Achei que falar sobre os vestibulares seria tão fácil como foi falar do ENEM... bom, não está sendo. Pensando bem, talvez teria sido se eu tivesse escrito esse post na mesma noite em que escrevi o do ENEM, verdade seja dita, estava animada pra fazer isso, mas meu ombro estava morto e meu cérebro exausto, então pensei "amanhã escrevo". "Amanhã", veio a ser uma semana depois, mesmo. Agora já é domingo, meu computador está marcando 02:49 da manhã, mas na verdade são mais de cinco da tarde, e eu estou aqui divagando sobre perder a animação pra escrever sobre os vestibulares, ao invés de escrever sobre como foram de fato, enquanto estouro meus tímpanos com Counting stars numa tentativa de abafar o som do jogo de futebol na TV.
Ok, eu prestei dois vestibulares apenas: o da UNIFEV e o da UNESP (acho que isso ficou meio claro no
#3). Eles foram em finais de semanas seguidos em novembro, um no dia 8 e o outro no dia 15, respectivamente.
Nota de edição: tava relendo e falo mais palavrão nesse post do que qualquer outro, e não, não estava xingando nada. Nem sei porque isso aconteceu, tenho falado poucos palavrões ultimamente.
Vamos pela ordem, então:
UNIFEV:
Eu não me lembro muito bem daquele domingo, dia 8. Me lembro de enfrentar a indecisão de sempre "vou de calça ou short? e se ligarem o ar da sala e ficar frio? se a sala for quente?", arrumei minhas comidas, provavelmente a parte mais importante dos vestibulares, tomei vergonha nessa minha cara e levei água dessa vez, mesmo que o tempo de prova fosse quase metade do ENEM (vestibular não era grande, tinha 40 e poucas questões). E escolhi uma das minhas blusas brancas pra vestir (já falei sobre isso anteriormente). Sim, eu tenho muitas blusas brancas. A maioria no meu guarda-roupa, o que não quer dizer muita coisa ultimamente kahdkagdahda Divagação aleatória: eu gosto de branco, sim, mas acho que ter várias blusas brancas também deve-se ao fato de que sempre fico meio indecisa com que cor, e se for estampa se eu realmente gostei daquela em questão, e se combina com minhas roupas, ai evito toooda essa indecisão e corto a impaciência da minha mãe levando outra blusa branca da loja. Ou preta.
Meta: não comprar blusas brancas ou pretas nas próximas compras.
Voltando pro dia do vestibular, tive que ficar esperando dentro do micro-ônibus um tempo, porque há c e r t a s pessoas que não sabem o que quer dizer pontualidade. E eu tava até de boa com isso, o resto do pessoal é que tava lá fazendo a caveira das gurias, ligando, falando em deixar pra trás... Um estresse desnecessário, diga-se de passagem.
Lembro que no caminho eu e minha amiga tivemos uma daquelas conversas maravilhosas que sempre temos em ônibus sobre algum livro, que lemos ou nosso mesmo, e sei que nesse dia falamos sobre tropes, ou alguma coisa assim.
Graças a erros de comunicação, chegamos cedo e ficamos esperando um tempão até o portão abrir. Feito isso, eu e duas amigas, fomos atrás das nossas salas, e foi um vai vem de "vamos comigo achar a minha?" "vou lá ver onde é a sua" "nossa, vocês podiam ir comigo lá na minha agora?". Nesse vai e vem encontrei um amigo que estudou comigo até o segundo colegial, demos um abraço muito louco, que não sei explicar, mas estávamos meios tortos, por causa dos caminhos que estávamos seguindo, e já foi hilário. Ele também beijou minha orelha/cabelo, mas isso é normal comigo. "COMOASSIM, HELENA?" Acontece que eu não sou muito disso de beija e depois abraça. Eu vou direto pro abraço e esqueço que as outras pessoas não fazem isso. O que acaba com elas beijando meu cabelo/orelha. Eu acho graça.
