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13.7.17

Pensamentos sobre A arte de pedir, estrelando "Ser uma fraude"




Conheço um pouco das teorias da Amanda Palmer desde 2015, quando vi e chorei pela primeira vez com a TED TALK maravilhosa que ela fez em 2013. E aí mês passado (dois anos depois) eu comecei a ler o livro que nasceu por causa da palestra, depois que toda a internet já leu e falou e escreveu sobre. Mas estamos aí. 

O "A arte de pedir" é um livro sobre a vida, e principalmente a carreira da Amanda como artista, primeiro estátua viva e depois vocalistas de bandas ou cantora solo, e como a rainha do crowdfunding (financiamento coletivo para projetos). É um retrato sincero  sobre partes da sua vida e da pessoa que ela é, e cheio de identificações.

Minhas identificações começaram conhecendo uma Amanda surtando sem conseguir dormir, brigando com a própria cabeça e antecipando o que o mundo iria dizer sobre a decisão dela aceitar ou não ajuda financeira do próprio marido. Só alguém que já ficou horas brigando com a própria cabeça, antecipando julgamentos e situações e brigas e querendo não ser tão louca sabe como é horrível isso.

Minha terapeuta diz que eu fico assim por não ter resolvido a questão, mas tem horas que eu não sei se isso é verdade, ou se eu só acredito nisso para me confortar. ¯ \ _ (ツ) _ / ¯

É muito impactante ver a "Rainha do pedir" sofrendo por não conseguir pedir. É muito real, mais ou menos como não conseguir seguir os próprios conselhos e reconhecer que há situações em que suas próprias verdades não conseguem te fazer agir ou sentir da forma como deveria e acha certo. Porque não é tão simples assim, sentir e ser é demasiadamente difícil em alguns momentos. E não adianta nada a gente ficar dizendo para si mesmo que é diferente disso, que deveríamos fazer o que acreditamos, porque não vai funcionar. Não até que alguém nos ajude a sair dessa, ou aconteça algo que nos obrigue a sair dessa porque é muito maior do que a nossa treta. Algo que doa o suficiente.


Saber que ainda continuamos sentados no prego porque não dói o suficiente não ajuda a fazer com que nos sintamos melhor — Relato de quem tentou ficar repetindo pra si mesma que não doía o suficiente para justificar porque não conseguia sair do lugar.

***

Antes de começar a ler o livro, eu finalmente consegui entender de forma real, graças a Jout Jout (sempre ela), a Síndrome do impostor (depois fiquei me perguntando: Jout Jout já leu Amanda Palmer?). As pessoas que eu leio por aí, sempre que falavam da Amanda ou do livro sempre falavam da Síndrome do impostor e de vulnerabilidade (chegarei lá também), e sabe, quando você entende algo, mas ao mesmo tempo parece que ainda não entendeu de verdade? Era eu com a tal Síndrome. Acho que pra mim o problema ficou nos exemplos focados em artistas e na história de baterem na sua porta etc.

Após o real entendimento, eu comecei a perceber que me sinto uma impostora até indo na padaria, e me questionar do que sou eu sendo afetada pela síndrome do impostor e o que sou eu reconhecendo minhas limitações? Por exemplo, eu sei que sou maravilhosa e acho um absurdo alguém não me amar e não me achar maravilhosa, AO MESMO TEMPO, que sinto que tô enganando meu namorado quando ele diz que sou muito maravilhosa. E sinto que tô passando a imagem errada e enganando todo mundo quando meus amigos dizem que tenho uma auto estima muito boa (será que vocês já me viram me sentindo não suficiente num sábado a noite qualquer?), ou que sou bem resolvida (!) sendo que eu fico brigando com minha cabeça de 3 à 5 vezes por semana. Comecei a mentalizar que isso é a Síndrome do impostor me fazendo sofrer para ver se ajuda.

E tem as vezes em que as pessoas parecem ver em mim uma capacidade ou inteligência que eu não sinto que tenho de forma alguma; e eu tenho certeza que nesses casos sou eu reconhecendo minha limitação, e provavelmente fingindo e enganando todo mundo muito bem ahahah Sinto que tenho certeza nesses casos, porque toda vez que alguém me trata como uma imbecil (e isso acontece bastante no meu serviço) eu sei que aquela pessoa está sendo cruel porque eu tenho capacidade suficiente naquele assunto pra não ser tratada como tal e ser ouvida.

