Bem na semana em que eu deixei um lembrete pra escrever este texto de como de fato estão sendo os 18 anos. E olhando para meu último paragrafo no post das expectativas este sentimento (de insatisfação) parece dizer tudo o que se tem pra dizer.
Não tenho mais uma idade na qual colocar todas as esperanças de conseguir a liberdade que eu desejo para mim, de viver a vida que quero, de ser plenamente senhora de mim mesma, como diria Jout Jout, mas de alguma forma ainda consigo arranjar momentos longínquos no futuros nos quais depositar todos os meus anseios mais profundos. E por todos esses anos tem sido um lugar no futuro que não posso alcançar, e por um tempo foi os 18 anos, foi ter um emprego, foi estar na faculdade. Check em tudo isso, mas mais uma vez esse ainda não é o o momento.
Os 18 anos me dão um monte de permissões legais das quais eu não usufruo. Eu não dirijo, morro de vontade, mas nem mesmo comecei os processos em alguma auto-escola, eu não bebo, eu não vou em baladinhas que só maiores podem entrar livremente. E permissões que eu deveria ter por ter 18 anos, por ser uma pessoa responsável, por ser, eu não tenho.
Eu gosto de ter 18? Gosto. Sinto que mudou alguma coisa? Eu acho que não.
Então desculpe minha frustração, se você não tem 18 e espera cheio de expectativas, ainda há esperança jovem gafanhoto.
Mas do lado de cá, eu não me sinto respeitada por quem mais deveria e minha idade não significa nada. É frustrante e desanimador.
Não, minha vida não está sendo um porre completo, tem muita coisa boa e pelo menos a parte de parar e amar minhas pessoas no meio da correira tem dado mais ou menos certo, mas o que isso tem a ver com os 18? Então é por isso que esses parágrafos transbordam minha frustração, porque a vida não me deu os presentes que eu esperei da tal idade da liberdade.
Tudo que tenho feito é ficado presa entre trabalho e faculdade e tentar segurar todas as pontas. e eu queria tãããoo mais, ao mesmo tempo que tudo que eu desejo é tão simples para não ter que eu às vezes choro.