Continuando o vai e vem, eu estava indo pra minha sala sozinha (depois de deixar minhas amigas na salas dela), ai meu amigo me alcançou e batemos um papo de meio minuto, porque meu cérebro deu uns legs e ao invés de ficar no corredor conversando, fui direto pra sala. Me arrependi depois quando tava lá quase dormindo por ter entrado meio cedo e porque eu ADORO conversar. Tipo MUITO. E sou exatamente como sou nos posts, perco o foco, divago, vou pra caminhos inesperados...
A prova em si:
Era obrigatório fazer a redação primeiro, (não gostei*) não lembro bem o tema, algo com mudar o mundo (?), nos textos de bases tinham citações do Che Guevara, da Malala, Dom Quixote... e gente que tem frases bacanas sobre mudar o mundo. Aconteceu o de sempre, tinha gente no meio do rascunho e eu lá sem saber como começar e o que eu realmente queria falar. No fim, citei até Um Dia na minha redação.
*não sei se realmente prefiro fazer a redação depois, ou se só "não sou obrigada, meu amigo".
Acabei cansada já e tinha 40 e poucas questões pra responder ainda. Pior, tinha parte de língua portuguesa e uma outra parte de Literatura. A morte. HAHAHAHA Acho que ninguém quer saber das questões, em si, né? até porque não lembro*, só sei que tinha uma de química com uma tatto que eu fiquei pensando que se eu gostasse de química, faria aquela tatto. Ô se faria, até quis gostar de química. Sendo sincera e correndo o risco de fútil, não foi a primeira vez que quis gostar/ser fã de algo por causa de uma tatto, camiseta... etc.
*nunca lembro das questões de uma prova, mesmo se eu tiver acabado de fazê-la.
Depois de sair, eu sei que encontrei com minhas amigas e depois de algum jeito meu amigo que é o cara que me encontra (isso ficará claro quando eu falar do vest da UNESP), tava lá também, as gurias foram comer sei lá o quê e eu e ele ficamos sentados conversando. E FOI MARAVILHOSO. Do jeito que quando tivemos que ir embora, eu queria continuar falando. É engraçado que quando ele estudava comigo (por 10 anos e tal) a gente não se falava assim (?) Então, pah ficamos quase dois anos sem nos ver e eu parecia uma matraca na orelha dele e ele tava falando bastante também. Entendemos os dramas um do outro com a faculdade muito bem e foi MARAVILHOSO. Só sei descrever assim. Com piadas nas horas certas, humor autodepreciativo que ninguém olhava com cara de "nossa, que depressivx, que insegurx..."
Detalhe aleatório: quando fomos nos despedir, ele beijou as minhas amigas, mas comigo ele foi direto pro abraço, ou seja, de algum jeito ele percebeu que eu vou direto pro abraço sempre após isso ter acontecido com ele uma vez só (!)
Ok, não lembro muito da volta pra casa. Mas eu lembro que tive resoluções no carro, quando meu pai foi me buscar. Carros, ônibus e semelhantes são ótimos pra esse tipo de coisa. Uma vez disse pra minha amiga que quando formos gente que dirige e eu estiver bloqueada, pra ela me botar no carro, de preferência a noite, e sairmos pra estrada.
Num geral o vestibular foi como todos os outros, teve sono, fome e essas coisas, leve desesperos, e no fim sai sem saber se tinha ido bem o suficiente pra passar ou não. Passei, a propósito.
UNESP:
(os dias em S. J. Rio Preto)
1° fase:
Meu local de prova do vestibular da UNESP foi na mesma cidade em que estudarei caso passe porque é a mais próxima de onde moro. Por causa de falta de gente e umas confusõezinhas que não falarei aqui pois: preguiça e não é importante pra ninguém, a minha amiga de sala, que chamarei de K, não conseguiu nenhum veículo na prefeitura pra levar a gente. A outra guria da minha sala ia com a prima, então a K, me chamou pra ir com ela, tendo a possibilidade de posarmos na casa da avó dela, caso fosse folga do pai no sábado. Na semana do vestibular ela me avisou que sim, íamos no sábado, sairíamos lá pelas quatro.