***

E então vem o medo de pedir. Cresci ouvindo que ajudar é melhor que ser ajudado, e parece uma boa frase, até você começar a  perceber que isso não vem da felicidade em não estar passando nenhuma necessidade, e sim da ideia de que quando você pede você é inferior. E logo eu, filha da mãe que escutou a professora da 1º série dizendo que a filha não gostava de ajudar nem ser ajudada. Juro que melhorei na parte de ajudar... Pedir é difícil.

O medo de pedir é o fruto do medo de não ser suficiente e não merecer ajuda, amor, aceitação, reconhecimento. O medo de se abrir, se expor e não ser acolhida. O medo de não ser boa o suficiente, para merecer pedir, o medo de não ser bem sucedida o suficiente, o medo de não ser bonita, ou inteligente, ou engraçada...

Pedir não é bem visto, nada que quebre a imagem de pessoa inabalável e "acima de tudo" é bem visto. Sentimentos não são bem vistos. Estar vulnerável não é bem visto. Ou é cafona ou é fraco. Nem vamos falar dos milhões de personagem com lema "amor é fraqueza". Inclusive devo ter um ou outro... Passado sombrio.

Mas de verdade, as conexões reais só são realmente feitas e solidificadas quando nos abrimos e mostramos realmente quem somos. Só nesses momentos a gente consegue compartilhar do sentimento de pertencimento. Como quando você confessa uma coisa vergonhosa para alguém e esse alguém diz "eu também!" de volta, e aí nem parece mais tão vergonhosa, porque a vergonha é substituída por entendimento mutuo e identificação com aquele outro ser.

Curiosidade: A sensação de não ser suficiente é maior entre as mulheres, segundo Brené Brown. E isso me deixa triste, mas não espantada quando a gente cresce num ambiente em que a mulher nunca é boa ou bonita o suficiente, que é a culpada pelos absurdos que fazem com elas, que aprende que as outras são as inimigas.

***

Não posso deixar de falar do processo criativo e do liquidificador da arte, e da falta de reconhecimento de que o processo criativo não é só o trabalho duro enquanto se cria.

Desde o começo do livro a Amanda fala sobre coletar os pontos, conectar os pontos e depois transformá-los em uma arte final. Alguns são melhores coletando, outros conectando, outros transformando. Mas todas essas etapas são parte do processo criativo. Por isso se fala tanto para escritores lerem, músicos ouvirem, etc. e para todo artista observar o mundo, e absorver arte. As formas de coleta e conexão são várias e não existe uma certa. Nada vem do nada e nem vai para o nada.

Todas os meus amigos e amigas que escreverem e com os quais tenho mais contato, vivem se debatendo e julgando por perder tanto tempo pensando, ou fazendo playlist ao invés de sentar e escrever. Há um ponto entre o que é fazer playslist ou ficar encarando o teto do quarto pensando e o que é procrastinar por medo de não ser bom o suficiente (ser uma fraude). Esse ponto é onde estamos fazendo conexões e melhorando nosso trabalho.

E a coleta para uma obra pode durar muito tempo. e ela começa ates de você ter ideia para uma obra, e algumas vezes continua por mais bastante tempo depois dessa ideia. 

Entre a conexão e a criação final, entra o liquidificador da arte. Encarando que toda obra de arte carrega traços do autor dela vem a teoria do liquidificador. Você pega alguns dos pontos coletados e os mistura, transformando no produto final, o quanto dos pontos coletados que poderão ser visto na arte final está indiretamente ligado com a velocidade do liquidificador. Quanto menor a velocidade, mais fácil identificar as inspirações. Descobri que meu liquidificador está em velocidade baixa há um tempo, infelizmente Amanda não disse se há uma forma consciente de aumentar essa velocidade. Aceito ajuda!

***

Eu fiquei lendo o livro e juntando os pontos do que eu lia com a vida ao redor. E nem sempre isso é reconfortante, mas pelo menos era bom fazer as conexões.

