Mostrando postagens com marcador I been growing up. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador I been growing up. Mostrar todas as postagens

21.5.17

O lado de cá da idade para ser eternamente livre

Eu tenho uma crescente insatisfação entalada na garganta.

Bem na semana em que eu deixei um lembrete pra escrever este texto de como de fato estão sendo os 18 anos. E olhando para meu último paragrafo no post das expectativas este sentimento (de insatisfação) parece dizer tudo o que se tem pra dizer.

Não tenho mais uma idade na qual colocar todas as esperanças de conseguir a liberdade que eu desejo para mim, de viver a vida que quero, de ser plenamente senhora de mim mesma, como diria Jout Jout, mas de alguma forma ainda consigo arranjar momentos longínquos no futuros nos quais depositar todos os meus anseios mais profundos. E por todos esses anos tem sido um lugar no futuro que não posso alcançar, e por um tempo foi os 18 anos, foi ter um emprego, foi estar na faculdade. Check em tudo isso, mas mais uma vez esse ainda não é o o momento.

Os 18 anos me dão um monte de permissões legais das quais eu não usufruo. Eu não dirijo, morro de vontade, mas nem mesmo comecei os processos em alguma auto-escola, eu não bebo, eu não vou em baladinhas que só maiores podem entrar livremente. E permissões que eu deveria ter por ter 18 anos, por ser uma pessoa responsável, por ser, eu não tenho.

Eu gosto de ter 18? Gosto. Sinto que mudou alguma coisa? Eu acho que não.

Então desculpe minha frustração, se você não tem 18 e espera cheio de expectativas, ainda há esperança jovem gafanhoto.

Mas do lado de cá, eu não me sinto respeitada por quem mais deveria e minha idade não significa nada. É frustrante e desanimador.

Não, minha vida não está sendo um porre completo, tem muita coisa boa e pelo menos a parte de parar e amar minhas pessoas no meio da correira tem dado mais ou menos certo, mas o que isso tem a ver com os 18? Então é por isso que esses parágrafos transbordam minha frustração, porque a vida não me deu os presentes que eu esperei da tal idade da liberdade.

Tudo que tenho feito é ficado presa entre trabalho e faculdade e tentar segurar todas as pontas. e eu queria tãããoo mais, ao mesmo tempo que tudo que eu desejo é tão simples para não ter que eu às vezes choro.

 

8.12.16

Uma idade para ser eternamente livre

... ou só um título bonito para falar dos 18 anos.

Oi, mundo!

O preço que se paga por não ser uma pessoa atrasada na "vida real", é ser uma pessoa atrasada com coisas particulares que são só suas e que você só deve satisfação a si mesma. O Luft entra na segunda categoria, infelizmente (junto com meu quarto). Eu passei varias noite de final de outubro e parte de novembro dizendo para vontade de escrever este post que não era hora e tentando acalmar meu impulso de escrever mesmo assim porque eu estava na vibe. E o preço que se paga por isso é quea gora estou atrasada e a vibe não quer voltar, e o que se paga por não escrever este post antes do aniversário de 18 anos é que agora tenho 18 anos há alguns dias e, surpresa!, nada realmente muda, porque não envelhecemos com data marcada, uma vez no ano. A gente envelhece todo dia, alguns mais outros nada.

Só que eu tenho 18 anos há muito poucos dias para virar uma dessas pessoas chatas que ficam "para quê? num muda nada" quando você é um ser com menos de 18, ou recém chegada a eles e quer usar a idade como argumento e motivo para qualquer coisa. A minha função aqui é falar o que eu espero desta bendita fase, então vou focar em cumprir ela. Coisa que eu achei que faria dois parágrafos atrás.

seria eu mesma?  (um gif pra separar o post e falar da minha vida)

Eu comprovei que a coisa mais importante para mim é liberdade. É autonomia e poder sobre si mesma. Os 18 são meio que uma promessa, que todo mundo sabe que falha, de liberdade. Mas ainda assim a gente continua dizendo "quando eu tiver 18 anos..." "eu não vejo a hora de ter 18 anos..."e quando se tem "Eu tenho 18 anos!!1!" como se isso resolve o mundo ou fizesse alguém te dar todo o crédito possível, mas não é bem assim. Não que eu não vá usar esse argumento pelo menos três vezes na semana nos próximos três meses porque se não, qual a finalidade?

