividade. Então ninguém é homem branco hétero. Ai que tenho um personagem com descendência indígena e outra com descendência asiática. SÓ QUE, eu acho que não dei muita atenção e deixe passar que isso tem que ser do que um simples fato dito por cima pra saber que não são brancos. 

Não sei se estou sendo clara, mas se você diz que vai colocar representatividade e sei lá, coloca um descendente asiático, ou um afrodescendente, tipo com um pai ou avô que veio de alguns desses lugares e se isso faz com que a cultura esteja presente na vida deles (pode ser que não tomando por base minhas descendências), você precisa saber sobre  essa cultura, de onde vieram, de que país exatamente vieram. Como é a religião, algumas comidas etc. E isso quer dizer que você vai ter que trabalhar duro e ir além do mundinho que você tá acostumado. Do seu mundinho. Isso é grande e o trabalho pode desanimar, mesmo que valha a pena. Mas é bom saber que  vale a pena, e se fazer essas pesquisas agora não te animem, se você só quiser sair escrevendo, tudo bem, pesquisas nem sempre são fáceis, mas uma hora ou outra você vai ter que fazer, porque é importante. 



AMOR GRATUITO E RELAÇÕES PESSOAIS:

Não lembro exatamente de que forma, porque essa semana teve bastante disso, mas terça eu recebi e dei amor gratuito <3 e isso me fez pensar como isso pra mim é muito mais fácil com amigos, com pessoas que conheço há menos tempo, enquanto com a minha família, por exemplo, que tenho convivido 24 horas por dias essas férias, não faço isso. Não tô dizendo que sou uma megera com eles. NÃO. Eu sou bem bacana e temos dias ótimos, mas eu não os elogios nesses dias que estão se esforçando por mim, e às vezes até me estresso como aconteceu no mercado, porque quando vi já era tarde e tinha falado, mesmo que não tivessem fazendo de propósito. Eu posso me defender falando que já aconteceu várias vezes *isso que me fez ficar estressadinha) etc, e é verdade. Mas eu me lembro daquela conversa de madrugada no meu baile de formatura, lembro que eu podia ter pedido desculpa de qualquer jeito depois de ter falado merda, que eu podia ter tentado mais, ou pelo menos respirado e não dito nada que soasse ambíguo, mas não fiz isso.

E eu me lembro da minha amiga de 5 anos me dizendo "se fosse comigo que você tivesse trombado você não teria pedido desculpa." </3 

EU TÔ MOSTRANDO O MEU PIOR NESSES PARÁGRAFOS </3 Não deixem de me amar. "I DESERVE TO BE LOVED" ~~ entra episódio de supernatural.

E nessa situação com ela como nas outras eu tenho coisas que podem ser ditas pra justificar, talvez coisas não tão lógicas assim, mas que são reais, só que ainda assim não deixa de ser ruim a situação toda. É engraçado que às vezes parece que a gente tá com tudo ótimo e de repente olha e tem meia dúzia de coisas precisando ser melhoradas...

Olha, e se preparem porque vai ter mais momento louco assim essa semana, e um deles foi por algo que aconteceu na terça também. Algo que me fez sair da minha zona de conforto, e que tava tudo bem na hora, mas que depois eu fiquei me perguntando porque fiz aquilo. E não era nada GRANDIOSO. Mas teve efeitos em mim. (preciso usar esse tipo de coisa no plot do Isaac, vdd).


VULNERABILIDADE, AMOR PRÓPRIO E CONCLUSÕES:

Eu comecei a semana, ou talvez não tenha sido bem no começo, mas enfim... me isolando. Me afastando das pessoas, ficando mais ausente em conversas e eu não sabia porque diabos eu tava fazendo aquilo. Ainda disse no twitter que eu tava fazendo isso e nem sabia o motivo até porque as pessoas tavam sendo ótimas comigo. Pra provar o argumento a Dana veio mandando gif de abraço quentinho (<3) E eu tava sem me entender, e eu podia apenas me isolar e tal, mas sempre que isso acontece parece que perdi algo quando volto a me socializar normalmente. Parece que naquele intervalo algo que tava sendo formado morreu e ai não tá indo tão bem mais.