Amanda fala muito da importância da comunicação sincera com o público; enquanto isso eu acredito e sei que o dialogo e  as conversas ajudam imensamente e, às vezes, são a única solução*, principalmente nas minhas questões. Mas alguns dias eu fico mal e eu não quero ter que conversar e interagir,  mesmo sabendo que o que vai me deixar bem é exatamente conversar e interagir com minhas pessoas. Pensar em responder mensagens é desgastante, mas eu sei que a única solução vai ser conversar. E aí o mundo explode, porque eu preciso fazer algo que a principio me deixa mal, pra depois me deixar bem. Como lidar?
*De verdade, falem, conversem, dialoguem, — consigo mesmo e com os outros ao redor — o máximo que der. Infelizmente cara feia não resolve nada. E acreditem, eu sou a pessoa que mais queria que resolvesse haha

***

Encerarei pedindo para vocês comentarem meus posts, mesmo que achem que não tem muito a dizer, porque é muito bom ler comentários. E leiam A arte de pedir. E meus textos e minhas histórias!


4.7.16

Isso não é uma resenha - Eu li A vida do livreiro A.J. Fikry

Começo este post com o coração na mão, como diria minha mãe, porque a sensação de que perdi o momento de escrevê-lo é real. Eu nem sei até onde conseguirei ir e se houver um fim e uma publicação, é milagre de Deus, mesmo. (Houve e eu tô oficialmente começando uma nova coluna!!! Tô feliz, fiquem feliz também, tem vários gifs :))

A última vez que tentei uma introdução pra este texto, eu criei um outro post. Para evitar possíveis desvio, tentarei ir direto ao ponto desta vez. Mesmo não sabendo que ponto é esse já que a única coisa que sei que quero é fazer comentários e divagar um pouco sobre o livro, eu, o universo e o que mais der na telha.

Ah, pode haver spoilers, mas tentarei avisar em todos que eu reparar Com *spoiler* e *fim do spoiler* :).

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Créditos da imagem a Gabi do Teoria criativa (clique aqui pra ler a resenha dela)
Ontem eu finalizei a leitura de "A vida do livreiro A.J. Fikry". Desde quando esse livro foi publicado com esse nome nem um pouco legal de pronunciar (estilo Will & Will)  lá em 2014 eu li resenhas tecendo comentários maravilhosos sobre ele. E aí fiz dele mais um título na minha lista mental de "livros que ainda lerei". Se querem saber, é uma lista bem bagunçada que eu quase nunca lembro nem dez dos títulos que há nela, mas sempre que vejo um que está lá eu o reconheço.

Houveram vários momentos de "vou ler A vida do etc", e na última hora deixava pra lá, até que na quarta-feira enquanto esperava minha psicóloga chegar eu comecei a leitura. Nem eu acreditei que iria continuar ela, que iria dar tempo de ler alguma página se quer, mas citando o próprio livro aqui "às vezes os livros só nos encontram no momento certo". Por favor, me digam que sabem que eu acredito e tenho bem forte em mim que há momentos certos pra ler diferentes livros. Se eu fiquei gritando com esse tipo de frase durante a leitura? ahahah sim

E foi assim, dessa maneira nem um pouco comum na minha vida, que eu comecei a conhecer a história de A.J. Fikry.  E esse não é um livro só feito de altos. E aqui começarei a listar todos os defeitos, antes de dizer porque gostei.

A autora e/ou o personagem principal acredita que princesas não podem ser feministas. Ou que alguém se torna bissexual. E sabe, é um tipo de comentário que me fez pensar "deus por quê?" durante a leitura e muda absolutamente 0 coisas na história. Dava pra ser apagado e não faria falta melhorando a coisa toda.

É difícil pra mim amar fortemente quando as partes difíceis começam a aparecer. Não é algo bom sobre mim, eu sei, mas real (tá sendo difícil criticar várias coisas no livro e ainda gostar). Ler esses trechos completamente desnecessários, exigiam que eu parasse e dissesse pra mim mesma "não deixa estragar porque tá bom" e não foi fácil. E acabei conseguindo pensar que, por mais ruim que seja, a maioria das pessoas realmente acredita que princesas não podem ser personagens fortes/feministas, a maioria das pessoas não sabe bem o que é feminismo, e a maioria das pessoas acham que o normal é hétero e que torna-se de qualquer outra sexualidade. Foram trechos para me testar e lembrar que nem todo mundo vive dentro da bolha que eu e a maioria dos meus amigos vivemos. E que talvez o simples fato de mencionarem que tal personagem não seja hétero é alguma coisa. Fico sem saber o que achar.