Quando o sábado chegou eu arrumei minha mala, (algo que amo não gostar ou algo assim, porque adoro o que isso representa: viagens, alguns diazinhos fora de casa, mas também quer dizer que preciso decidir o que levar e ter a sensação de estar esquecendo algo importante ou levando coisas demais), meu pai me levou na casa da minha amiga, e daí uma meia hora com alguns imprevistos no meio, estávamos pegando a estrada.
Surpresa pra ninguém que conversei daqui lá e foi ótimo. Fazia décadas... na verdade uma década mesmo que não ia lá. Não lembrava nada. quero dizer, é só uma cidade, mas uma que eu não via há mais de 10 anos E que eu sonho em morar pelos próximos. Fomos direto pra casa da avó dela, não que alguém pensou que não seria esse o trajeto, e conheci a a família da K, ela é ótima. Te fazem sentir em casa e querem te ver comendo toda hora AHHAHA (e eu de dieta, mas ok). E aí começou a chegar tios e primos dela, a torta e a direita, porque, como eu iria descobrir depois, quando o pai da K vai pra lá, eles todos se reúnem, também se reúnem todo fim de semana, mesmo sem ele. Coisa de família unida. E ai que quando juntam todos, não dá pra falar que não são irmãos. Tudo as fuças uns dos outros. Sorridente e simpáticos.
(estou relendo antes de postar e assim como umas quatro vezes já, não sei porque dei esse tipo de detalhe, mas ok!)
Nessa tarde eu e K fomos no mercado e demos umas de "as boas meninas" estudando até que o primo dela chegou e "vamos pro SHOPPING!!!". Detalhe: shopping fecha as 10 horas, eram sete e meia ainda estávamos vendo quem ia tomar banho primeiro. Depois rolou um "vai jantar, não vai jantar" que roubou mais uns 20 minutos, e ficamos sei lá, uma hora no shopping. Entramos na C&A por um motivo que não lembro e em seguida as portas começaram a fechar, tivemos que rodar a loja inteira pra pegar a saída. Em outra loja, a K, comentou comigo sobre dois caras gatos na fila do caixa e enquanto eu tava lá tentando ver as caras dos cidadãos, o primo dela ouviu e tava indo FALAR COM ELES, fugimos e depois ele ficou sem conseguir achar a gente na loja. Também montei um look pra ele e descobri o melhor picolé e mais caro que já provei, e provavelmente da vida. Também foi horrível, porque me fizeram entrar na saraiva chupando um picolé com recheio de ninho trufado, (gruda no dente pra caralho) e ai já não bastava o mico de chupar picolé andando num shopping cheio, me levaram pra SARAIVA onde eu não podia TOCAR NOS LIVROS porque estava chupando picolé. A MORTE.
Por fim, ainda perdemos o tio da K, porque entendemos errado o que ele falou e isso acabou com a gente rodando
todo o shopping pelo lado de fora. Repito TODO.
Na volta, que era pra ser pra casa da avó da K, mas foi pra uma quermesse que tava tendo mesmo, rolou um momento que eu achei que tava em algum filme de racha, com um moço ultrapassando a gente (eram duas pistas, então não é bem ultrapassando, mas ao mesmo tempo, é), e depois nós ultrapassando ele e ele emparelhando com a gente... só que foi pra avisar que minha porta tava meio aberta (pessoas <3). Claro que seria a minha. Não tenho cara pra bater com força a porta do carro dos outros e aí acontece essas coisas mesmo.
Na quermesse eram umas cinco mesas juntos, pois: família grande e nós que estávamos no shopping (tirando o tio da K) sentamos separados ainda. A mãe do primo da K, me pagou um pastel de vento que acabou por ser a decepção da minha história com os pastéis de vento. Mas fiquei muito grata. E alguns dos tios, mandaram pra mim e pra K um bilhete no guardanapo nos elogiando. Também jogaram uma latinha e comida em nós duas, mas detalhe. Família é assim, mesmo. AHAHAH
Isso tudo acabou com nós duas indo dormir bem depois da meia noite, após dizer que dormiríamos cedo. Nenhuma novidade.