Só que eu fui atrás de descobrir o que era e descobri. Mexeu com minhas convicções de vulnerabilidade e amor próprio. E vai lá, já que não tô escondendo nada aqui mais:

Eu fico me afastando pra não chegar perto demais e pra que ninguém chegue perto demais. Eu me isolo, porque eu tenho medo de me mostrar pras pessoas e elas não gostarem. E eu achei que estava sendo vulnerável, realmente achei, porque eu sou eu mesma, sempre. Faz parte de mim ser sincera sobre quem sou e o que sou.  Mas isso não quer dizer que mostro todas as partes de mim o tempo todo. É fácil estar vulnerável mostrando só as partes bonitas, não as confusas e feias, não as inseguras. Eu descobri que eu tenho medo de não ser amada. de que vejam meu real por inteiro, e não gostem. E eu nem sei quando eu desenvolvi isso.

Uma coisa que o Felipe disse no texto sobre vulnerabilidade no Não Sei Lidar e num e-mail pra mim é que vulnerabilidade tá intimamente ligado com amor próprio, porque se você não se ama, quando alguém te rejeita você entra na merda.

Então eu tô perdida, porque eu achei que meu amor próprio não podia estar melhor, mas ao mesmo tempo descubro que tenho medo de me mostrar e não ser amada. Olha a confusão. Só que eu também não entro no fundo do poço se alguém não me ama. Tipo: tem essa pessoinha legal e eu gostei dela e quero conhecer e a gente se conhece e ela não chega a me achar tão legal assim, já aconteceu até, eu acho ruim, claro, e fico magoadinha, mas não entro na bad. Não fico achando que tem algo de errado comigo, que ninguém nunca vai me amar, nem nenhum drama assim. Eu sei que há motivos pelos quais ela não gostou de mim e isso vai muito além de só quem eu sou. E tá tudo bem porque nem todo mundo vai gostar da gente. E isso não é porque não somos boas pessoas, ou engraçadas, ou sei lá o quê. É só porque é normal, mesmo. Tem gente que gosta e tem gente que não gosta, e tem gente que a gente queria que gostasse, mas não gosta e até dói. Mas/E a vida continua.

Acabei de pensar que a única explicação é que meu amor por mim envolve ver minhas falhas e aceitar elas, mas que isso não quer dizer que acho que as outras pessoas vão agir da mesma forma sobre elas. (obrigada por me proporcionar essa explicação, Luft <3)

Talvez eu não quisesse que certas pessoas lessem isso ou as outras coisas feias sobre mim que falei ali em cima, mas eu não vou descobrir esse "medo" de não ser amada e me isolar na casca, eu não tô feliz com isso e é aqui que eu vou começar a mostrar as partes feias e deixar que decidam o que fazer com isso. Um passo de cada vez. Eu não fui pra audácia à toa. Eu enfrento meus medos e tal :)


PROJETOS 2: CONTOS, REVIVENDO VELHAS HISTÓRIAS

Eu só sei de uma coisa que aconteceu quinta:

Morta de sono, com música alta no fone de ouvido pra tentar tampar o barulho da TV, eu abri o arquivo de um conto escrito em dezembro de 2014, comecei a ler e NOSSA. Não tava ruim e fazia mais de um ano que tinha escrito. Eu sempre odeio coisas que escrevi depois de um tempo. E ainda comecei a ver mudanças e detalhes para acrescentar que melhorariam tudo e o que poderia ser encaixado em partes que deixei pelas metades quando escrevi.

Quando vi era tarde eu tava cansada e metade dele tava editado. O Alfred tinha virado Leya, uma protagonista 10 vezes melhor, e tinha um plot twist sendo criado na minha cabeça.

Foi maravilhoso assim! E rápido. E engraçado é que foi bem no meio do dia de quinta que eu achei que eu devia era largar desse sonho de um dia virar escritora, porque a coisa não tá boa pro meu lado, não e aí PAH. Se isso não for um sinal de Deus eu não sei o que é.

Na sexta eu continuei o que tinha começado, a edição, primeira da vida, não comentei isso, mas sim, verdade. E ainda escrevi novos diálogos, mudei cenas e mudei de novo... Acho que não tô conseguindo falar muito detalhadamente porque na minha memória tá registrado como algo rápido, mas resumidamente é isso.

Eu encerrei ele sexta também. E por encerrar quero dizer, que depois de um tempo lendo tanto a mesma cosia não aguentei mais, vi que fiz tudo que tinha marcado pra fazer e pronto! Depois mandei ele pra pessoas lerem, o maior número de gente que já leu algo meu. Ah e é um conto de fantasia, única coisa que já escrevi de fantasia até o fim foi ele. Uma loucura.