Pegando a deixa. Os personagens principais são todos héteros e magros.

E embora a sinopse (da saraiva) diga "uma carta  de amor para o mundo dos livros" a verdade é que, tanto a narração (em 3° pessoa) e o A.J deixam bem claro que possuem o pensamento de que livro bom é livro antigo/clássico. E em alguns trechos eu tinha aquela impressão de que queriam exaltar quem lê clássicos ou as tais obras de literatura e menosprezar quem lê livros contemporâneos. Ruim, muito ruim. POUPEM ME.

Não Sei Lidar: Patrulha da Fraude, como lidar?


Tá, já que é pra falar tudo que lembro:

Começo da parte 2 não foi tão bom, pensando bem o primeiro capítulo também foi um pouco abaixo do resto me fazendo achar todo mundo meio chato e zzZZzz, menos a Amelia. (foi bom não ter começado com expectativas. é uma coisa que eu recomendo, sempre). Eu meio que queria saber qual é o nome do A.J. também e me deixaram na mão. E sinceramente, falar "aquela famosa frase do C.S. Lewis" e não dizer que frase é, é desrespeitoso. Respeita os limites PELO AMOR DE DEUS!! Se vocês souberem que frase famosa do Lewis sobre amor aos livros é essa, me digam, por favor.

Acho que é isso de ruim que eu tinha pra falar. Se lembrar mais eu comento, mas provavelmente foram detalhes que deixei pra lá pra não estragar a leitura. Aqui é onde começo a citar várias passagens e tentar dizer porque eu gostei de forma bem continua desse livro!

A vida do livreiro A. J. Fikry não foi um livro pra me fazer surtar com personagens e cenas, foi mais um livro que me conquistou de forma integral e contínua. Sem muitos altos e baixos. Tiveram sim, cenas que me deixaram "não brinca comigo, há regras" ou que foram mais normais, só que num geral foi bom do começo ao fim (exceto o começo do livro e da parte 2 que embora não fossem ruim, senti que tava diferente do resto).

Comecei a ler sem me lembrar nem um pouquinho  qual era a promessa daquele livro - aka sinopse. Vi depois, em casa, após já ter lido algumas páginas e no começo desse post eu também li a da saraiva e até já citei, mas além do dito lá ela também promete que A vida do livreiro etc vai "lembrar a todos porque adoramos ler" pretensioso, mas ele acabou me fazendo vir até o Luft escrever sobre o tal e sobre livros no "uma carata de amor ao mundo dos livros", então eu acho que preciso dizer que talvez ele cumpriu em partes o que a sinopse promete.

É legal ler livros com personagens que compartilham da paixão pela leitura, ainda que sejam elitistas, eles acabam dizendo coisas reais e boas e fazendo você se identificar horrores. *spoiler (?) fraco* E todos os personagens são assim. *fim do spoiler*

Vamos aos quotes que eu grifei pra mostrar onde houve algumas identificações e mostrar umas partes legais também. Eu não falo muito mais do livro daqui pra baixo, apenas comento o que cito e se você não leu, quer ler e acha que vai perder a graça saber quase todas as frases legais, eu recomendaria ler uma ou outra ou pular para o final de vez.

"Acho que minha nova reação está relacionada com a necessidade de encontrarmos histórias no momento certo de nossas vidas. [...] As coisas que nos tocam aos vinte não são necessariamente as que nos tocam aos quarenta, e vice versa. Isso é verdade para livros e para a vida."
Juntamente com a história do livros e o momento certo, são filosofias e verdades que carrego. (!!)

"As pessoas contam mentiras chatas sobre política, Deus e amor. Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: Qual é o seu livro preferido?"
É uma frase de impacto, mas não concordo. Por que marquei? num sei, talvez porque seja de impacto e dentro do contexto do livro soe "!!!" sou dessas, mesmo. E muito difícil escolher livros preferidos.

"Sou romântica, mas às vezes esses tempos em que vivemos não me parecem muito românticos."
 Identifiquei.