Ok, tiveram outros momentos na manhã seguinte, comigo acordando mais cedo, tomando coragem e pegando leite na geladeira e tomando um café mesmo sem ninguém da casa lá comigo, (a mesa já tava posta) e comi um pão e um biscoito MARAVILHOSO. Voltando a dormir e depois tomando café de novo, depois morrendo sem saber que roupa ir, por n motivos, mas não vou detalhar porque isso ficaria enorme. Então vamos direto pro que interessa:
Rolou um nervosismo geral no caminho pras faculdades que iriamos prestar o vestibular (eramos em faculdades separadas) porque lemos no manual umas informações que nos deixaram confusas, foi uma loucura. E a faculdade nunca que chegava. O tio dela falou "agora tamo chegando" teve mais uns 10 quarteirões pra chegar na
minha. A da K era do ouro lado da cidade. Quando se é de cidade pequena e vai pra uma bem maior, quando eles dizem é perto, pra você é
longe.
Cheguei antes do portão abrir, só descobri lá que o portão abria uma hora em antes apenas, e fiquei lá parada, sozinha, cercada de grupos esperando. Um pouco depois da uma da tarde passei pela catraca e fui atrás do meu bloco e da minha sala. Meu amigo (que encontrei na UNIFEV) me achou outra vez, porque como disse ele é o cara que me encontra. O que é um feito até grande levando em consideração que tinha bastante gente lá. Eu nunca acharia ninguém. Nessas situações ou a pessoa me acha ou nunca nos veremos. Ver a cara dele foi a melhor coisa que poderia me acontecer, porque eu tava meio desestabilizada por causa do nervosismo de não chegar na hora. E também foi ótimo porque estava em lugar desconhecido cercada de gente desconhecida. PÉSSIMO, às vezes.
Conversamos, eu comi, ele achou a minha colega, eu gritei ela que se assustou na escada e eu até me senti mal porque ela ficou desconfortável e achou ruim comigo. Depois fomos cada um pra sua sala.
Eu fiquei sentada na primeira carteira, sem ter a cadeira da frente pra apoiar o pé. ¬¬ Me lembro de uma guria alta, morena, de cabelo crespo divo que tinha uma sacola igual a bolsa da Hermione -única explicação pra caber o tanto de comida que ela tirava de lá de dentro- *spoiler* que eu não vi na segunda fase e fiquei me perguntando se tinha passado.
Me deu muito, muito, MUITO sono e cansaço durante a prova. Foi horrível. Meu Deus. O mais próximo de desperta que ficava era quando eu tava comendo e eu tinha só
três barrinhas de cereais. Também me deu MUITA fome. E os fiscais recebendo umas coisas gostosas lá não ajudaram. Enfim... Tava cansativo. Um texto de inglês eu pulei e chutei as respostas porque não consegui tentar ler aquilo,e aconteceu outras vezes de tentar ler, mas não conseguir assimilar nada daquilo. E estava difícil, muito mesmo. Coisa que nunca tinha visto na vida, contas gigantescas que fiz e no fim não deram nenhum resultado das alternativas... Eu tinha dado uma olhada na prova de 2014 e tinha sido mais fácil. Primeiro achei que eu é que era burra, mas depois vi todo mundo falando que tava do caralho aquilo.
Não lembro com certeza, mas acho que acabei um pouco depois do horário minimo de sair da sala.
Quando eu sai, vi meu amigo no corredor, mas como ele tava na frente e eu não quis gritar ele, não nos falamos. Liguei pro pai da K e fiquei esperando. Encontrei a minha colega que parecia meio estranha, depois desci uma mini ladeira que tem em frente a UNIP (faculdade onde prestei o vestibular), chegando no ponto marcado exatamente na hora em que K e a família dela chegaram de carro (! meu timming é muito bom, às vezes). Ai retornamos pro centro pra ir comer, porque estávamos mortas, varadas de fome. Paramos no Habib's e foi a pior decisão porque demorou décadas pra nossos lanches ficarem prontos e depois um século pra trazerem o nosso suco, isso após falarmos com o carinha lá DUAS vezes. Pelo menos o sanduíche com hambúrguer de frango (não lembro o nome) é maravilhoso. O suco era uma bosta e nos frustou mais ainda. O pai da K também que não aguentava mais esperar. Sim, devíamos ter ido na loja de conveniência do posto da esquina.