Já no sábado eu resolvi abrir o arquivo do conto que eu estava escrevendo pro concurso do Supernovo que eu tinha fechado sem terminar, colocado numa pasta intitulada "merdas escritas" e fingido que nunca tinha acontecido. Eu li ele todo a noite, e outra vez, não tava ruim. Achei que estaria a pior coisa, mas não. As personagens são até legais e resolvi dar nomes pra elas que as meninas sugeriram , mesmo. Não, elas não tinham. Tava meio bagunçado a coisa toda e eu me perdia por causa da falta de nomes, mas na minha cabeça ele tava ridículo e quando comecei a ler vi que não era bem assim. 

Tava muito bom ler os diálogos e eu achei uma pena não ter final ahaha Fiquei querendo ter acabado ele em novembro, só não fiquei toda arrependida porque eu lembro que em novembro odiava ele. Provavelmente é porque a coisa toda tá meio sem propósito e apesar das cenas estarem legais tem algumas que não tem utilidade alguma. Só são legais de ler mesmo.

Mas isso tudo comprovou uma coisa que eu comecei a pensar na quinta, quer dizer, se eu consigo abrir essas coisas antigas e achar que estão boas, então, sim, eu escrevo bem. Precisa de melhoras e tudo, mas ainda assim. Eu não sei se em algum momento achei que não escrevia bem, sempre achei que  até tinha esperanças, com muito trabalho e esforço, claro. Mas no último ano foi meio complicado, então foi legal isso acontecer.

Claro que isso não resolve a coisa toda, o meu pensamento da quinta sobre largar mão de escrever não foi por causa do jeito que escrevo e sim, porque eu não ando criando histórias mais. Nada de ideias pra romances, plots que me envolvam. NADINHA. Criatividade tá baixa, e ela nunca foi TÃO alta assim. Vamos ver no que dá.


HELENA VAI PRA FACULDADE: NOTA DO ENEM

Uma coisa que aconteceu antes de eu fazer a ultima mudança no conto: ENEM.

Eu consegui ver minhas notas, até facilmente dessa vez, e a redação foi o maior tapa na cara, eu nem sei como isso foi acontecer. Minha nota foi ridícula. Minhas outras notas, sinceramente, achei que seriam melhores porque esse ano tive uma pontuação até boa (110). 

No fim minha média foi 616.2. E eu tinha planos que contavam com uma média maior, claro que talvez ainda dê pra conseguir algo legal no SISU ou no PROUNI e morrer sem saber o que fazer, mas eu achei que teria uma nota que me desse mais esperanças. Só que ao mesmo tempo que foi um tapa na cara, nem me afetou tanto (?) Como disse, escrevi depois e gostei do que escrevi. E eu quase esqueci de falar disso aqui...


UMA NOITE DE SEXTA NADA NORMAL

Depois de conto e ENEM, ainda na sexta tive uma breve conversas sore se comparar, coisa super tóxica, que até achei que desenvolveria aqui, mas já faz 1 hora e 40 minutos que tô escrevendo então gás tá acabando. Tive provas e mais provas de como pessoas podem melhorar nosso dia. (Teve dias essa semana que eu tava muito "pessoas: <3", a propósito).

E aconteceu algo que não acontecia a muito tempo, um sentimento que eu não sei se TODO MUNDO tem de não querer ir dormir, de querer aproveitar a noite até não poder mais. E eu ainda tava sentindo uns feelings que também não sentia há tempos, por causa de uns trechos de Begin Again que tava vendo. E o mais engraçado é que quando vi esse filme pela primeira vez ele não me despertou isso, ai fui ver uns trechos soltos e ~~feelings por toda a parte~~. 

Na cena em que eles tão ouvindo música e andando por NY, eu lembro que pensei "eu quero viver de todo coração".( sim esse tipo de frase tem marcado presença essa semana. Não falei muito delas, mas olha, foi uma atrás da outra). E foi maravilhoso. E ao mesmo tempo nem tanto assim. 

Ah, outra coisinha que tava esquecendo, acho que nunca falei sobre a teoria das almas gêmeas. Eu não sei se eu peguei ela de uma personagem minha, que eu escrevi dois parágrafos sobre e nunca mais abri o arquivo ou sei foi ela quem pegou de mim, mas isso que eu chamo de teoria é uma coisa que tem gente que acredita e que fala que toda pessoa não tem  uma alma gêmea e sim, várias almas gêmeas espalhadas pelo mundo. Afinal 7 bilhões de pessoas, e só uma alma gêmea? E se ela morar do outro lado do mundo? 

