17.3.16

Aquele escrito de madrugada

17/03 02:23 a.m.

Enquanto eu ligava o computador eu pensei em umas três formas diferentes de começar esse texto (será essa hora de atualizar o post sobre escrita que siau ontem?). Nesse meio tempo entre ligar o computador, abrir o navegador e o blogger pra de fato começar a escrever, coisas aconteceram que me deixaram meio eufórica (vide surtos no twitter pra mais informações) e até pensei que não ia mais escrever e poderia dormir, mas a euforia passou (ou quase toda ela passou) e as outras coisas não passaram, não totalmente. Também descobri que eu quero mesmo é começar esse texto do jeito que eu pensei quando estava na minha cama sem saber se vinha até aqui, se arranjava uma folha ou deixava. E descobri ainda que eu não faço ideia da onde eu quero ir com ele [texto], só sei o que quero que ele faça por mim.

***

Eu quero chorar. Pra algumas pessoas chorar é ruim, mas não pra mim. Quero dizer, nem sempre, não necessariamente. E sinto que derramar três ou quatro lagrimas não seja o suficiente pra mim essa noite, quero verter logo um rio, mas já que a fonte secou, eu só espero que escrever consiga tirar de mim o que as lágrimas não acabaram de extrair.

Não posso, não quero, ser especifica. Mas eu descobri uma coisa que eu já sabia e nada é como eu queria. (quis fazer um versinho). E doeu. Foi há algumas horas, mas agora parece mais distante, pois é, não dá pra subestimar o poder de umas três ou quatro lágrimas choradas no escuro do ônibus. E não teve drama nenhum apesar do que possa aparecer. Ninguém viu, ninguém ouviu. E eu me virei.

O que eu sei é que eu tenho o que costumo chamar de Síndrome Augustus Waters, eu gosto de ser gostada. E é loucura sim, Gus. É loucura, mas eu gosto e não há o que fazer. E eu preciso tanto ser amada, bem nesse momento que eu só tô tentando me achar e ficar bem. No meio da semana passada eu estava apaixonada pelas pessoas e eu pensei "o amor vai me salvar". De quê eu não sei, mas vai. E é loucura, porque tem horas que dá errado. E a gente não é gostada, ou não é gostada como gostaria de ser, mas tá mais pra não ser de jeito nenhum mesmo.

E não tem o que fazer.

Eu não sei se sou eu ou meu jeito, mas sinceramente, eu nem sei quem eu sou ou qual o meu jeito. É assim que eu me encontro.
Na verdade eu sei que não é eu, porque não sou assim, não me sinto assim e não falei sério essa vez que eu nem me lembro, era brincadeira.

Escrever é tão mais seguro que falar.
Ou talvez não seja, diabos, como eu sou mal compreendida. E incompreendida.

E esse texto não vai ter final.

4 comentários:

  1. Own, Helena :-/

    Mas, ó, não acho loucura nenhuma querer que gostem da gente. Na verdade, eu sou exatamente assim. Eu já acho um ABSURDO quando não gostam de mim Hahahahah É sempre um baque. Mas eu acho que quando nós gostamos de nós mesmos sempre vai ter alguém pra gostar da gente. E alguns bem do jeito que queremos ser ~gostados~ mesmo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Felipe!
      seu comentário me fez pensar em como não dá pra ter controle das interpretações que as pessoas vão ter das nossas palavras. Depois de escrito e posto no mundo, já era. Não tem mais jeito. E que adianta a gente dizer, não foi isso, é isso aqui, eu me expressei mal, etc...? Nadinha, né. A gente bota "os filhos" nesse mundão de Deus e depois não há mais controle. Não que houvesse antes também ajdghada


      Pode ficar difícil de parecer agora, mas eu ENTENDO VOCÊ! Não disse no texto, mas ontem eu tava tendo uns pensamentos muito "como assim eles não gostam de mim? MAS EU SOU MARAVILHOSA. QUE ABSURDO" e a aí em seguida "é teu jeito, mas oi, as pessoas podem não gostar de você, querida." "ELAS PODEM?!! MAS MAS" AHAHHAHA ~minhas conversas comigo mesma

      Excluir
  2. AI esse titulo já me deixou ...
    (ai ela citou ACEDE <3 </3 )
    AI essa coisa de gostarem da gente e a gente querer ser gostado é mais forte do que eu pensava. Me vi nesse post, talvez não do jeito certo. As vezes tento evitar pessoas me afastar delas par não criar isso de que elas tem que gostar de mim, mas se sentir querido é uma das coisas da vida que não tem preço. Que não tem etiqueta de quanto significa pra gente.
    hahahha tava lendo o comentário assim e isso em lembrou tanto uma conversa nos Twitter da vida ~lua
    Eu queria dar um conselho melhor, mas acho que o Felipe esta certo.
    Fora que ninguém é obrigado a nada, mas quem não gosta de você só ta perdendo a oportunidade de receber luz na vida...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E lá tem um jeito certo?

      Tem momentos que são bem fortes mesmo. Entendo, um pouco, ou muito, sei lá. Eu tenho andando tão fugidia com as pessoas, às vezes (a palavra estranha é porque aprendi hoje e quis usar haha). Meus afetos são meio volúveis também, acho que não é essa a palavra, mas no sentido de que hoje te amo, amanhã só gosto, uns dias mais outros menos. EU sou estranha. I know.
      Que conversa? (péssima memória)
      <3 <3

      Excluir