Aí pegamos a estrada. De volta para casa!
Conferi o gabarito no dia seguinte após chegar da escola, 47 de 90. Depois acabou que foi 48 por causa de uma questão que tinha duas alternativas possíveis. Essa questão foi uma que tomou um tempo meu lá hein. Mais uns dias na espera, mas com quase certeza que tinha passado com base nas notas de cortes dos dois últimos anos, meu nomezinho tava lá na lista de classificados. Que lista grande da porra também. Caso alguém queira saber, a K, meu amigo e minha colega não passaram :(
2° fase:
Eu já tinha uns planos de como faria com a 2° fase já que eram dois dias e com o preço da gasolina e a crise, quem teria dinheiro pra abastecer pra ir dois dias seguidos em São José do Rio Preto, não é mesmo?
Sendo assim coloquei meus contatos pra trabalharem e pedi pro meu amigo, que mora lá e "perto da UNIP" (ele estuda na UNIP e meu local de prova era lá novamente) se eu podia usufruir do apartamento dele no domingo e na segunda, no minimo. Ele conversou com o companheiro de apartamento dele, e no fim tudo combinado, dava certo, sim e ele e a minha amiga (irmã dele) iriamos. Meu pai levava a gente e voltaríamos de ônibus. Se virando e tal.
Já que essa é minha vida, foi uma semana de "vamos no sábado" "não, vamos no domingo" "não, no sábado pra estar descansada no domingo" "não, no domingo porque se não é muita coisa pra vocês levarem, e comida também" e eu perdida, querendo que alguém decidisse de vez. Até que na sexta feira, 11 de dezembro, foi
decidido, iríamos no domingo cedo. Ou seja, meu sofrimento com roupa e comida pra levar (comida porque o apê dele tava vazio, tínhamos que abastecer pra ficar três dias lá) começou no sábado. E até me fez desejar ter decidido de ir no sábado porque aí eu não teria até o dia seguinte pra pensar se tava tudo certo, se tudo daria etc.
Primeiro dia (12/12):
Acho que sai de casa no domingo, às nove e meia, mas acordei muito cedo, dormi toda errada e fiquei sem saber o motivo porque não estava ansiosa,
ansiosa pra prova (ou acho que não). Eu e meu pai passamos pra pegar meus amigos, e caímos na estrada (amo dizer isso, porque amo cair na estrada), com o porta malas CHEIO com nossas malas e mochilas e um colchão de acampar ou uma parada assim que meu amigo tem que é fino igual uma folha, e segundo ele, que teve que dormir naquilo, dormir no chão com um chinelo de travesseiro é a mesma coisa. (racho só de lembrar) Eu pulei pro banco de trás porque queria ir conversando, e porque não sou boba nem nada. Ou seja, foram quase duas horas eu e minha amiga falando de projetos (dela porque os meus tão em baixa), ideias com músicas (olá, Troye Sivan) e coisas assim.
Se eu estou certa a gente chegou lá um pouco antes do meio dia, subi quatro lances de escadas com uma mala, uma mochila e uma bolsa, morta de vontade de ir no banheiro. Depois do banheiro, enquanto guardava as comidas que precisavam ficar na geladeira, meu pai já tava achando o caminho da porta pra ir embora(!) E eu fiquei lá "mas... mas... tinha ficado de você me levar na UNIP, senhor". Depois descobri que ele perguntou se queria que levasse hora que eu estava guardando coisas e meu amigo disse que a gente ia apé, de boa. ERAM MAIS DE 2 KM.
Foi meio rápido essa manhã, minha amiga tava no computador fazia nem quinze minutos que tínhamos chegado, eu e meu amigo arrumando nosso almoço e eu meio que conhecendo o apartamento também, tudo ao mesmo tempo. Depois que almoçamos ele fez café pra mim (<3), nunca tinha feito café na vida até aquele fim de semana, é mais fácil do que tinha achado e mais difícil do que parece. E eu não confio em filtro de papel. (eu vou falar de café no diário semanal, porque aqui não há espaço pra isso).