Enfim, eu não vou dizer que acredito, esse negócio de almas gêmeas e metades das laranjas (não, não a música do Fábio Junior) nunca foi algo que eu pensei o suficiente pra acreditar mesmo, mas é legal. Eu falo que já achei uma, e até falava que meu ex-crush tinha jeito de ser outra, mas nem conhecia, então não dei muita a razão a vozinha boba dizendo isso ahaha  MA so que rolou sexta foi que eu comecei a achar que eu tô em contato com outra há um bom tempo já e não tinha reparado. *chocada* E achar isso, me fez por essa suposta alma gêmea em comparação com a outra, e aí a outra não parece tanta coisa assim perto dela. *chocada²*

Não voltei a pensar no assunto, mas pode ser que eu já tenha encontrado duas almas gêmeas (!) e tenha uma outra que eu já achei que fosse, mas agora não sei mais. Almas mudam? cadê especialista no assunto?

Acho legal ressaltar que almas gêmeas não necessariamente precisam ser pessoas pelas quais você se apaixonam, nem nada. No caso nenhuma das duas foi. Tive só crush em uma, mas faz tanto tempo....

MIGUES, FOI TANTO FEELING NUMA NOITE SÓ QUE DEUS. Não vou dizer que foram ruins, não foram, mas nem todos foram a melhor coisa pra se ter as onze da noite de uma sexta.


Coisas aleatórias que rolaram e que quero dividir:


Na terça eu sai, e tenho amado sair, porque só tô ficando em casa essas férias e metade de mim tá bem com isso, a outra metade tá morrendo aos poucos *risos*. Sagita, já disse.  E olha que eu sai pra ir na nutricionista e comprar minha agenda, só.

Sobre nutricionista: Eu emagreci mais do que das ultimas três vezes que fui lá e foi ótimo porque tava começando a ficar cansada e principalmente poque foi bem nessa época de fim de ano com muita comida e tal. Eu nem sei bem como isso aconteceu, mas fiquei satisfeita. E ainda quero falar mais sobre esse negócio de emagrecer porque às vezes penso coisas sobre e quero fazer um texto, mas não ainda. Alguém me lembre caso eu esqueça, sim?!

Sobre ir na papelaria: gosto de minha mãe e meu irmão junto pra me darem opiniões, porque sou muito indecisa, mas não gosto porque eles ficam falando que sou muito indecisa e me apressando </3. É uma coisa louca de "nossa vai embora, me deixa sozinha. nossa vem aqui e me ajuda, por favor, nunca te pedi nada!" ahahha

Também  comi um bolo, na terça, que meu Deus do céu TAVA MUITO BOM. o único problema foi que eu meio que só pude experimentar. Foi um misto de <3 <3 com </3. Gente, eu AMO bolo de mercado (nem todos, porque teve aquele um daquele dia que quebrou meu coração, mas isso foi só uma má escolha de sabor). Foi um amor desenvolvido em 2015 que o plano é manter pra vida toda, porque nossa ajkdhagdagda Bolo de mercado >>>>>>>> (consigo nem ser muito racional sobre isso, como esse paragrafo bem mostra). Sabe, se você estiver por aí comigo e quiser me agradar me dê bolo de mercado. Vou te amar imensamente ahahah

Tá anotado que me senti especial, vai saber porque diabos, mas acho importante falar isso porque são aquelas coisinhas boas que fazem tanta diferença num dia. Também foi o último dia do ciclo de internet (que me fez de trouxa, mas detalhe) e eu ouvi todas as indicações de músicas salvas o mês inteiro, estava animada ao extremo e sei que queria abraçar o mundo naquela noite. Queria que tivesse durado mais. <3


MINHA AESTHETIC

“Minha” porque a Isa fez uma aesthetic pra mim, sim :) E tem Luft nela <3


Link permanente da imagem incorporada
Obrigada, Isa <3

DESABAFO:

Esse foi um post especialmente difícil de fazer, porque após escrito decidi mudar a estrutura dele e a organização, e meus amigos, fui só achar problema pra mim mesma, como se já não tivesse o suficiente no dia que as inscrições do SISU abriram. Então é quase uma vitória eu estar postando ele, e por isso tudo, peço que relevem qualquer erro de continuidade, trecho meio perdido ou mudança abrupta de situação. Grata! :)