Bem, primeiramente eu espero escrever post tão bons sobre idade como os da Giu.

Segundamente, espero parar de desrespeitar meus impulsos e acabar não escrevendo esse post um mês antes da hora por achar que num tava certo e agora, ser 07/12 e estar aqui "meu deus, que que eu fiz da minha vida pra chegar nesse ponto?" ~faz a dramática.

Ainda me iludo que a partir de agora vai ser mais sobre se sentir livre, independente, menos despreparada para lidar com as coisas de Vida Adulta TM. E menos sobre sentir que ainda precisa passar por algumas merdas, pra finalmente conseguir sentir que te levam a sério e poder fazer o que quiser.

Acho que o blog vai mudar. Porque uma parte de mim está um pouco "cresça" consigo mesma falando sobre os 18 anos. A gente cresce, né? E os últimos meses foram tão cheios, que eu sinto que cresci. 2016 foi muito sobre sentir e crescer, enfim.

Então o que eu espero dos 18 anos é liberdade. É sentir que vivo a vida que quero do melhor jeito possível. É em meio a correria que eu sei que essa idade vai ser, ainda conseguir parar e amar minhas pessoas e rir da vida, de mim e do mundo até a barriga doer. E fazer tudo isso em movimento também, quando não der para parar.

20.5.16

"I been growing up", aquele sobre como tem sido ter 17 anos

Faz algum tempo eu vi os post da Giulia sobre como ela achava que tal idade seria, e como estava sendo meses depois (tipo esse com um título dono da minha alma). Eu achei a ideia maravilhosa como é de se prever e decidi que queria fazer aqui. Só que eu tinha completado 17 aninhos fazia poucos meses então não dava pra dizer como eu achei que seria... Mas agora, fazem seis meses que tenho 17 anos e eu vou começar essa minha coluna de posts pela parte 2 (como está sendo) do que seriam os textos dessa idade, porque sim.
Agora que estão contextualizados, podemos seguir o baile.

***

Eu não lembro como eu achei que seria ter 17 anos ou como eu esperava que fosse. Na verdade, eu não acho que a Helena de 16 anos (parece que faz tanto tempo) estava esperando ou sonhando com alguma coisa. Não acredito, e tenho quase plena certeza, que ela não achou de verdade que algo mudaria só porque a terra tinha dado dezessete voltas ao redor do sol desde o seu nascimento.

E não muda. Nada mudou porque eu fiz 17 anos, porque a terra tinha completado mais uma volta, porque mais um 25 de novembro tinha se passado. Absolutamente, nada. Não é assim que as coisas funcionam.

Eu tenho 17 agora e muita coisa mudou na minha vida e dentro de mim desde que eu tinha 16 anos, mas não porque eu completei mais um ano.

Eu sei que tinha essa sensação (?) em volta dos 17 anos. Sensação, porque não era uma imagem na minha cabeça, era mais como um sentimento que foi criado há muito tempo, eu nem sei quando. Mas era uma coisa legal. A ideia de que seria uma idade importante, como se eu nunca mais fosse poder ser tão jovem quanto eu seria com 17, nem tão feliz e animada (culpem os livros e filmes norte americanos). Graças a Deus que isso não é verdade, mas ao mesmo tempo, de alguma forma eu ainda acho que a primeira parte é verdadeira. Confuso, eu sei. Alguma parte ainda acha que nunca mais poderia ser tão jovem quanto agora.