"Sou policial há vinte anos e vou te contar, quase tudo de ruim na vida é resultado de timing ruim, e tudo de bom é timing bom."
 Tenho que concordar ahahah

"Acha que uma criança é o suficiente, mas ela cresce. Acha que trabalho é o suficiente, mas trabalho não aquece o corpo."
 Impacto também e, acho, que concordo.

"Não quer qualquer corpo pra lhe aquecer. Quer *spoiler* com seu coração enorme e suas péssimas roupas. Alguém como ela, pelo menos."
 Fofo. E como já disse antes:


"Tenho quarenta e três, e nestes anos aprendi que é melhor ter amado e perdido do que blá-blá-blá e que é melhor ficar só do que com alguém que não gosta muito. Concorda? "
 SIM SIM.

"Ninguém viaja sem propósito. Aqueles que estão perdidos querem estar perdidos."
 Impacto.


*SPOILER* *GET OUT* *STAY BACK*

"Quando leio um livro, quero que leia ao mesmo tempo. Quero saber o que Amelia acharia dele [...] Posso prometer livros e conversas e todo o meu coração."
 Fofo. Meu ship ninguém sai. Eu casava se fosse meu namorado falando essa última frase.

*FIM DO SPOILER*

"O medo secreto de que não é possível sermos amados o que nos isola”, diz a passagem, “mas é apenas porque estamos isolados que pensamos não sermos amáveis. [..] Será amado porque, pela primeira vez na vida, realmente não estará solitário. Terá escolhido não estar solitário." 
Uma imagem pra falar por mim:


"Se está sem inspiração, ler ajuda." 
Fica a dica (!) que eu deveria ouvir mais.

"Só para constar, nem tudo novo é pior do que as coisas antigas."
 Na minha opinião, esse "nem tudo" está inadequado. E eu coloquei esse quote aqui pra dizer mais uma vez me poupe com essa de livro clássico que é livro bom blá blá.

Babados e Batdramas da semana (+ música boa) | ConversaCult

"Temos que abrir muitos. Temos que acreditar. Concordamos com ocasionais decepções para ficarmos maravilhados de vez em quando."
 Ele fala sobre livros, mas meu Deus se eu não sinto que tá falando da vida.


"Um homem não é uma ilha. Ou ao menos não é o melhor de si quando é uma ilha."
Forte. Real.

"E quanto mais eu faço isso (vender livros, sim, claro, mas também viver uma vida, se isso não é sentimental demais) mais eu acredito que este é o ponto de tudo. Se conectar. Apenas conectar." 
Quando você lê um livro que te causa várias identificações e conexões e no final encontra isso, gritar é a única coisa a se fazer.

"Lemos para saber que não estamos sós. Lemos porque estamos sós. Lemos e não estamos sós. Não estamos sós." 
SINTA.

"No fim, somos como obras selecionadas.  
Ele já leu o suficiente para saber que não há seleções em que todos os contos sejam perfeitos. Alguns acertam. Outros não. Se tiver sorte, um se destaca. E no fim, as pessoas só se lembram dos destaques, e nem desses se lembram por muito tempo." 
Analogia muito muito boa. E real, bem real.

"Não somos as coisas que colecionamos, adquirimos, lemos. Somos, enquanto estamos aqui, apenas amor. As coisas que amamos. As pessoas que amamos. E estas, acho que estas realmente continuam." 
Não concordo com tudo. Não somos as pessoas que amamos, porque podemos amar errado e relacionamentos abusivos estão aí pra provarem o que digo. Concordo com o começo. Acho que o que perdura é mesmo o amor. Embora viva me esquecendo disso.

E um último comentário A vida do livreiro A. J. Fikry é um livro fofo, leve e com bons personagens. Sim, eu recomendaria pra um amigo!

ACABAMOS! Eu gostei demais de escrever isso e de ter conseguido concluir. Agora preciso recolher meus sentimentos que estão espalhados por todo canto ahaha

Vamos falar sobre o John Green?

Obrigada se você chegou até aqui comigo! Ah, estou aqui pra falar sobre esse livro (e vários outros) sempre que quiserem, não fiquem com vergonha de iniciarem uma conversa!