Comi meu chocolate e fomos(eu e meu amigo) todos sorridentes caminhar mais de 2 km, era meio dia mas pelo menos o tempo tava nublado (<3). Thanks God! Fui conversando igual uma louca na orelha dele por praticamente todo esse trajeto, com ele duvidando da minha capacidade de falar e passar a rua, embora negasse isso quando eu falava pra ele parar. Não lembro tão bem disso o que é uma pena.
Nesse primeiro dia ele foi comigo até lá na porta e ficamos conversando por um tempinho antes de me despedir e entrar pra descobrir onde era minha sala e fazer todo o procedimento de costumes (ir ao banheiro, encher garrafinha de água, entrar na sala, esperar e ficar entediada, observar os outros candidatos). Eram duas provas no primeiro dia: ciências humanas e ciências da natureza e matemática, respondi quase todas as questões de humanas e quase nenhuma do resto. E olha que eu já fui boa em matemática. Tinha questões fáceis que eu não sabia porque sou burra mesmo </3 Outras que só com Jesus na causa. E caso alguém esteja se perguntando porque ao invés de falar dos vestibulares, eu divaguei sobre minha vida no dia deles, é porque como disse, não lembro das provas. Quando acabou não estava morta nem nada (obrigada café!).
Fatos aleatórios: tenho quase certeza que o carinha bonito da minha sala estava na minha sala na primeira fase também, a Helena do meu lado já tinha estudado com aquele meu amigo do ENEM (ela não sabe quem sou eu, mas eu sabia quem era ela) e ela esteve na minha sala do ENEM nos dois anos que prestei. E a Helena da minha frente tinha uma bolsa de crochê linda (e uma camiseta muito conceitual), que eu fiquei querendo perguntar se ela tinha comprado e se sim, onde. Mas não perguntei.
Meu amigo estava lá no portão me esperando quando sai, e sim, ele que me achou quando tava saindo porque como mencionei, não sei achar ninguém nessas situações e as famílias dos vestibulando ficam lá na frente dificultando a saída da gente, assim como os vestibulandos que já saíram. Foi maravilhoso ele lá, porque a) é legal ter alguém lá te esperando. MUITO melhor do que não ter ninguém, (sei como é também) e b) porque preciso de abraço quando saio de vestibular e ai dei um meio abraço de lado nele. O que já serviu.
Falei por mais 2 km na orelha dele na volta. Depois descobri que por uns bons quinhentos metros tinha um cara atrás da gente e não estávamos sozinho no caminho que fazíamos, o que me fez rir igual uma louca. Caso alguém esteja achando que sou muito desconfortável e sem noção falando assim na orelha das pessoas, meu amigo disse que gosta de me ouvir falando. Sim, é claro que perguntei se eu tava enchendo o saco. Confesso que se a resposta fosse sim, não sei o que teria feito pra calar a boca*. Também dividimos um pacotinho de belvitta que era tudo que tinha me sobrado porque eu tava morta de fome. Morta de fome dividindo comida, às vezes pareço mesmo um ser evoluído. E um pacotinho de belvitta tem TRÊS bolachas, gente.
* parte disso por causa do café que ele fez pra mim. coitado.
Deixando a belvitta de lado, chegando no apartamento dele houve umas indecisões e atrasos sobre ir no shopping e quando estávamos
quase saindo disse que ia tomar banho porque tava suada e já que eles tinha me enrolado por meia hora, eles que esperassem (louca). Eu ainda morta de fome, esperando poque meio que tínhamos combinado de comer no shopping, só que chegando lá, depois de umas voltinhas e uma ida a Saraiva, a gente descobriu que preferia comer em casa. Sim, isso realmente aconteceu. E gosto de ficar contando essas coisas.
