15.9.16

Eu tenho um estágio *!!*

Olá, mundo!

Eu só queria agradecer por esse momento em que escrevo um post que não é D52, porque sinceramente, eu enjoo demais. E agora uma pausa para eu contemplar que tem muita coisa para ser dita e eu tô perdida. * respira* *inspira* Esse post foi escrito em momento diferentes, muito antes, antes, durante e depois. Eu estou um passo mais dentro da Vida AdultaTM, inaugurando uma nova coluna chamada "Coisa de gente grande", e ainda sem saber direito o que tô fazendo, mas indo em frente. Porque como diria a grande pensadora contemporânea Jenny Lawson em Alucinadamente Feliz "não tenho escolha além de respirar e seguir em frente." QUE FRASE.

Então, como deve ter ficado claro, eu estou oficialmente estagiando, mais especificamente há uma semana no momento em que escrevo isso. Eu acordo cedo (para quem dorme a hora que eu chego em casa e precisa de mais horas de sono do que isso), arrumo minhas coisas, tomo banho, almoço (fora de hora), e saio de casa. Espero o ônibus por meia hora, as 11 da manhã, eu o pego, vou para Votuporanga (a mesma cidade em que estudo), ando oito quarteirões e espero mais um pouco. Entro no serviço e saio de lá quatro horas depois. Ando  quase 2 km e espero o ônibus para faculdade por uma hora e meia, estudo, espero o ônibus, pego o ônibus, chego em casa e durmo. Repeat tudo isso 5 vezes por semana.

Agora que vocês já sabem tudo que  espero faço no dia vamos ao post em si...

De algum momento em julho indo para a minha primeira entrevista de estágio/emprego da vida, quando eu ainda achava que em 1 de agosto, eu começaria o segundo semestre e começaria a trabalhar quatro horas por dia todo dia numa cidade há uma hora de distância também:

"Tenho notado que antes de tomar alguma grande decisão, eu começo a ter vários pensamentos sobre todas as outras oportunidades que aquela vai excluir. Penso que não sei o que tô fazendo e que tô fazendo errado. Que talvez não seja isso, e não seja agora. Mas é só quando já é tarde demais para voltar atrás, como tem de ser. E não foi diferente indo pra minha primeira entrevista de estágio."
(aqui, claramente, vemos como eu tinha um ótimo começo para o post)

Do dia quatro de setembro, mas tecnicamente já era 5, na véspera do dia de começar meu estágio:

"Tecnicamente já é dia 05 há 19 minutos, mas para mim ainda é domingo, 4. Eu estou atrasada com muitas coisas minhas e sem fazer ideia de como colocar elas nos trilhos e não ter que lidar com a sensação de que negligenciei elas no futuro*. Esse post pode ser uma delas. Pode ser porque ainda não estou atrasada, mas a caminho de estar. É tarde e minhas costas doem, mas eu queria registrar como as coisas estão agora.

Eu não sei bem o que esperar, estou não pensando que é pra não ficar ansiosa, é uma boa técnica que desenvolvi, mas também me deixa correndo o risco de esquecer de arrumar algo importante. Vou acordar amanhã, provavelmente com o despertador que eu ainda tenho que programar ou com minha mãe se eu esquecer ou sozinha se meu cérebro ficar meio ligado com a espera. Mas antes de dormir hoje, preciso organizar minhas coisas, não sei bem quais são elas — efeito colateral de tentar não pensar. Sairei e deixarei as coisas pelas metades. A série, o livro, a vida...

Não é culpa do estágio. Tem sido assim todo esse ano. Eu não sei se tinha essa sensação antes, se ela é nova, se é porque eu não andava me enchendo com muita coisa ou o quê. Mas tem parecido que não consigo concluir as coisas, ou andar com elas como deveria, porque a vida me arrasta antes. Ainda estou pensando na semana do meu aniversário que fiquei de acabar de planejar, das coisas pra editar... Dos post que ficaram para serem escritos e que não sei se irei. Escrever esses três últimos parágrafos foram bons de um jeito que os post em que estou pensando não tem sido. E qual o propósito? Não quero abandonar algo, que me propus a fazer, pela metade, mas não sei o que dizer e não ando muito disposta. Já estou atrasada. Os rascunhos estão cheios de idéias para o futuro e olhando agora, há chances de eu ser arrastada novamente. Mas esse post não é sobre isso, desculpem a divagação. As coisas simplesmente saem quando eu começo.