É que para mim os 17 anos sempre foi a idade das protagonistas de YA contemporâneo, lembro de ter dito isso desejando feliz aniversário pra uma amiga, e para elas é a idade que coisas acontecem, que se apaixonam de forma destruidora, que superam mágoas passadas, que fazem grandes escolhas e que as coisas se encaminham para grandes mudanças. Normalmente é a idade em que estão no último ano do ensino médio, com a última chance de aproveitar o clima de escola, com preocupações com a faculdade e a formatura...

Só que eu sou nascida do penúltimo mês do ano, e sendo assim sempre pareci/fui um ano adiantada. Eu tinha 16 quando estava com minha ultima oportunidade de aproveitar o clima do ensino médio, preocupada com vestibulares e cheia de sonhos com a faculdade. Os dezessete não poderiam ser nada disso. E quando tive minhas festa de formatura, eu não sei se me sentia com dezessete anos, ou mesmo se isso é algo que dá pra sentir.

É engraçado que no próximo mês seguinte ao meu aniversário ou nós próximos dois, eu sempre erro a idade quando perguntam. Pode ser força do hábito ou pode ser que eu não me sinta com a idade que tenho. É como um momento de transição. E aí de repente seis meses se passaram e parece que faz muito tempo que eu tinha 16 anos, que quem eu era está distante de mim agora, que o que eu estava vivendo naquela época me parece uma outra vida. Porque bem, de fato é. E a gente só percebe isso quando está escrevendo um texto que era pra dizer como estão sendo os 17, mas que até agora não disse nada disso.

E antes de finalmente dizer, eu só preciso mencionar que de alguma forma, não por causa da idade das protagonistas de livros, mas por causa do momento que eu estaria vivendo com essa idade, eu achei que grandes coisas aconteceriam. Que certo sonhos se realizariam. E que seria tudo novo e eu poderia me reinventar e me descobrir outra vez.

Eu tenho 17 anos. E não é como aquela sensação me fez acreditar que seria. Dizer que sou adulta só porque estou na faculdade parece ridículo agora, eu não tenho emprego e não pago conta nenhuma, mas eu faço piadas sobre vida adulta porque eu tenho que ter esse direito, porque eu quero e porque eu meio que estou entrando nela. Até envio currículos.

Eu tenho a idade das protagonistas de YA contemporâneo,  mas não estou apaixonada de forma destruidora, às vezes eu desejo e não sei a quem culpar por esse tipo de insanidade, coisa que nunca faria aos 16. Eu já tomei algumas "grandes decisões" não sei onde elas vão me levar e evito pensar. Não tinha mágoas passadas pra resolver, mas como em toda idade, às vezes, a gente se pega resolvendo alguns dramas meios em saber o que fazer.

Os 17 vieram com desequilíbrio emocional e confusão, muita confusão.  A faculdade cobrou seu preço sobre mim e ainda cobra. Tem uns momentos complicados. Às vezes, eu acordo com stressed out na cabeça, dizendo que queria voltar para os dias bons. E quem me conhece sabe que isso nem é de fato verdade porque eu não gosto disso de viver no passado, meus dias bons são esses de agora.

And everyday and everynight are like a battle e ainda assim everyday and everynight are like a dream ou eu tento fazer ser. Tem uns momentos bons, muito bons, e dias de sentir que a vida vai ser boa e a gente vai ser feliz. Eu tento não perder minha pureza, esse lado que as pessoas dizem ser de criança. Tento ficar perto de coisas e de pessoas que me fazem ficar em contato com isso. As pessoas, algumas vezes, parecem muito sérias e o tempo todo.

Eu tenho dezessete anos e estou fazendo coisas e tentando viver pessoas, mas essa última parte ainda é confusa pra mim.

Uma palavra que tem definido meus dezessete é autoconhecimento. Uma segunda palavra transição. Transição para vida adulta, para toda aquela coisa de "o futuro é agora", o que me faz questionar quem sou e quem quero ser e descobrir se gosto da pessoa que eu sou. Nem sempre é fácil, mas a gente sobrevive. E diversas vezes é maravilhoso.

"I been going on, I been growing up
I'm a know it all, I don't know enough."
  
- Seventeen - Alessia Cara