Jantei um sanduíche natural, muito feliz, obrigada. E com o estômago doendo de tão vazio HAHAHAH A essa altura eu tava começando a ficar bem cansada, mas ao mesmo tempo não queria dormir, queria conversar e fazer coisas. Tenho esses feelings de vez em quando, eu tava ligada no 220 e ao mesmo tempo morta de sono. O que faz com que eu não lembre das coisas que conversamos nem nada do tipo naquela noite.
Segundo dia (13/12):
Dormi mal de novo e na segunda acordei umas seis da manhã, com celular despertando e meu amigo levantando e indo fazer café. Fiquei sem entender porque diabos ele tava fazendo aquilo. Não consegui dormir mais depois disso. E
ainda não entendi porque ele fez aquilo. Quem acorda as seis se pode dormir até mais tarde?
Levantei também e tomei café com ele, lavamos a cozinha depois porque tava uma loucura. Tentamos dormir de novo e não rolou. Como o dia tava nublado eu chamei ele pra caminhar e saímos. Fizemos quase 5km naquela manhã entre caminhada e corrida, (fomos até na UNIP e voltamos) Amei
muito fazer isso. Arranjei umas 7 bolhas, sem brincadeira, porque era o vans da minha amiga que eu tava usando.
Depois do banho tentamos dormir de novo, ele conseguiu eu não, em seguida fomos bater perna até o mercado (fui comprar band-aid e ele alguma coisa pra comer), e conhecer uma lojinha de coisa de madeira e uma floricultura (eram caminho), porque se é pra eu dar de turista, tem que ser direito. Minha amiga não ia junto, porque só sabia dormir e tal. Aí eu arrastava ele comigo. A gente se dá super bem, deve ser porque ele é de áries e sagitas e arianos se dão bem. (minha amiga é de sagita, mas acho que tava meio doente por isso não ia com a gente. Acho).
Lembrando que fiz tudo isso depois de dormir super mal, e fazia dias que não dormia direito, aí esquecemos de fazer café (</3), e saímos sob o sol do meio dia, pra andar 2 km, meu pé cheio de bolhas, mas tudo certo no final. Era estranho saber pra onde todo carro que passava tava indo ou da onde tava vindo. E foi desconfortável ir a pé. MUITO. Não me pergunte porque não pegamos ônibus, porque não sei. Mas como vou reclamar quando meu amigo, ia e voltava duas vezes por minha causa e ainda caminhou comigo também?! Pessoas <3
Esperar na sala no segundo dia me deixou com sono e ainda tava calor. Morte horrível. Ai eu tinha 12 questões pra responder e uma redação pra fazer
com sono. Bem, respondi o caderno todo dessa vez, uma vitória e fiz a redação, com o mesmo feeling do ENEM e do vestibular da UNIFEV, achando que eu já tive capacidade pra fazer melhor e sem saber como não tinha mais ou o que era que tava acontecendo. Deixei a redação por último e no caminho de volta, conversando sobre a prova me questionei se isso tinha sido bom ou ruim.
No segundo dia antes da prova começar perguntei pra Helena da frente sobre a bolsa dela e disse que achei bonita. Ela sorriu e pareceu bem contente!
Meu amigo não estava no portão quando sai e me encontrou lá no meio do caminho, porque eu é que não ia ficar esperando lá na faculdade, como ele tinha sugerido. Sou independente o suficiente pra me negar a isso. E pra que fazer ele sofrer andando mais?
Eu voltei de São José do Rio Preto na noite de terça, debaixo de chuva, com vários imprevistos e com muitas bolhas nos pés. Enquanto tava lá fui outra vez no shopping e na Saraiva, comprei um milk-shake decepcionante no Bob's, conversei muito, tive conversas que me fizeram questionar coisa, deixei pessoas boladas sem querer e morri de sono sem conseguir dormir bem. Não acho que nada mais do que aconteceu seja interessante pra contar aqui. Ainda mais detalhadamente. Ou talvez ache, mas estou com preguiça. De toda forma foi bom relembrar! :)
O resultado da segunda fase da UNESP sai no dia 05 de fevereiro. Uma dor que não seja esse mês.
Torçam por mim, obrigada por ler e até o próximo post!