E isso me faz pensar que queremos fazer muitas coisas e podemos fazer  milhares de coisas, mas não teremos tempo para fazê-las. E tempo é a coisa mais preciosa que possuímos. E não ter tempo é besteira porque a gente é que decide pra que temos tempo ou não em muitos casos. É questão do que é importante o suficiente para ser priorizado e para dedicarmos tempo. Mas até percebemos isso e fincar nossos pés, na tentativa de tomar as rédeas da situação o tempo corre e seremos arrastados e vai ficando cada vez mais difícil de parar e fincar os pés. E cada vez mais difícil de parar pra pensar sobre fincar os pés e quais das trocentas coisas serão as que serão feitas porque de um jeito ou de outro, não temos tempo para todas.

Mas por agora eu só queria registrar antes de ir dormir e começar as coisas amanhã. Começar tanta coisa nova."

*não estou com essa sensação e tudo está suficientemente em ordem!

Email - Helena Guimarães - Outlook:
"eu não sei a primeira coisa sobre ter um emprego."

De sexta-feira, 9, da mesa do meu estágio:

"Algumas vezes me sinto uma fraude quando digo "estou indo para o trabalho" [ou alguma frase do gênero]. Às vezes, me vejo segura e confiante indo para lá e quando percebo isso meu cérebro quer me dizer que eu não deveria estar tão tranquila, então quase fico ansiosa, mas me lembro que já sou uma garota crescida e que "big girls don't cry"*

*quando escrevi isso pela primeira vez, mentalmente no ônibus vindo para meu estágio internamente eu gritei "CARALHO! Fergie diretamente do túnel do tempo" e torci para não esquecer.
Isso também me faz lembrar de uma das minhas metas para 2016 e tô gritando horrores internamente."

De agora, depois de uma semana de estágio (uma semana de quatro dias, porque quarta foi feriado, um feriado muito adequado que me deixou descansar depois de dois dias fora do ritmo):

No primeiro trecho eu falava sobre todas as outras oportunidades e coisas que aceitar essa oportunidade poderia me privar. Sabe, meu cérebro é doido, porque ele sabe que eu não tô tendo tantas coisas assim das quais seria privada, mas é claro que ele me faz ficar sentindo e pensando isso. No entanto, ainda que não muitas, sempre há uma coisa ou outra. Uma palestra da sua amiga durante o dia que você não sabe se vai poder ir, um médico que você acha que talvez precise mudar de horário, as consultas com psicologa e nutricionista que começaram a ficar ridícula e extremamente difíceis de conseguir um horário para ir.

Então, sobre esse negócio de largar de ser jovenzinha que fica em casa de boas o dia todo, que pode sair quando quiser e marcar o que quiser e virar jovenzinha que fica o dia todo fora de casa, há coisas que vão rodar no meio do caminho, e não é legal, mas a gente tem que se virar. Porque a gente acaba crescendo e é isso aí. E tem que tentar achar jeitos de conseguir fazer tudo que quer e não virar vitimá de situações e/ou pessoa acomodada. Isso claro, dentro dos próprios limites. Como diz meu professor, "não estou generalizando, por favor".

Depois eu falei sobre sensação de que deixaria muita coisa em aberto e seria arrastada, mas na última semana, eu li um livro e meio. Eu finalizei The Get Down, a série que comecei no fim de semana passado (MARAVILHOSINHA!), eu editei pela última vez Closer. Sim, teve muita sorte envolvida, mas tudo isso me deixou pensando como que passando tanto tempo fora de casa eu consegui isso e como, às vezes, em casa eu não fazia nada. Também me deixou pensando em como acontecem coisas em setembro e em como a gente não se entende.

Também acabei pensando em ansiedade, falta de controle e o péssimo habito de descontar as coisas em comida.

Houveram momentos bem legais, a maioria ok, e alguns que me deixaram mal, mas eu tenho sobrevivido. Tive medo de ficar como quando comecei a faculdade e fiquei inteira bagunçada, mas até agora eu tenho mantido todas as pontas seguras. Espero que seja assim por todo o tempo que esse estágio durar e depois disso também, claro.

Acho que disse tudo que poderia dizer, e se tiver esquecido, espero lembrar antes da publicação. Enfim. Continuem lindos e lendo o Luft, e se tiverem medo, continuem em frente com medo mesmo, se for o melhor. Tudo e todas as coisas ficarão bem.

h.

13.9.16

Desafio das 52 semanas - Tema 37: O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?

Sim, novamente eu pulei um dos temas, novamente não haverá desculpas, mas sim, explicação: o que aconteceu foi que o tema era: "morro de preguiça de..." e coincidentemente estava morrendo de preguiça dele também e ai não deu. Acontece, e a festa não pode parar. Agora, sim, vamos lá, que o tema de hoje é ótimo e que escrevi horrores!

Olá, humano! (e seres de outros planetas que por um acaso acabaram na internet terrestre). Se já não falei, fiquei de falar da internet por aqui. Dos prós e contras que ela trás para mim e para minha vida. Acontece que a internet tem sido algo presente e demasiado importante pra mim, também porque vivo em um mundo ConectadoTM, mas por mais do que isso. Então fico feliz que depois de ter que falar das coisas ruins da internet em um outro tema do D52, eu possa falar das boas agora. E ah, há muitas. Nem sei que critério usar, nem sei como não parecer viciada demais. Mas tudo bem. 


Tema 37: O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?

Amizades: Começo do ano eu escrevi um post falando sobre amizades virtuais e agradecendo a elas, falando sobre a diferença que fizerem em mim, e que eu fiz em mim mesma por conhecê-las. Algumas coisas mudaram de lá para cá. Tem gente que agora eu falo menos, tem gente que eu mal conhecia e que agora tá todo dia "por perto". Mas o que não mudou foi a diferença que me fizeram e fazem, o carinho e a gratidão que tenho por elas.  Algumas vezes, amizades virtuais querem dizer muito mais do que alguém para falar sobre gostos em comum. Às vezes, são pessoas para te mostrarem que você não é a única a ver, sentir, pensar daquela forma. (E uma parte de mim está pensando porque eu não falei sobre isso no meu texto para a TertúliaTertúlia, tá aí outra coisa que só existe graças ao mundo virtual, meu bebê que me enche de orgulinhos.)

Conexão e o sentimento de não estar sozinha: Você faz amizades com gente diferente. Você se aproxima de gente passando pela mesma coisa que você, você conhece pessoas, você lê seus blogs e/ou textos, muitas vezes você jamais conhecerá além daquele texto ou blog e se conecta com ela. E se identifica, e sabe que tem outra pessoa lá do outro lado, em algum canto do Brasil, que entende você. Você se sente apoiado, ajudado, compreendido, por gente que só te vê pela imagem pequena que você usa naquela rede social. E isso é gigantesco.

Conhecimento e Entretenimento: Muito provavelmente eu jamais  teria o conhecimento sobre questões feministas e sociais não fosse a internet. Tem coisas que não está na TV, nem nos livros, mas que você descobre numa pesquisa no Google, num post em uma rede social. Às vezes, você busca conhecimento sobre coisa x, às vezes, ele aparece na sua frente quando você está desavisada e te mostra tantas outras coisas. E além de conhecimento, entretenimento que é tão importante e que também passa tanto conhecimento. É música, é livro, é filme, é serie, tudo que a gente fica sabendo que existe e ouve, vê, lê graças a internet. 

Livros e escrita: Não foi bem a internet que me trouxe isso, mas não fosse  internet, eu jamais teria começado a ler tanto quanto comecei, talvez continuasse lendo alguns livros perdidos por ano e olhe lá. E não fosse todos esses livros, não sei se iria começar a escrever, e se não fosse blogs, e amigos virtuais, não sei se teria escrito tudo que já escrevi hoje. Ou se teria conseguido superar aquela fase de silêncio que durou meses e meses e me deixou sem saber se um dia voltaria. Porque sim, não foi a internet que me fez superá-la diretamente, mas indiretamente ela ajudou demais. 

Sites de compra: Ah, os sites de compra. Ah, os descontos, a alegria de ir ao correio buscar sua encomenda. A possibilidade, de namorar um produto por minutos, dias, horas, sem ninguém apressar, a possibilidade de colocar no carrinho, calcular tudo e descobri que o frete tá demais, fechar a página e ir embora. Não ter que dizer que na volta eu compro. Todos os livros, que é o que mais compro, por exemplo, que só consegui graças as promoções lindas dos sites de compras. E o conforto de faze ruma compra cedo,d e tarde, de noite ou de madrugada sem ter que mover para isso.  

11.9.16

Vamos falar sobre orientação romântica

Olá, humano!

Antes de mais nada, gostaria de dizer que esse tipo de assunto, vasto e complexo como a sexualidade e orientação romântica do ser humano me deixa insegura, e que isso não é definitivo e que poso sim cometer erros ou me enganar, por favor, use os comentários se esse for o caso!

Na tentativa de não presumir que todo mundo possui o mesmo conhecimento prévio que eu (o que nem é tanto), vamos a uma pequena introdução:

Você muito provavelmente sabe o que é orientação sexual. Mesmo assim, Orientação sexual é o que determina por quem uma pessoa sente atração sexual - vontade de beijar, por exemplo encaixa aqui. Isso, até onde li, não está relacionado com desejo sexual. Atração é direcionada a alguém, desejo não.Costumo pensar que a orientação sexual é divida em dois grandes grupos. Quando há e quando não há, são eles:

Alossexual: quando o individuo sente atração sexual
Assexual:  quando não sente atração sexual. (gente, não é assexuado, assexuado é o ser vivo que não se reproduz por ato sexual, o ser humano sim, então uma pessoa jamais poderia, ser, né non? assexuaL.) Não é porque uma pessoa é assexual que ela não pode/têm relações sexuais  ou que não gosta. Mais uma vez, é relacionado a atração. A vontade direcionada a alguém.

Entre esses dois, existe a grey area, área cinza, quando o individuo só sente atração em determinada circunstância (por exemplo, os demissexuais - precisam ter um vínculo com a pessoa para poderem sentir atração sexual), ou em raros momentos ao longo da vida. Não é uma ausência total, por isso não é assexual. 

Conseguindo acompanhar? Então vamos em frente. 

Dentro do "grupo" dos alossexuais, exitem as subdivisões, essas mais conhecidas por nós:

Heterossexual: atração pelo gênero oposto ao seu. Homem por Mulher, Mulher por homem*
Homossexual: atração pelo mesmo gênero que o teu. Mulher por mulher, homem por homem.
Bissexual: por ambos os gêneros. mulher que sente atração sexual por homem e mulher e vice versa.
Panssexual: sente atração sexual independente do gênero* ou identidade sexual da outra pessoa.
Demissexual: só sente atração sexual se já tiver um vínculo com a pessoa. 

Agora, sim introdução finalizada. 

E assim como existe orientação sexual, existe orientação romântica/afetiva, como preferir. A nossa orientação sexual não determina por quem nos sentimos atraídos sentimentalmente — ao contrário do que pensei por 16 anos. Orientação afetiva determina por quem nos sentimos romanticamente atraídos. Pelo gêneros — ou gêneros pelos quais — desenvolvemos sentimentos românticos. De quem gostamos, romanticamente falando. Costumo entender que é pelo gênero/s que nosso coração presta atenção.

Assim como a orientação sexual, temos:

Heterromântico: Sente atração romântica pelo gênero oposto.
Homorromântico: Sente atração romântica pelo mesmo gênero.
Birromântico: Sente atração romântica por ambos os gêneros (partindo do princípio binário).
Panrromântico: Sente atração romântica independente do gênero.
Demirromântico: só sente atração romântica quando possui um vínculo com a pessoa.
Arromântico: Não sente atração romântica.

Na maioria dos casos a pessoa homossexual é homorromântica, a pansexual é panrromântica, etc. E talvez fosse bem mais fácil se todos fossem assim, mas a parte que é minoria existe, e nem é tão pequena assim. Orientação afetiva não é a mesma coisa que orientação sexual e as pessoas podem não ter as duas iguais. O wikipédia está errado.

Uma pessoa pode ser heterossexual, birromantica. Homossexual, héterorromântica. Panssexual arromântica. Assexual birromântica... Ficou claro, né?

Internet brasileira tá muito pobre nesses assuntos, até hoje só me lembro de ter visto o ConversaCult falando sobre isso entre os sites que leio. E as pesquisas no Google às vezes te deixam bem na mão. Há muito mais conteúdo em inglês (sempre ele). Ou seja, estamos do lado do abismo sem muita informação na nossa língua. E visibilidade é ainda pior.

***

Obrigada a tatii, miga linda, que ajudou que eu não pagasse micão <3

5.9.16

Desafio das 52 semanas - Tema 35: Minhas piores compras foram...

Olá para o outro lado.

Tô atrasada  mas vamo que vamo!

 Tema 35: Minhas piores compras foram...


Vestido com estampa que não sei descrever: Não é feio, mas também não chega a ser apaixonante. Caro demais. Tecido chato, forro curto demais pro meu gosto. Sofri horrores. Desejo pra ninguém. Mas se quiser eu vendo! :)

Sapato de salto baixo nude: Saltos são horríveis de colocar, mas num geral, bonitos. Aquele quando comprei era apreciável, hoje, anos depois, não sei com que roupa no mundo eu conseguiria combinar e achar bom.

Dois arrependimentos por causa de dress code. Para refletir.

Aquele livro porre: ótimas resenhas, avaliações muito boas. No final tudo ruim. Odiei a personagem do começo ao fim, e até hoje num sei se o livro era mesmo ruim ou o problema era eu. E vou para cova sem descobrir, pelo jeito.

Revistas: longa curta história chata, gastei meus míseros vinte reais*, para NA-DA
*na minha época -q na minha infância, era muita coisa.